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6 anos atrás
Erie, PA.

Kiara Soulier

Ele sorri mais uma vez, como se tivesse previsto por aquela resposta. E se aproxima, aos poucos, dando-me a oportunidade de recuar e mudar de ideia caso esteja arrependida, mas não o faço.

Algo dentro de mim anseia por isso, por esse momento, o ato rebelde, e não quero parar.

Então seus lábios encontram os meus, suavemente, em um beijo delicado e repleto de curiosidade.

A troca de contato é absolutamente diferente de tudo que já experimentei antes e a cada segundo que passa, o ato se intensifica mais e mais.

Suas mãos tocam minha cintura com desespero, puxando-me com força para mais perto dele enquanto nos beijamos. Desejando o mesmo, levando-me pelo impulso do calor do momento, ergo meu corpo, subindo em seu colo e passo uma de minhas mãos ao redor do seu pescoço

Rei aperta meu corpo contra o dele, seus lábios pressionam os meus com muito mais força do que antes e a língua dele pede passagem, movimentando-se no mesmo ritmo que a minha.

Ainda assim, existe uma certa cautela. Uma linha que ele parece tentar manter, mas estou pouco me fodendo para todos os limites naquele momento.

Eu quero mais. Muito mais. Quero ele.

Afundando naquela sensação de êxtase e desejo, suas mãos apertam minha bunda com força quando o beijo se prolonga.

Em seu colo, frente a ele e com as pernas abertas em volta de suas coxas, que me seguravam, um volume cresce naquela região e sinto meu corpo inteiro formigar. Mas principalmente entre as minhas pernas.

Então ele para de me beijar, soltando um gemido rápido quando seu pau roça lentamente contra a minha virilha, fazendo-me abrir os olhos de súbito pela surpresa do ato.

Seu rosto emana um prazer que me surpreende. Os lábios entreabertos, respiração ofegante e íris quase fechada enquanto me agarra repleto de necessidade. E gosto daquilo. Muito mesmo.

O fato do seu corpo corresponder ao meu de modo tão suplício assim. O desejo explícito em como me tocava.

Era a porra de uma reação de verdade. Por mim.

Reação que ia muito além dos meus pensamentos, os sonhos que tive desde que criei autonomia e a minha autoconsciência em relação aos meus sentimentos por Josh.

Um pouco mais em si, os olhos de Rei encontram os meus, carregados por uma mistura de emoções difíceis de decifrar.

Em silêncio e mantendo as minhas mãos ao redor do seu pescoço, eu começo a mover o meu quadril, observando-o.

Movimentos provocantes de vai e vem, roçando ainda mais com o meu membro, fazendo-o arfar enquanto tentava evitar outro gemido. Ele volta a apertar minha cintura e a move a cabeça para trás, fechando os olhos. 

Aproximando o meu rosto, beijo seu pescoço e desço para o seu abdômen, quando ele me para outra vez. Suas expressões são um misto de surpresa e contemplação, o que me deixa confusa.

— Você não quer? — questiono.

— Você está bêbada, garotinha.

— Não o suficiente para você não me beijar.

— Mas o suficiente para saber que pode se arrepender de ir além depois.

— Não vou me arrepender, Kaz. Eu quero isso.

Deathless - Jackson WangWhere stories live. Discover now