﹙032﹚Aquele em que o medo é real

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A CULPA, ESSE SENTIMENTO QUE MUITOS DE nós conhecemos, é como uma sombra persistente que se projeta sobre a alma

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A CULPA, ESSE SENTIMENTO QUE MUITOS DE nós conhecemos, é como uma sombra persistente que se projeta sobre a alma. É o eco das escolhas feitas e dos caminhos não tomados, um sussurro constante que nos lembra de nossos erros. Não é apenas o arrependimento pelo que fizemos, mas também pela omissão, pelos momentos em que ficamos em silêncio quando deveríamos falar, ou quando hesitamos quando deveríamos agir.

Ela se infiltra silenciosamente, como uma névoa densa que obscurece a visão clara do passado. Quando olhamos para trás, vemos os pontos de decisão onde poderíamos ter seguido por um caminho diferente, evitando a dor que agora nos consome. A culpa é a mão pesada que nos puxa para baixo quando tentamos nos libertar das correntes do remorso.

A culpa agora puxava Berlim; ele estava imerso, totalmente inerte e congelado vendo Veneza escorregar para trás e cair lentamente nos braços de Moscou. Ele ficou observando-a ser apoiada no chão sem ter coragem para se aproximar, mas os olhos o traindo, desceu e parou diante de uma grande mancha de sangue na barriga de Veneza.

Ela estava ofegante e um pouco perdida, tendo espasmos por uma dor que parecia anestesiar os músculos. Ele se aproximou quando Tóquio estava virando-a para ver o buraco de saída e parou a um palmo, ouvindo seu grito de dor e percebendo que não havia saída. Ele sentiu que estava perdendo o controle, sentindo tudo o que odiava e muito mais; odiava sentir a tremura das mãos e agora era isso que mais sentia, o pior era que ele sabia que não era devido à doença. Sentia o suor escorrendo, os batimentos acelerados, e um medo que há muito não sentia, um medo que mal conhecia, se alastrando rápido demais.

A SOMBRA DE VENEZA, Berlim ✓Where stories live. Discover now