Se tem uma coisa que Sina não suporta, é barulho. Ela sempre adorou a monotonia em sua vida, toda sua rotina sempre foi resumida a: trabalho, estudo e silêncio, m-u-i-t-o silêncio. Ela só não esperava que, com a chegada de uma nova garota a casa ao...
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— Quantos anos você tem, Heyoon? - A amiga da Any pergunta, mas minha única reação é rir. Eu já estou tão bêbada que nada mais faz sentido a minha volta, é como um parque de diversões repleto de pessoas estranhas fazendo graça o tempo todo. É assim que me sinto.
A amiga da Any é muito bonita, eu já tinha visto ela outras vezes, mas nunca tinha me atentado a alguns detalhes. O cabelo dela é super escuro, a pele bem branquinha e os olhos castanhos claros.
— Vinte e um.
— Hum... bem novinha.
Pelo que me falou, ela tem vinte e sete e completa vinte e oito semana que vem, tanto que até me convidou para ir à festa dela que será em um iate e durará um dia inteiro.
— Um pouco.
— Any disse que você não namora - Ela me oferece o baseado que está fumando, e de início hesito, não quero chegar tão louca em casa... mas após alguns segundos refletindo e com álcool demais no sangue para ser tão coerente, pego o enrolado da mão dela e ergo até a boca, suspirando ao sentir o sabor amadeirado. Faz muito tempo que não fumo, me lembro perfeitamente bem da última vez que isto aconteceu, e foi no mesmo dia que soprei a fumaça na boca da Sina e ela engasgou. Era divertido aquela época, ainda não sabia os problemas que me aguardavam — Quer fazer alguma coisa?
— Que coisa? - Dou outra tragada no baseado e devolvo-o para ela, sentindo minha respiração mais calma e o clima mais quente. Eu estava sentindo frio até cinco minutos atrás já que viemos para a área aberta para ela fumar, mas agora tudo parece perfeitamente bem.
— Tipo um bar, alguma coisa diferente. Há muitas pessoas aqui, gostaria de ficar a sós com você.
Isso é um flerte, certo?
— Hum... vou ficar por aqui mesmo, não quero deixar Any sozinha e preciso ir embora daqui a pouco - Olho para o relógio em meu pulso e resmungo ao perceber que já são quase três da manhã. Eu disse ao meu pai que voltaria antes da uma, já ultrapassei todos os meus limites hoje, e sei que ele deve estar me esperando na sala, como sempre faz quando saio de casa. meu pai conhece o Rio de Janeiro melhor do que eu, obviamente, ele nasceu aqui e tem plena convicção que não é um lugar muito seguro. Eu deveria estar em casa dormindo agora - Droga.
— O que foi?
— Eu deveria estar em casa a três horas atrás - Me agito, todo o frio voltando a me cercar. Ela me segue para dentro do salão outra vez enquanto sigo a procura de Any para pedir que ela me leve até em casa, não posso pegar um táxi essa hora da madrugada, ainda mais agora que estou completamente chapada e bêbada. Mesmo nesse estado eu tenho noção — Merda... Você viu para onde a Any foi aquela hora que saímos?
— Ela provavelmente está pegando o bonitinho que estava flertando com ela aquela hora. Precisa de alguma coisa com ela?
— Eu preciso ir embora - Olho a tela do meu celular e confirmo, há diversas ligações perdidas do meu pai, o que me deixa ainda mais tensa — Porra... Eu vou chamar um táxi.