Capítulo 13 - "Como eu poderia..."

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Capítulo 13 - "Como eu poderia fazer um acordo com alguém que está apertando o meu pescocinho?"

07 de Março.

O dia estava amanhecendo quando Kazami e Arisu finalmente foram permitidos se instalarem em um dos quartos no prédio principal da cidadela. Noah os guiou e se mostrou disposto a ouvir o que tinham a dizer, então, lhe contaram sobre a profecia do fim do mundo.

Certos de que a pessoa que procuravam carregava o sobrenome Larck, Kazami e Arisu não haviam percebido o que estava bem diante de seus olhos.

- Esperem então, vocês vieram aqui atrás do chefe, e não do Jeffrey? - Noah perguntou. - O sobrenome do chefe é Larck. Lúcifer Larck.

Kazami e Arisu se olharam, confusos. De certo, Kazami não havia se dado conta de que Lúcifer possuía o sobrenome da pessoa que Jeffrey procurava, mas ainda haviam fatores que não se encaixavam.

- Não pode ser ele. Lulu provavelmente é uma espécie de demônio. É fraco demais para ser uma divindade. - Kazami franziu as sobrancelhas. Isso abria mais possibilidades ainda. - Eu o conheci quando era mais jovem. Se fosse ele, eu saberia.

- Mesmo assim, o chefe é um dos únicos na cidadela que não identificamos a raça. Os poderes dele são de origem desconhecida. - Disse Noah. - Apesar de isso não provar muita coisa...

- Já sabemos que Jeffrey tem um problema com muitas pessoas. - Disse Kazami, pensativo. - É provável que ele tenha vindo para este lugar com a intenção de encontrar Lúcifer Larck, mas não significa que ele seria o representante da morte. Isso nos faz voltar para o ponto de partida de novo...

- Achávamos que iríamos encontrar a localização do filho mais velho se víssemos alguma manifestação de poder refletindo no céu, mas Jeffrey estava se movimentando mais rápido do que o filho mais velho deixava rastros para seguirmos. - Disse Arisu, sentando-se na cama coberta por lençóis cinzentos. - Apesar disso, sentimos um selo sendo quebrado na cidade.

- Um selo? - Noah perguntou, cruzando os braços. - Que tipo de selo?

- Era um selo muito poderoso. Provável que tenha sido colocado para bloquear os poderes de alguém muito forte, talvez o próprio representante da morte. Mas ainda é apenas um palpite...- Kazami colocou uma das mãos no queixo, virando-se na direção de Noah.

- Então, a melhor alternativa para vocês é seguir o caminho de Jeffrey e torcer para que impeçam ele de fazer mal ao primeiro filho? - Noah ergueu uma das sobrancelhas.

Kazami e Arisu se olharam novamente. O de olhos vermelhos pareceu perceber o quão ruim era a estratégia quando ela foi dita em voz alta.

- Temos uma ideia de por onde começar. - Disse Kazami, desviando o olhar para o chão enquanto pensava.

- Temos? - Arisu perguntou, claramente sem saber do que Kazami falava.

- Sabemos que o primeiro filho ficará no caminho de Jeffrey e que um selo foi quebrado durante a noite. É provável que a pessoa apareça logo. - Disse Kazami, cruzando os braços.

- Será que nos ajudaria se conhecêssemos as pessoas da cidadela? Pode ser que o primeiro filho esteja na divisão. - Disse Arisu, alternando o olhar entre Noah e Kazami.

- Isso é algo que só o chefe poderia permitir. As pessoas que vivem na cidadela são cidadãos protegidos por ele e pela equipe principal. - Noah suspirou. - Além disso, vocês falaram sobre o selo ter sido quebrado na cidade. E se o primeiro filho for um não-humano de outra divisão? Ou pior, um não-humano que vive sozinho?

Lu de LúciferOnde histórias criam vida. Descubra agora