𝙀𝙡𝙚

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Minha consciência volta como janelas sendo abertas para a realidade, meus olhos estão cerrados e o cansaço ainda se apossa de meu corpo como uma maldição que juntara minha carne ao colchão e as cobertas da cama

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Minha consciência volta como janelas sendo abertas para a realidade, meus olhos estão cerrados e o cansaço ainda se apossa de meu corpo como uma maldição que juntara minha carne ao colchão e as cobertas da cama.

Saio dos devaneios de meus próprios sonhos, as areias de Morfeu escorrem de meus olhos enquanto me recuso a acreditar no que sonhei. 

Estava próximo da madrugada, faltando dez minutos para uma hora da manhã, quando Benjamin havia enfim terminado os esboços das minhas tatuagens no bloco de notas de Jacob, eu estava seminua e o sono já me chamava fazendo da cama sedutora para a minha exaustão. Percebendo isso, me dera um peteleco na testa fazendo meu corpo mole cair contra as cobertas. Ele saiu do quarto e me desejara boa noite como fazia no hospital.

E com nada mais que minhas peças íntimas, cerrei os olhos e adormeci. 

Acordando com a cama vazia sem aquele Benjamin de bochechas vermelhas que havia simplesmente não só me beijado mas me tocado em todos os sentidos da palavra. 

Como isso foi acontecer?

Atordoada, me obrigo a me distanciar das imagens que ainda poderia lembrar do sonho erótico em que Benjamin agarrava meus seios e que…Céus! Foram somente palavras doces que saíram de sua boca na noite anterior, por que sonhei com isso? Justamente com Benjamin…

Me levanto cortando minha linha de lembranças do sonho e indo até uma pequena mesa do quarto onde minha mala se encontra. Dela, encontro um vestido floral curto com babados em torno da barra da saia que, sem pensar muito, o visto. Ele é uma das poucas roupas da mala que se diferencia das demais que conseguem ser tão exageradas no brilho ou excêntricas.

Não consigo me reconhecer, o que eu era para ter tantas roupas assim? Eu gostava delas? Tirando da mala e estendendo uma por uma na cama as analiso. São lindas, realmente, mas não sinto desejo em vesti-las. 

Já vestida e com o cabelo minimamente arrumado, sinto minha barriga roncar. Abandono meu local de sonhos ridículos e com um único objetivo em mente me direciono até a porta, onde ouço um estrondo ecoar assim que a abro. 

— Céus! — Meu coração dispara e ponho as mãos sobre a boca assim que percebo o que ocorreu. 

— Oh, ei! — Jacob diz tocando o nariz provavelmente dolorido pela porta que se colidiu contra ele — Bom dia pra você também.

Deixo escapar minha risada ao vê-lo vulnerável e escondendo a pancada no rosto.

— Bom dia...eu bati muito forte em você com a porta? Eu sinto muito. — Tento tocar onde fora atingido, lutando contra a vontade de rir do vexame ocorrido. 

— Nah, eu sou um detetive da polícia, já tive piores. — Ele segura minha mão com um sorriso antes que ela pudesse tocar o seu rosto — Fizemos o café. Eu só queria verificar se você estava acordada e se gostaria de se juntar a nós, bem, pelo menos já  tive uma resposta.

Me permito rir assim que o vejo deixar escapar seu constrangimento em forma de um riso agradável e calmo. 

— Bem, então para a próxima resposta: Sim, eu adoraria me juntar a vocês.

— Ótimo, então, senhorita? — Ele estende seu braço e eu aceito a cortesia segurando em seu antebraço, seguindo assim o caminho com Jacob até a cozinha.

Mal terminamos o pequeno lance de escadas e já somos recebidos por um delicioso aroma de café, aconchegando a manhã e trazendo uma calmaria de que necessitava desde a noite passada. Um banquete matinal ainda é preparado assim que chegamos, todos os utensílios já bem posicionados na mesa de jantar em que alguns pães e bolos ocupam enquanto Benjamin está no fogão fritando o que parece ser omeletes e bacons e Ethan preparando um suco de laranja, ambos em silêncio. 

Respondo ao bom dia de Ethan e Benjamin que, até então, não haviam sequer reparado na minha presença até o momento em que apareci sentada à bancada ao lado de Jacob observando uma pilha de jornais e revistas. Pego um jornal da pilha.

— Pesquisas? — Pergunto ao detetive.

— Sim. Acordei mais cedo e fui dar uma caminhada no parque, acabei encontrando uma banca de jornais e comprei um pouco de tudo que tinha ali. Pensei que poderíamos dar uma olhada e ver se algo salta sobre você.

 Folheio o jornal em minhas mãos, logo deixando de lado e montando uma nova pilha com os jornais e revistas que acabam não me chamando a atenção. 

— É uma ideia. as pesquisas de ontem não estavam muito rápidas, se você não sabe o que deve procurar, fica um pouco difícil... — Largo um jornal e passo para o outro, parando logo em seguida assim que abro a primeira página de um tablóide.

Minha respiração pesa ao ver seus olhos naquele pedaço de papel, sentindo que através dele seria possível que estivesse me observando de volta.

O jornal cai de minhas mãos, os papéis se espalhando pelo chão enquanto perco completamente a força, como se, repentinamente, aquele mísero papel pesasse toneladas. Sinto minha pressão sanguínea se expandir com o bater grosseiro e acelerado em meu peito, formando um nó em minha garganta e assim me fazendo engasgar, tendo a minha própria agonia convertida em crise, trazendo à tona em mãos trêmulas meu próprio tormento. 

Não havia mais bancada, cozinha ou um apartamento luxuoso. não encontrava mais Jacob, Ethan ou Benjamin. Eu estava sozinha. Absorta em meu desespero, em minha desgraçada…na escolha que fiz ao desafiar o destino, o tempo e…

Ele.

Estava tão frio...

Estou com medo…

Estou com medo…

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