Farta de sua vida em Nova Iorque, Georgia Bennet se muda para Stars Hollow, a pequena cidade natal de seu pai. Em meio à tantas reviravoltas e primeiras impressões, é inevitável que um amor fruto de um ódio brutal invada a alma, deixando Georgia ato...
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Coloco um casaco por cima do cachecol. Stars Hollow está congelante.
Eu adoro o inverno. Adoro a neve, adoro o frio, e principalmente, as datas comemoradas nesse período.
Amanhã já é natal. O ano passou rápido demais, no entanto, minha animação está a mil.
Papai ainda não voltou de Nova Iorque e não entrou em contato comigo. James não quer me dar detalhes sobre a saída repentina dele e a confusão em minha mente me preenche por completo.
Ontem, na festa, Jess se mostrou muito diferente do que o habitual. As atitudes que vieram dele a partir do silêncio, da negação para se abrir e de como sentiu que precisava esconder de mim o que realmente se passava com ele me deixaram atordoada e triste. No entanto, eu não quero deixar de ficar feliz por isso. Eu estou relativamente chateada, afinal, eu gosto muito de Jess... mas não quero deixar minha vida pausar por isso.
Combinei de encontrar Sarah para irmos ao Luke e depois até a loja da mãe de Lane, porque ela quer comprar uma mesinha de centro.
Agora estou aqui, em frente à casa de Sarah, aguardando a mesma descer para me encontrar. O frio invade meus poros e tudo o que eu desejo é um café quentinho, então, anseio pela chegada da minha amiga.
— Cheguei! — exclama, enquanto ouço o grave barulho do portão se fechando. — Vamos?
— Vamos! — respondo, animada. Só eu sei o quanto eu sinto saudades da minha melhor amiga, mesmo que faça apenas dias que não nos vemos.
Lado a lado, caminhamos até o Luke, que fica uma quadra de distância de sua casa. Conversamos sobre a faculdade, sobre o quanto estamos nervosas para essa nova fase, e, às vezes, ela tentava arrancar algo de dentro de mim sobre Jess, mas eu me negava e mudava de assunto. Depois, ela entendeu que era delicado falar sobre e eu estava visivelmente suscetível.
Quando entramos no Luke, o vejo, atrás do balcão. Ele parece ter visto uma espécie de assombração, porque suas feições se tornam assustadas e magoadas e seu rosto mais pálido do que nunca, como em um filme do Tim Burton. Um arrepio corre pelo meu corpo e eu, de imediato, tenho quase certeza do que se passa.
Me dirijo até o balcão e Sarah, um tanto atordoada por não entender o que se passa, me lança um olhar e vai até a mesa mais próxima, me dando espaço para conversar com Luke. Quando me aproximo dele, ele desembucha:
— Ele fugiu. Acho que agora é pra valer. Sinto muito, G...
