5 | Fique Perto

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dia passou rápido. E em meio ao dia, dei uma pausa para ir ao mercado e aproveitei para comprar algumas coisas básicas pra Heyoon, assim me certificarei de que ela nunca fique com fome, mesmo quando não quiser vir aqui comer comigo. Eu me preocupo com aquela garota, apesar da pose, sei que debaixo da casca há uma garota carente que precisa de ajuda. Pelo que ela fala dos pais, eles não a ajudam em nada, então estou agindo como se fosse eles.

Eu tentei entregar as coisas pra ela durante a tarde, mas ela não estava lá. E agora que estou deitada, acabei de escutar o barulho da porta da casa de Heyoon batendo. Já são uma da manhã, por que diabos ela está chegando essa hora da madrugada em casa? Será que ela trabalha até tão tarde assim?

Calço minhas pantufas ao levantar-me da cama e vou até a cozinha buscar as coisas de Heyoon. Deixarei as sacolas com ela, nunca se sabe se ela está com fome, e será bom que assim ela se organiza direito.

Saio de casa com as sacolas em mãos, bocejando pelo minúsculo caminho até a casa de Heyoon e, quando penso em bater na porta, a mesma se abre por impulso do vento e me permite olhar para dentro da casa, está tudo escuro, silencioso, vazio.

— Heyoon? Eu trouxe umas coisas pra você. Eu iria entregar a tarde, mas você não estava em casa, e como escutei o barulho da porta batendo, resolvi vir trazer porque pensei que pudesse estar com fome - Coloco as sacolas em cima da pequena ilha da cozinha.
Heyoon tem muitos móveis em casa, parece até aquelas casas de boneca. A casa está um silêncio absoluto, até me preocupa, geralmente ela fica escutando música o dia todo. Vou andando lentamente nos corredores, sorrindo para as fotos dela mesma espalhadas nas paredes. Heyoon nunca me falou nada sobre a família dela além de que eles compraram essa casa pra ela apenas para que ela ficasse longe. Não entendo essa lógica, por que os pais dela a abandonariam dessa forma? Ela não parece ser uma garota ruim, não, apesar de irritante, ela não tem jeito de alguém que realmente maltrataria uma mosca se pudesse.

— Heyoon? Para de se esconder - Puxo um tom a mais na voz e, ao abrir a porta do quarto, meu corpo trabalha firmemente para que eu não tenha um infarto, porque a cena que vejo não é nem um pouco boa. Corro até a beira da cama onde ela está literalmente jogada e me jogo ao lado dela, ignorando todas as coisas espalhadas. Meu joelho se choca com um pedacinho de vidro de uma ampola quebrada, mas ignoro. Puxo-a pelo pescoço, deitando sua cabeça em meu antebraço, e quando sua cabeça pende pra trás, me dou conta que a merda foi realmente grande. Meu coração trava as batidas, e sinto todo o mundo ao meu redor girar agressivamente. O rosto dela está pálido, as bochechas gordinhas já não estão mais vermelhas como costumam ser... meu Deus — Porra, Heyoon! Que merda você fez?

Dou leves tapinhas em sua bochecha, tentando desesperadamente desperta-lá do desmaio. Quando foi que ela surtou desse jeito? Ela parecia bem no café, por que isso aconteceu?

Respiro fundo e, mesmo com certa dificuldade, puxo-a para o meu colo e me apoio na cama para conseguir levantar. O corpo dela pesa mais quando está desmaiada, Deus! Parece que fica com uns cem quilos a mais mesmo sendo tão magra. Empurro a porta do banheiro com o pé e, mesmo com o coração mais acelerado que qualquer coisa, entro com ela debaixo da ducha, sentindo um choque térmico no meu corpo, mas sabendo que ajudará por parte dela. Puxo os fios espalhados de cabelo para longe de seu corpo quando ela desperta assustada, completamente zonza. Seguro seu rosto com cuidado, atraindo seus olhos escuros aos meus, mas eles não parecem bons.

Neighbor - SiyoonWhere stories live. Discover now