Capítulo 13 ⛓️ Arco 1

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Um ano atrás, quando meu chefe me deixou em casa uma noite, eu o havia convidado para entrar

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Um ano atrás, quando meu chefe me deixou em casa uma noite, eu o havia convidado para entrar. Ele andou ao redor pelo apartamento e, no minuto e meio que ele levou para olhar tudo, acenou com a cabeça várias vezes. Quando ele terminou, me encarou e perguntou quando eu queria me mudar. 

Eu franzi a testa enquanto ele me explicava que possuía um apartamento no centro, pequeno, menos de noventa metros quadrados, em um antigo prédio de tijolinho à vista, com estrutura original.

Era um apartamento muito bem decorado. As janelas eram largas, você poderia se inclinar e ouvir o jazz vindo do piano bar do outro lado da rua. No verão, havia apenas a brisa úmida através das janelas e, no inverno, apenas um radiador no apartamento. Ele me disse para calçar meias e eu ficaria bem.

Quando eu liguei do taxi para o meu chefe, depois de reunir todos os meus bens do apartamento de Vegas, eu lhe perguntei se ele ainda era dono desse lugar. Ele ainda era. Então perguntei se alguém estava morando nele. Ninguém estava.

Eu perguntei se eu poderia ocupá-lo e ele disse que sim, muito rápido. Ele me disse que iria enviar uma equipe de mudança para a minha casa velha, na manhã seguinte para pegar meu colchão e cama box. Eu teria que dormir no sofá na primeira noite. Ele iria me encontrar lá em meia hora para me dar as chaves.

— Você não quer mesmo saber por que eu estou, finalmente, aceitando sua oferta?

— Eu não me importo. Eu só quero você fora do casebre no qual atualmente está morando.

— Você nunca disse o quanto você odiava.

— Não cabia a mim deixar meus sentimentos serem conhecidos... até agora.

Eu suspirei. — Escute, eu não quero caridade, chefe. Posso contratar minha própria equipe de mudança.

— Não, você não precisa. — Ele me assegurou. — Meu pessoal irá limpar o seu lugar para que você pegue o seu depósito de volta depois que eles trouxerem a sua cama. Você tem mais alguma coisa lá?

— Um queijo cottage que costumava ser leite na geladeira e algumas barras de granola.

— Não foi o que eu quis dizer.

— Eu tenho um abajur de lava.

Ele ignorou o meu comentário. — Você está com o seu laptop e todas as suas roupas?

— Sim.

— Ótimo. Vejo você em poucos minutos. Espere por mim na varanda da frente.

Ele estava em suas roupas de domingo à tarde, trench coat de caxemira e um terno grená com uma polo azul marinho sob ele; suas botas faziam ruído na calçada quando ele caminhava em minha direção.

— Desculpe. — Eu disse a ele.

Recebi apenas pouco mais de um sorriso, seu lábio se curvando no canto.

Bulletproof - VegasPeteOnde histórias criam vida. Descubra agora