﹙020﹚Aquele em que começa uma tempestade.

430 50 17
                                    

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

O CÉU, CARREGADO DE NUVENS CINZENTAS, ANUNCIAVA A IMINÊNCIA DE UMA TEMPESTADE

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

O CÉU, CARREGADO DE NUVENS CINZENTAS, ANUNCIAVA A IMINÊNCIA DE UMA TEMPESTADE. Era como se o próprio ambiente pressentisse a nostalgia que pairava no ar. Todos já estavam em seus respectivos quartos, com exceção de duas pessoas, mergulhadas em uma bolha agradável, que, se vista do futuro, seria banhada por de saudade. As gotas de chuva começavam a bater suavemente contra as janelas, criando uma trilha sonora melancólica.

A cena deslizou para uma área específica da casa, uma espécie de varanda mergulhada na penumbra. Uma enorme porta de madeira, parcialmente encoberta por uma pequena cobertura, dava acesso a esse refúgio nostálgico. Ao lado, cortinas longas se estendiam até o chão, movimentadas pelo vento forte que anunciava a tempestade iminente.

A atmosfera da sala era carregada de nostalgia, acentuada pela escuridão que envolvia a casa na ausência de luz solar. O anoitecer apenas intensificava essa escuridão, criando uma sensação de melancolia. A luz tênue, proveniente de uma lâmpada suspensa, lançava sombras dançantes sobre as paredes, criando um cenário digno de um flashback saudoso.

Os detalhes da varanda eram cativantes. A madeira da porta exibia cicatrizes do tempo, testemunhando inúmeras reuniões e momentos compartilhados. As cortinas, agora agitadas pelo vento crescente, pareciam ser guardiãs de segredos e julgamentos.

À medida que as gotas de chuva se intensificavam, a varanda tornava-se um refúgio seguro para a garota que se encolhia, ouvindo os trovões e rajadas, protegendo seu corpo com uma manta felpuda da tempestade que se desenrolava lá fora. Cada traço daquela casa contava uma história, e a nostalgia permeava a sala, como se o tempo decidisse congelar aquele instante de camaradagem e planejamento. Naquele momento, deitando os cinco meses, os meninos se tornaram rotineiros, mas com o passar das semanas no asfalto e mesmo após ele, os que permaneceram se lembrariam desses dias com glória.

A SOMBRA DE VENEZA, Berlim ✓Where stories live. Discover now