Capítulo 42⚡ Arco 4

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A maioria das pessoas acha que sou idiota. É o resultado de ter menos de trinta anos, ter cara de bebê e meio que cabeça e vento. Assim, embora seja verdade que tenho a atenção de um peixinho – continue a nadar... continue a nadar... – eu posso realmente usar meu cérebro para raciocínio complexo. Eu não fui à loja de ferragens ou em qualquer outro lugar para retirar as algemas.

Peguei um táxi (com as algemas nos pulsos) e pedi para ser levado a uma loja especializada em brinquedos sexuais adultos. Quando eu cheguei lá, disse à moça do caixa que meu namorado tinha perdido a chave das algemas que tinha comprado no dia anterior. Ela riu, seu gerente riu, o cara responsável pelas cabines de visualização também riu, mas o estoquista pegou o alicate e separou minhas mãos antes que outro estoquista, voltando do intervalo, arrebentasse as travas de cada algema para mim. Eles ficaram impressionados com o quão real parecia e a jogaram no lixo de aço atrás do balcão da frente. Dei ao gerente uma nota de cem e lhe pedi para comprar o almoço de todos. Ele me convidou para ir dançar com ele depois do trabalho, e eu gentilmente recusei antes de deixar a loja.

Peguei um táxi para o shopping e encontrei um telefone público. Disquei meu próprio número.

— Pete, maldição! Onde diabos você está? — Vegas perguntou quando atendeu no segundo toque.

— Você está com meu telefone?

— Obviamente. — Ele rosnou. — O que diabos aconteceu? Você deveria esperar!

— Pergunte ao Agente Calhoun.

— Não, eu sei... ele fodeu com tudo. Ele disse... merda... você está algemado?

— Não estou mais.

— Cacete. — Ele perdeu as forças. — Bebê, você...

— Eu tenho que sair daqui, Vegas. Se eu ficar, vou me machucar.

— Pet...

— Vejo você em casa, ok?

— Não, não está tudo bem! Eu preciso...

— Eu não vou voar. Eu estava pensando em voz alta. — Eles podem estar procurando por mim no aeroporto, então eu vou dirigir ou pegar um ônibus ou...

— Não. — Ele disse, sem rodeios. — Basta me encontrar no hotel e eu vou...

— Eu não quero que você entre em apuros por abrigar um fugitivo.

— Amor, você não é um fugitivo. A única coisa que o Agente Calhoun quer fazer é levá-lo para interrogatório.

— O jeito que ele fala... ele me assusta pra caramba.

— Eu sei, mas ele...

Max Nattapol, de repente, surgiu na minha cabeça. — Merda, eu acabei de pensar em algo.

— Bebê, só... por favor, me encontre no meu hotel. Porsche e eu estamos no Hilton perto do aeroporto. Estou no quarto 912. Por favor, apenas vá para lá.

— Eu acho que tenho uma ideia melhor. Max tinha um jatinho particular – ele poderia enviá-lo para mim, e o faria, eu tinha certeza, se lhe pedisse com jeito.

— Não, não ligue para mais ninguém. Não ligue para ninguém além de mim agora, isso seria um erro.

Não havia como negar que o homem me conhecia bem. — Mas Vegas, eu...

— Bebê. — Ele disse, e sua voz era como mel. — Por favor.

Eu tomei um fôlego e, enquanto eu fazia, o som de sua voz penetrou em meus ouvidos.

Bulletproof - VegasPeteWhere stories live. Discover now