Passando suas noites bebendo e frequentando bares em busca de encontros passageiros, Pete Saengtham vê sua vida mudar drasticamente ao se tornar a única testemunha de um assassinato brutal.
Apesar das ameaças do assassino, Pete se recusa a aderir ao...
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O balanço me acordou. O quarto estava claro, depois escuro e, quando foi iluminado pela terceira vez, eu percebi que estava em uma van. Eu tive que me esforçar para que minha mente se concentrasse para que eu pudesse descobrir o que estava acontecendo.
A última coisa que eu lembrava era do parceiro de meu namorado Vegas, Dominic Naphat, saindo das sombras ao lado de meu apartamento para falar comigo. Ele tinha começado ao me dizer que ele queria pedir desculpas a Vegas pela forma como agiu. Quando Vegas tinha dito a ele que me amava, Pete Kittisawasd, um outro homem, Dominic tinha pirado.
Então, quando Dominic apareceu e me disse que queria consertar as coisas com Vegas, eu fiquei feliz. Convidei-o para entrar e esperar por Vegas, mas quando me virei de costas, ele me agarrou e me nocauteou. Agora eu era seu prisioneiro. Por que eu tinha sido levado, era um mistério. Vegas Theerapanyakul era um detetive da delegacia de costumes, assim como Dominic Naphat. Até onde eu sabia, os policiais não sequestram as pessoas.
Então o que diabos estava acontecendo?
Eu podia dizer, pela velocidade, que estávamos em uma autoestrada, mas não havia como avaliar a direção.
O fato de que eu estava congelando não ajudava minha concentração nem um pouco. Eu percebi que o motivo era porque o meu casaco tinha sumido. Tudo o que eu estava usando eram minhas calças e o suéter do início da noite.
Minhas mãos e pés estavam amarrados atrás de mim e eu estava inclinado para trás em um arco. Era desconfortável, mas não doloroso. Eu estava com medo de como o meu tornozelo iria se sentir quando eu fosse liberado, já que havia sido torcido alguns dias antes. Será que eu seria capaz de ficar em pé? E então eu me perguntei se eu seria liberado.
Como funcionava um sequestro? O que eu poderia esperar? Por nunca ter sido sequestrado antes, eu não fazia ideia.
Por alguma razão, eu pensei em meu irmão; o que Porsche diria se ele pudesse me ver agora? Seria mais uma confusão estúpida que Pete tinha se metido. E então eu pensei em Vegas e em quanto eu o amava. Engraçado todas as coisas que passaram por meu cérebro.
A van parou e eu mal conseguia respirar. A porta abriu abruptamente e eu estava diante de Dominic e um homem que parecia familiar, mas não era imediatamente reconhecível. Ele estava bem-vestido, com um terno de três peças, acabamento e uma longa echarpe.
— Vê? — Dominic apontou para mim. — Você me envia e, o trabalho é feito.
O outro homem acenou com a cabeça. — Estou vendo, muito bom. Agora eu quero que atire nele e...
Engoli em seco, e o homem de terno fez uma careta antes de se virar para o lado e, ver o que eu também estava vendo: Dominic segurando uma arma apontada para sua cabeça. Ele tentou pegar a arma na mesma hora em que ela disparou. Havia sangue por toda parte, e eu gritei.
— Cale a boca. — Dominic gritou comigo quando dois outros homens se juntaram a ele. — Jogue aquele idiota na ravina, mas não se esqueça de colocar o casaco de Pete ao lado dele.
