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Maya Fiore
22 de maio de 2023
Los Angeles

- Meus pais foram pra uma cidade vizinha. - Bruna disse assim que abriu a porta e eu ri. - Luana tá aqui, mas ela já te considera minha esposa.

- E eu não sou? - Disse colocando a mão na cintura de Bruna que soltou um riso nasalado.

- Ah, claro, sim. - Bruna disse de modo irônico e eu arregalei os olhos. - Ainda não, mas um dia vai ser.

- Ok, Marquezine, assim que eu gosto. - Disse deixando um beijo em sua bochecha, outro em seu maxilar e chegando bem perto de seu ouvido. - Estava com saudades. - Disse e pude perceber que ela estava com os olhos fechados.

Uma de suas mãos segurava meu braço, enquanto a outra apertava a madeira da porta.

- Estava? - Ela disse e eu concordei.

- Com muita e fazia só um dia que não te via, você tá me deixando louca. - Disse deixando uma mordida fraca em sua orelha.

- Entra logo. - Ela disse fechando a porta, assim que entrei a garota me puxou pela mão. - O que você queria me contar? - Ela disse durante o percurso até seu quarto.

- Minha mãe ligou. - Disse e Bruna parou de andar, me encarando no mesmo instante. Sua cara de surpresa e medo transparecia exatamente o que estava na sua cabeça. Suas sobrancelhas tentando se encontrar, seus olhos mais fechados e sua boca comprimida. - Ela falou que sente minha falta, que queria me ver e me chamou pra almoçar lá amanhã. - Disse sem muita animação.

- Você vai? - Bruna disse calma e eu dei ombros, continuando o caminho até o quarto de Marquezine.

- Sei lá, tô pensando nisso faz horas. - Disse me jogando na cama e ficando de braços abertos.

- Se quiser eu vou junto. - Bruna disse e eu ri. Ela me olhou confusa. - O que?

- Minha mãe vai acabar com você. - Disse a encarando. - Ela acaba comigo e diz que me ama, imagina com você que ela assume que não vai com a cara.

- Eu não sabia que ela não ia com a minha cara. - Bruna disse se sentando ao meu lado.

- Meu irmão gosta de você, mas minha mãe, nem tanto. - Disse e juntei minha mão com a de Marquezine. - Talvez tenha sido ela quem fez minha cabeça, pra ter aquela ideia toda de competição.

- Faria sentido. - Bruna disse enquanto fazia carinho em meus dedos, passamos a ficar em silêncio. A garota se deitou em meu peito e me abraçou, ficamos ali, deitadas, quietas e juntas. - Eu não ligaria dela tentar acabar comigo, eu sei me defender. - Bruna disse baixo e eu enfiei minha mão em seus cabelos, a fazendo carinho.

- Eu sei, você sabe se defender, Amor. - Disse e fechei os olhos. - Minha mãe é complicada, você sabe.

- Você não precisa enfrentar isso sozinha. - Bruna disse e eu deixei um beijo em sua cabeça e me sentei, fazendo com que ela se sentasse também. Me virei de frente pra garota.

- Amor, olha pra mim e presta atenção, ok? - Disse e ela concordou. - Eu preciso enfrentar isso sozinha, eu sei que você se preocupa, eu sei que sua vontade é me ajudar, eu agradeço. - Disse olhando pra ela, Bruna não desgrudava o olhar do meu. - Mas, ela é minha mãe, eu quero te apresentar, mas primeiro eu quero entender o quanto ela vai estar na minha vida ou não, o quanto ela entendeu o que fez eu me muda. Entende? - Disse e ela concordou. Bruna apenas continuou quieta. - Amor. - Disse deixando beijinhos em seu ombro e indo até seu pescoço. - Tudo bem?

- Sim, só não quero que você fique triste. - Ela disse deixando um selinho em meus lábios, porém eu aprofundei o beijo. Marquezine não perdeu tempo em colocar a mão em minha coxa e me puxar pra seu colo. - Você vai dormir aqui? - Bruna disse separando nossos lábios e eu desci os beijos para seu pescoço. Apenas um afobado sim saiu de meus lábios. - Não quer esperar Luana dormir? - Ela disse enquanto segurava minhas coxas de maneira firme.

- Ela deve imaginar que a gente transa. - Disse e deixei um chupão no pescoço de Marquezine.

- Maya, porra. - Sorri. Marquezine segurou minha bunda de maneira forte. - Você tá apressada, né? - Bruna disse segurando minha mão que entrava em sua camiseta.

- Nunca. - Disse e desci o olhar pra boca da mulher. - É que sou apaixonada em você, eu sempre quero você, Marquezine. - Disse o apelido da mentira que fazia no começo, ela sorriu lentamente e mordeu os lábios.

- O jeito que você fala Marquezine é devastador. - Ela disse e eu empurrei ela lentamente sobre o colchão, minhas pernas estavam na altura de cintura, suas mãos seguravam firme em minhas pernas.

- Você é devastadora. - Disse subindo a camiseta branca que a garota usava. - Com licença. - Disse e ela levantou os braços e a cabeça para que pudesse tirar a peça, ela ficou apenas um uma calcinha preta.

- Que sorrisinho é esse? - Bruna disse enquanto eu percorria o olhar pelo corpo da garota, eu sorriso involuntário havia surgido, era óbvio que ela sabia o motivo.

- Não tô sorrindo. - Disse e ela revirou os olhos.

- Eu tô vendo, sua babaca. - Ela disse e eu sorri ainda mais.

- Você é linda pra caralho, sabia? - Disse e entrelacei nossos dedos, subindo as mãos de Marquezine para cima de sua cabeça.

- Sou? - Ela disse enquanto eu beijava seu pescoço, a garota novamente estava de olhar fechados e respirava fundo. Suas palavras pareciam apenas ter pulado de seus pensamentos.

- Sim, porra, pra caralho. - Disse dando uma mordida fraca no ombro da garota, pude ouvir um suspiro. - Eu amo muito tudo isso, Bruna. - Disse descendo mais meu rosto, deixando um beijo no vale entre seus seios.

- Isso o que, Amor? - Bruna disse se fazendo de desentendida.

- Você. Seu corpo, seus peitos, seu pescoço, sua boca, seus olhos, sua barriga, suas coxas, seus braços, suas mãos, sua boceta. - Disse arrancando um riso de Marquezine.

- Eu sabia que ia chegar aí. - Ela disse e me puxou pra um beijo.

- Amor, eu amo tudo em você, também amo ela. - Disse sobre seus lábios e a garota ria ainda mais.

Competição - Bruna MarquezineWhere stories live. Discover now