﹙005﹚Aquele em que os animos são acalmados

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BERLIM ME PUXOU PARA A CABINE do banheiro,
afastando-me daquele redemoinho de raiva lá fora. O som da porta fechando ecoou como um suspiro aliviado. A penumbra do ambiente trouxe um alívio temporário, mas a tensão ainda pairava no ar.

— Veneza, querida, precisamos acalmar esses ânimos, não acha? — Berlim sorriu, tentando dissipar a ira que ainda pulsava em minhas veias.

— Você acha que é hora de piadas, Berlim? —  resmunguei, mas mesmo assim, não pude conter um sorriso diante da tentativa dele.

Ele se aproximou, seus olhos fixos nos meus. — Acho que precisamos de algo mais do que piadas.

As mãos dele começaram a traçar círculos em minhas costas cobertas, um gesto suave que contrastava com a tensão que vivíamos. Sua voz, quase um sussurro, ecoava na pequena cabine, criando uma bolha de privacidade que não tínhamos.

— Às vezes, a melhor forma de acalmar é esquecer um pouco o caos do mundo. —Berlim continuou a acariciar minhas costas, e eu senti a tensão diminuir, substituída por uma estranha calma.

Aquilo me parecia uma pausa no enredo frenético da nossa vida. Mas, mesmo sob a luz trêmula da cabine, havia algo mais naqueles gestos, uma tensão sutil que pairava entre nós.

A SOMBRA DE VENEZA, Berlim ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora