Capítulo 40⚡ Arco 4

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Nada nunca acontece do jeito que você planeja: Eu pensei que Vegas pudesse fazer com que o Agente Calhoun me liberasse. Não tive sorte. Ele estava furioso e, até onde eu sabia, havia se recusado até mesmo a atender um telefonema do meu namorado. Então, eu tive que ir a um lugar que eu esperava evitar pelo resto da minha vida.

Enquanto eu me sentava lá na cela cheia da delegacia, não tinha nada para fazer além de pensar, o que era sempre perigoso para mim. Ken iria para a prisão por um longo tempo se eu não descobrisse uma maneira de salvá-lo. Sua mãe era uma sociopata, ou psicopata, eu não tinha certeza de qual se aplicava melhor, e já que ninguém, além de mim, realmente acreditava em sua inocência, era minha responsabilidade puxar Ken para fora do buraco que estava cavando, descobrindo a verdade sobre ela. Quando eu saísse, teria que descobrir a verdade sobre Susan Nakhun. Eu precisava ir a Pattaya, a cidade onde eles moravam e dar uma olhada em sua vida. Quando eu estivesse livre... Se eu fosse libertado...

— Ei, bonitinho. — Alguém gritou para mim. — O que você fez?

— Nada. — Uma voz respondeu antes que eu pudesse dizer qualquer coisa.

Eu nunca tinha me considerado vaidoso, mas acho que o cara estava falando comigo. Já que eu estava na cadeia, no entanto, estava feliz por não estar recebendo qualquer atenção. Fiel à sua palavra, o agente Calhoun havia me trancafiado. Eu não tinha ideia de quanto tempo sua raiva levaria a se dissipar.

— Vem cá.

Eu me virei e olhei para o cara que estava falando – grande, musculoso, porém com uma barriga de cerveja. Agora, ele estava sentado entre dois outros caras e fez sinal para o garoto em frente a ele. O garoto não tinha se movido. Ele balançou a cabeça negativamente.

— Eu disse: Vem cá.

— Não. — Ele disse rapidamente, e eu podia ver que ele estava apavorado. Ele olhou ao redor da cela, seus olhos procurando em todos os lugares, até que me chamou a atenção. Olhei e o vi tomar um fôlego. Imediatamente, ele se levantou e se moveu, correndo pela linha de dez homens sentados ao longo da parede até que estava em pé à minha frente. Olhei para o rosto dele, sorrindo.

— Com licença. — Eu disse para o cara à minha esquerda. — Você pode deslizar para o lado um pouco?

O estranho resmungou, mas se moveu, abrindo um espaço para o meu novo amigo preencher.

— Oi. — Ele disse ofegante, absorvendo meu rosto com os olhos. — Sou Carrington Adams, quem é você?

— Pete Kittisawasd. — Estendi minha mão. — Prazer em conhecê-lo.

Ele tentou sorrir enquanto apertava minha mão. — Por que você está aqui, Pete?

— Obstrução da justiça, e você?

Suas sobrancelhas franziram. — Isso não soa tão ruim.

— Não soa, e não é. Você não me disse o que fez.

— Prostituição.

Levantei minhas sobrancelhas e ele suspirou.

— Não sou assim, Pete. Eu só precisava comer e... fui a uma festa que esse cara me falou e eu deveria só conversar e beber... e eu fiquei bêbado tão rápido e então devo ter desmaiado e... Seus olhos se ficharam como se ele estivesse com dor. — Eu só quero ir para casa.

Eu balancei a cabeça. — Você está bem?

Ele só olhou para mim.

— Ei, bonitinho!

Nós dois olhamos para o fundo da cela, onde estava o cara que tinha falado antes.

Havia cinco homens aglomerados em torno dele, prontos para formar uma barricada ou uma parede. De qualquer maneira, era perigoso e simplesmente estúpido ir até lá.

Bulletproof - VegasPeteOnde histórias criam vida. Descubra agora