𝐀𝐫𝐫𝐚𝐧𝐡𝐚 - 𝐂𝐞́𝐮

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Minhas pálpebras estão grudadas e pesadas, meu corpo está imobilizado pelo sono, não sinto vontade de abrir os olhos e as batidas na porta são insistentes

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Minhas pálpebras estão grudadas e pesadas, meu corpo está imobilizado pelo sono, não sinto vontade de abrir os olhos e as batidas na porta são insistentes.

Tomo consciência aos poucos quando sinto minha privacidade ser invadida quando escuto o som de passos e de cortinas sendo abertas, dando abertura ao calor e a luz que acariciam meu nariz. Ainda assim, me recuso a abrir os olhos.

Ainda parece que estou no hospital, o calor do sol acariciava meu rosto como um toque delicado, um carinho único que tinha o privilégio de receber estando em um quarto particular e caro daquele lugar. Era maravilhosa a vista do céu que aquelas paredes de vidro que substituiam janelas me proporcionava, e agora o cheiro de desinfetante se transformara em um agradável aroma de café seguido pelo conforto de uma cama maior, travesseiros macios e um delicioso cheiro de lavanda.

— Não espero que esteja acordada, mas espero que acorde logo. — A voz de Jacob é soada com entusiasmo em seu timbre.
Minha única reação é me virar para o outro lado na cama quando sinto a claridade tomar grande proporção no quarto. Sinto uma cutucada no rosto, abro um olho e vejo um Jacob sorridente.

— É sempre assim quando acorda? — Pergunto sonolenta e sentindo-me rabugenta.

— Ah-há, quem me dera, com certeza não. — Ele ri de maneira sarcástica, olho para ele com os dois olhos abertos desta vez — Bom dia, senhorita.

— Não. — Coloco o travesseiro em cima da cabeça e me cubro mais com a coberta que logo é puxada de meu corpo.

-— O café tá pronto. Não nos faça esperar, temos muito o que conversar...olha, até rimou.

Tiro o travesseiro de cima do rosto e me sento, o encarando jogar para o lado a coberta que roubou de mim e começar a dar as costas.

— Tudo bem...hum...mas não tenho certeza se quero...

Jacob para a um passo da porta que logo fecha, vindo até a cama e se sentando ao meu lado, me olhando com preocupação.

Ele não fala nada enquanto me observa, apenas coloca a palma e o dorso de sua mão em minha testa, seguindo colocando as mãos pelas minhas bochechas e pescoço, tendo o cuidado e preocupação como a de um pai buscando evidências de que o filho esteja doente. Vi muito disso nos dias que eu circulava os corredores do hospital, a inveja que eu sentia ao ver aquilo estranhamente havia se calado.

— Qual é o problema? Você está bem? — Seus olhos cristalinos ainda esboçam sua preocupação enquanto as suas mãos permanecem em minhas bochechas — Já sei... isto deve ser bem difícil para você... nem imagino como deve estar assustada agora, depois de ontem...

Levanto os ombros suspirando fundo e me permito sorrir com o pensamento do quão bom é o luxo de se ter alguém que se preocupa.

— Não estou exatamente com medo agora, não mais. Estou confusa. Eu quero saber o que aconteceu e por que alguém pagaria para... — Um nó se forma em  minha garganta — Para me ter. quero me lembrar de quem eu sou...

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