Farta de sua vida em Nova Iorque, Georgia Bennet se muda para Stars Hollow, a pequena cidade natal de seu pai. Em meio à tantas reviravoltas e primeiras impressões, é inevitável que um amor fruto de um ódio brutal invada a alma, deixando Georgia ato...
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
A noite está fria e eu tirei a jaqueta de meu corpo e a coloquei sobre as costas dela. Não a olho, mas percebo que seu choro está parando aos poucos.
Georgia respira fundo e pela minha visão periférica, vejo que ela limpa uma lágrima de sua bochecha. De repente, ela está calma e não está mais chorando. Se recompôs.
Viro para o lado oposto de Georgia e dou uma tragada em meu cigarro entre meus dedos, soltando a fumaça que some sobre o vento.
Eu me mantenho forte, por mais que o que aconteceu no festival tenha mexido mais do que o esperado comigo.
Jogo o cigarro para longe, então olho para ela. Estou apreensivo, preocupado. Engulo em seco, então alterno o olhar entre os seus dois olhos, o azul brilhando pela luz da lua. O tom é tão bonito que eu pintaria a cidade inteira com esse azul.
Ela também continua olhando para mim, sem dizer nada. Eu também não digo nada, porque é só nossos olhos desfrutando um do outro, e lendo tudo o que o outro tem para dizer.
Olho para baixo, então seguro firme a sua mão. E ela segura a minha também, parecendo se confortar com aquilo.
Então, ela se aproxima de mim e segura minha nuca, me abraçando e me agarrando em seu corpo e suspirando, parecendo aliviada.
Georgia enterra a cabeça em meu ombro e percebo que está chorando novamente.
Por mais que tenha ficado imóvel por cerca de dois segundos, em um movimento rápido, eu envolvo seu corpo frágil com os meus braços, alisando suas costas. Ela suspira fundo mais uma vez sobre os meus braços, parecendo vulnerável.
Eu não costumo receber demonstrações de afeto como essa, por isso a falta de reação inicialmente. Eu nem me lembro a última vez que eu abracei alguém.
Aliso suas costas e sinto ela estremecer. Seu corpo parece pequeno, como se ela estivesse tão leve e fraca que eu conseguisse a carregar com um dedo.
Ela está chorando muito, e ajeita a posição de sua cabeça em meu ombro.
Tento a acalmar com movimentos repetitivos em suas costas, e acho que consigo, porque o seu choro diminui levemente.
— Jess, está doendo muito. — ela murmura, e com isso, eu me sinto despedaçar.
Sua voz está tão trêmula que parece que ela está atravessando uma rua esburacada andando de carro. Eu consigo sentir a dor por trás das suas palavras.
Georgia tira a cabeça de meu ombro e a apoia na região do meu peito, a afundando ali. Encosto o queixo em sua cabeça e mexo brevemente em seus cabelos loiros que são quase dourados.
— Ei, vai ficar tudo bem, Gia— falo, mexendo em seu cabelo. — Pode não estar tudo bem agora, mas eu garanto que ficará.
Eu sinto sua bochecha se mover pela forma que seus lábios se curvaram contra o meu peitoral, e sinto que ela sorriu um pouco — mas bem pouco mesmo.
