033. Você Soltou Minha Mão Enquanto Dançava Comigo

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Ajeito minha posição na cama

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Ajeito minha posição na cama. Vejo, pela janela da minha varanda, o dia nublado e frio, como o meu coração.

Sinto meus olhos inchados. Tão inchados que consigo enxergar minha própria pálpebra em meu campo de visão.

Não consigo parar de chorar. Tudo o que sai de mim, tudo o que consigo expressar são lágrimas. Nada exceto lágrimas.

Não consegui falar com James, nem com Sarah, nem com o meu pai. Eu estou tão ferida e vulnerável por dentro que nada sai de meus lábios exceto dores incompreendidas saindo dos meus olhos. Nada. Não sinto nada além de dor.

É uma dor física. Uma dor no peito que dói fisicamente e psicologicamente. E dói mais ainda porque a cena não para de se repetir em minha mente.

Abraço o travesseiro ao meu lado e me afundo nele, sentindo mais e mais lágrimas caindo. Cubro meu ombro com a coberta e me sinto enjoada.

Chorei até dormir ontem a noite. Dormi por cerca de quatro horas. E, quando acordei, me encontrei chorando de novo.

Eu queria buscar meios para entender o porquê de isso me abalar tanto e o porquê de eu estar chorando tão perdidamente; chorando como se fossem minhas últimas lágrimas, meu último choro.

Ouço uma batida na porta.

Me viro na cama para ver de quem se trata: meu pai.

Está segurando uma bandeja com comida e suco de laranja.

— Posso entrar, filha?

Faço que sim com a cabeça. Como disse, nada sai dos meus lábios. É como se as palavras estivessem entaladas em minha garganta, e meu coração, acima delas.

Me sento na cama e meu pai cuidadosamente coloca a bandeja em meu colo. Analiso a comida. Um sanduíche natural, panquecas e suco de laranja. A quantidade de comida é compreensível, já que faz algumas boas horas que não como nada.

No entanto, não sei se vou conseguir comer.

— Filha... — murmura, parecendo decepcionado em me ver deste jeito. — O que aconteceu, hm? O que aconteceu entre você e Jess?

Ouvir o nome dele me faz chorar mais ainda. Meus olhos estão tão fartos do choro que eu nem sinto mais as lágrimas saindo deles. Limpo meu rosto com a ponta dos dedos.

Meu pai tira a bandeja do meu colo e me aconchega em um abraço de urso. Choro em seu peitoral, sentindo a maldita dor me corroendo por completo.

— Geo, você não precisa falar se não quiser. Apenas lembre que eu sou seu pai, e falar para mim fará você se sentir mais leve.

Um soluço estridente meu ecoa pelo quarto. Nunca chorei deste jeito desde que a mamãe morreu.

— Ele está cansado de mim, papai. — digo, por fim.

Minha voz sai rouca e cansada, e eu me surpreendo por algo sair de meus lábios. Me assusto em ouvir minha própria voz.

Meu pai aperta meu corpo com mais força e alisa minhas costas.

— Ah, filha...

Papai apoia o queixo em minha cabeça e deposita vários beijos em meu couro cabeludo, me transmitindo conforto. Choro como uma criancinha que acabara de ser desprezada na escola.

Ele me abraça mais forte, e tudo, tudo o que eu desejo neste momento é que Jess apareça em minha porta e diga que errou, que peça desculpas e me abrace. Mas ele não fará isso.

E tudo que eu penso é nele. Tudo. E tudo o que senti na noite passada.

— Talvez, filha... Talvez você esteja apaixonada por ele. — diz, como se estivesse lamentando.

Eu choro mais ainda. Choro mais ainda por cogitar isso.

Oh, eu estou apaixonada.

Ah não, eu estou apaixonada.

Eu estou apaixonada.

Tudo o que eu faço é balançar a cabeça sobre o peitoral do meu pai, chorando mais ainda. Como se não houvesse limites para o meu sofrimento.

Meu pai me abraça mais ainda ao ver que eu mesma admiti isso.

E eu choro mais ainda por ter admitido sob essas circunstâncias.

Respiro fundo algumas vezes e sinto meu choro se acalmar. Com sacrifício, mas se acalma. Meu pai me solta de seus braços e coloca, outra vez, a bandeja em meu colo.

— Filha, você precisa comer.

Me forço a pegar os talheres e cortar um pedaço da panqueca, a ingerindo. É como se até isso fosse um sacrifício.

Tomo um longo gole do meu suco de laranja. Achei que tinha me acalmado, até sentir uma lágrima rolando em minha bochecha.

Tento me acalmar novamente. Não gosto de parecer fraca, por mais que, às vezes, eu seja.

Coloco as mãos no estômago. Estou nervosa, ansiosa, devastada.

Meu pai apenas me observa com cautela. Parece triste, emocionado. Não quero perguntar o porquê - eu já sei.

Eu quero me livrar deste sentimento, desta angústia. Eu não aguento mais. Meu coração está vulnerável demais para isso.

Coloco a mão no peito, sentindo a região doer. Eu não aguento. Eu não aguento mais.

Está doendo. Está doendo absurdamente. É uma dor que eu nunca senti antes. Eu quero me livrar dela.

ooiii, gente!

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ooiii, gente!

esse cap só pra vocês entenderem como a georgia está se sentindo, vai ter um do jess também.

gente, sério. escrever isso me parte o coração KKKKK eles tem muita química, socorro, queria que eles fossem reais.

se eu criasse uma conta no Instagram, vocês seguiriam? eu postaria edits da fanfic, publicações sobre escrita em geral e me dedicaria totalmente a TWILY lá. me digam aí e eu criarei no mesmo instante!

tenham um bom dia. 🤍

THE WAY I LOVED YOU, Jess MarianoWhere stories live. Discover now