Capítulo 35⚡ Arco 4

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Vegas tinha mudado vários documentos e não tinha me avisado

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Vegas tinha mudado vários documentos e não tinha me avisado. Então, quando os médicos vieram me dizer que ele estava com hemorragia interna e que iriam operá-lo, eles realmente queriam a minha permissão. Eles haviam feito uma Ressonância Magnética, e Vegas estava no Centro de Tratamento Intensivo... eram vários termos que eu não entendia muito bem, mas mesmo assim, eles só conseguiriam realmente saber a extensão dos danos, se o abrissem. Eles queriam a minha permissão para isso.

Eu queria que outra pessoa decidisse o que fazer, mas só havia eu. Eu tive que preencher formulários e assinar sobre a linha sob a qual estava escrita a palavra: consentimento. Eu tinha conversado com seus pais, seu capitão e sua parceira, e foi demais para mim até que Porsche apareceu. Ele tinha o dom de lidar com a loucura, então ele se sentou comigo e tornou tudo mais calmo por algum tempo.

Nara Theerapanyakul se sentou ao meu lado, Kinn do outro, enquanto Porsche andava junto com o pai de Vegas e Macau. Logo a sala de espera estava cheia e ainda não havia nenhuma notícia.

Tivemos que esperar e aquilo estava lentamente me deixando louco. Porsche voltou para o meu apartamento com uma escolta policial e me trouxe sapatos, meias e meu casaco mais pesado. Ele conseguiu voltar antes que eu congelasse até a morte, ainda usando a regata e o jeans nos quais Vegas tinha me surpreendido. As meias e minhas botas eram extremamente necessárias; era difícil andar descalço em um hospital, uma vez que eles mantinham a mesma temperatura de um frigorífico.

Eu me sentei lá por nove horas olhando para o teto, mais três horas olhando as pessoas pegarem café da máquina, lembrando que Vegas e eu tínhamos estado ali há menos de um mês, quando Mica nasceu. Eu deixei Nara me dizer que tudo ficaria bem, deixei Kinn colocar o braço em volta dos meus ombros e me abraçar apertado.

O capitão de Vegas veio e apertou minha mão; Chloe colocou as mãos em meu rosto e me prometeu que Vegas era durão demais para morrer. Porsche apenas olhou para mim, sem dizer nada, porque ele não sabia de nada ainda e, sendo o realista, era incapaz de me dar falsas esperanças. De alguma forma, foi o mais reconfortante, porque não era o momento de estar triste ainda, ou de se preocupar. Nós não tínhamos ideia do que estava acontecendo, o tempo para o pânico viria mais tarde, se viesse. Não havia razão para me adiantar.

Enxames de policiais iam e vinham, havia repórteres que falavam com o capitão fora do hospital sobre o incidente, e os agentes especiais permaneciam na ponta do circo. Um dos repórteres subiu com um cinegrafista e tentou falar com a família de Vegas e comigo, mas foi arrastado por policiais uniformizados antes que pudesse chegar muito perto. Aparentemente, o capitão não se importava de responder perguntas sobre o histórico de Vegas, seu tempo na força, ou seus ferimentos, mas seu relacionamento comigo não era de conhecimento público. E mesmo que Kinn dissesse que não deveria importar, eu agradeci o capitão de qualquer maneira.

Porsche me disse mais tarde que havia outro agente vindo, mas eu não ouvi o nome dele ou quando ele iria aparecer. A única coisa que eu podia fazer era esperar notícias sobre Vegas. Minha mente não conseguia se concentrar em mais nada. Olhei pela janela e tentei imaginar minha vida sem Vegas Theerapanyakul. Não consegui, e considerei isso um bom sinal.

Bulletproof - VegasPeteOnde histórias criam vida. Descubra agora