028. Prós e Contras

274 27 12
                                    

Luke despeja café em minha xícara, e eu agradeço

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Luke despeja café em minha xícara, e eu agradeço. Debruço meus braços sobre a mesa e tomo um gole do meu café.

Analiso minha lista de prós e contras da Columbia, a universidade que eu decidi começar. É uma ótima faculdade, sempre foi meu sonho por estar localizada em Nova Iorque.

— Como está indo? — pergunta Jess, se sentando em uma cadeira.

Olho para ele e sorrio. Logo, olho para a lista de prós e contras outra vez, então digo:

— Está indo bem, mas estou em dúvida.

Ele levanta as sobrancelhas e balança a cabeça, mostrando entendimento.

— Acho que você se sairá bem em qualquer universidade. — diz. — Mas talvez uma lista de prós e contras não seja o ideal. Não que não ajude, na verdade, ajuda muito, mas talvez você deva sentir. Sabe? Escutar o nome de alguma universidade e sentir se você realmente pertence à ela.

Sorrio, então levanto as sobrancelhas. Talvez ele esteja certo.

Desde muito pequena, preferi usar mais a minha lógica para resolver qualquer tipo de situação ou dúvida, e as listas de prós e contras sempre receberam os devidos créditos em minha decisão final.

Minha mãe era o completo oposto. Ela dizia que, de vez em quando, deveria seguir mais o meu coração, a minha intuição. Sentir o que eu realmente devo fazer.

É por isso que, às vezes, vejo minha mãe em Jess. Quando ele é criativo demais e pensa em algo que eu jamais seria capaz de pensar, ou quando ele não desgruda de um livro. Até mesmo quando ele faz brincadeiras sarcásticas em momentos não muito adequados, e, principalmente, quando ele me diz para usar a intuição.

Minha mãe me dissera que, em sua época de adolescência, era a típica rebelde que não obedecia as regras estabelecidas em qualquer tipo de ambiente. Mas, na verdade, ela era ela. Tinha sua essência, e isso não acabara depois que ela se tornasse adulta e deixasse a adolescência. Era como ela era, e ela seguiu sendo assim.

— Está bem. — digo, por fim. — Diga o nome de alguma.

Ele sorri, vitorioso.

— Yale?

— Hmm... não.

— Princeton.

— Não. — suspiro. — E se usar a intuição não for para mim?

Jess balança a cabeça.

THE WAY I LOVED YOU, Jess MarianoWhere stories live. Discover now