Competição - Bruna Marquezine

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Bruna Marquezine
19 de março de 2024
Los Angeles

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Assim que falei para Sasha que Maya estava aqui, além de surtar, ela fez questão de dormir fora, disse que não queria atrapalhar nossas interações. Eu ri, mas no fundo agradeci, eu queria ter a companhia de Maya apenas pra mim por um tempo.

- Tem o quarto de hóspedes, mas Sasha passou uns dias aqui, então não sei se tem algo dela lá ainda. - Disse pra Maya quando vi que a garota estava quase dormindo. - Mas se quiser dormir no meu quarto, tudo bem, eu durmo lá.

- Fica tranquila, Sasha não vai voltar? Vi que ela tava aqui. - Maya disse e eu fiquei confusa. - Melhores amigos do insta, ela postou a janta de vocês ontem.

- Ah, ela não vai dormir aqui hoje. - Disse e Maya concordou.

- Eu durmo no sofá, não vou invadir o local que ela tá usando.

- Maya, é sério. Você não vai dormir no meu sofá.

- Eu durmo no chão. - Maya disse rindo e eu neguei. - Eu fico com Guto aqui.

- Maya. - Disse e vi que a garota não mudaria de ideia.

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Eu havia tomado banho e em seguida fui para a sala, assim Maya foi tomar banho, fizemos assim para que Augusto não ficasse sozinho e tivesse chance de aprontar algo.

- Você é um folgado. - Disse observando Guto dormindo entre minhas pernas e fazendo carinho em sua barriga. - O folgado mais lindo que já vi. - Disse sorrindo pro cachorro que se aproveitava de meus carinhos. Fiquei fazendo carinhos em Guto e mexendo no celular. Maya não demorou para aparecer, a garota vestia uma regata branca e um samba canção, seu cabelo estava amarrado no topo da cabeça como de costume e seus pés estava em contato direto com o chão.

- Ele fez algo? - Maya disse caminhando até mim e se sentando ao meu lado.

- Só dormiu. - Disse e vi ela sorrir. - Tá com sono?- Vi Maya respirar fundo e dar de ombros. - O que foi? - Disse me virando de frente pra garota e senti sua mão encostar em minha perna.

- Valeu por tá sendo gentil. - Maya disse sorrindo e fazendo um leve carinho em mim. - Mas, acho que essa noite não vai se encontrar com o sono, você sabe que discutir com minha mãe é sinônimo de dormir mal. - Maya disse dando um riso sem graça.

- Quer ver um filme? Distrair a cabeça. - Disse e Maya deu ombros. - Vamos, quer assistir nosso filme?

- Nosso filme? - Maya disse sorrindo de canto.

- Sim, o filme que sempre víamos quando alguém estava triste. - Disse e Maya negou enquanto sorria.

- Eu nunca mais vi ele. - Ela admitiu e eu arregalei os olhos em surpresa. - Você viu?

- Não, mas não tinha reparado, eu assistia por sua causa. - Disse e Maya sorriu novamente. - Posso fazer algo pra gente comer, ou pedir.

- Não consigo comer agora, Marquezine, mas faça algo pra você. - Maya disse e eu concordei. - Quer que eu vá colocando o filme?

- Eu como depois, vou ficar aqui contigo, pode ser? - Disse e Maya concordou, enquanto o filme era colocado o silêncio tomava conta do ambiente.

- Não quero que fique sem comer, Bruna. - Maya disse.

- Fica tranquila, prometo que logo vou. - Disse e vi Maya se virar pra mim enquanto estendia o mindinho.

- De dedinho? - Maya disse e eu sorri levemente observando a cena. - Bru? - Maya disse e enquanto eu olhava para seus olhos, ela me chamar de Bru não ajudava em nada. Maya nunca vai parar de causar coisas em mim, mesmo que seja totalmente sem querer.

- Juro. - Disse e cruzei nossos dedinhos, Maya sorriu satisfeita e achou o filme. De repente trinta começava em nossa frente, cada uma de nós estava em uma ponta do sofá, eu podia ouvir Maya dar algumas risadas baixas durante as cenas, ela sempre ria e chorava nos mesmos momentos. Estava começando a ficar gelado na sala, podia sentir meus pés e minhas mãos congelando. -Maya. - Disse a cutucando com o pé e ela se virou pra mim. - Quer um cobertor? Vou buscar um pra mim.

- Não precisa, valeu. Vou pausar pra te esperar. - Maya disse logo pausando o filme, fui o mais rápido que pude e voltei com um cobertor em mãos, me cobri e Maya deu continuidade ao filme. De vez em quando minha atenção desviava da tela da Tv e caminhava até Maya. Em uma desses momentos reparei que a garota estava mais encolhida que o comum, provavelmente com frio, já que a temperatura havia despencado. Eu estiquei o cobertor e assim ele cobriu minhas pernas e as pernas de Maya, que me olhou assustada por conta de meu movimento.

- Tá se tremendo de frio. - Disse de maneira bem humorada e Maya puxou o cobertor pra ela. - Ei, tá louca?

- Vem pra cá, ninguém vai ficar sem frio se cobrir só os pés. - Maya disse erguendo o cobertor e eu me mexi até ela, a garota soltou o cobertor sobre meu corpo. Estávamos nitidamente desajeitadas, Maya estava virada em direção da Tv, enquanto eu não conseguia entender de que maneira seria melhor que eu ficasse. - Quer deitar aqui? - Maya disse abrindo o braço e deixando seu peitoral com livre acesso para mim.

- Não, não, eu fico bem aqui, tranquilo. - Disse ainda sem entender as atitudes da morena ao meu lado.

- Bruna, você não tá nem um pouco confortável, vem, deita aqui, se você ficar desconfortável a gente acha outro jeito. - Maya disse enquanto me envolvia com seu braço esquerdo e eu me deitei sobre a garota, meu ceado passou sobre sua barriga e a abraçou. Enquanto isso, May fazia um leve carinho em minhas costas, não havia malícia, mas era nítido o contraste que vivíamos a uma semana para o momento atual.

Eu podia sentir meu coração acelerado de longe, espero que Maya não esteja o sentindo. Eu retribuía o carinho em sua cintura, não demorou muito tempo para sentir os dedos de Maya pararem sob meus fios de cabelo.

Maya havia dormindo. Estávamos abraçadas, era impossível eu sair dali sem acordar a garota.

Eu me mexi da maneira mais sútil possível, mas senti minha mão sendo segurada.

- Fica comigo. - Maya disse sonolenta, seus olhos tinham uma pequena fresta aberta e um bico estava em seus lábios. Eu observava a garota enquanto estava parada exatamente na mesma posição. - Por favor. - Eu me deitei novamente, Maya voltou a fazer carinho em meus cabelos. Eu me agarrei novamente a garota, mas dessa vez Maya se mexeu, ficando com o corpo de frente ao meu.

Minha cabeça estava repousada no braço da garota, enquanto eu a abraçava pela cintura, apenas deixando minha mão repousada ali. Maya entrelaçou nossas pernas e enfiou sua cabeça sob a minha, fazendo com que sua respiração batesse em meu pescoço de maneira leve. Eu não consegui dormir tão cedo aquele dia, meus olhos se recusavam a fechar, já que eu tinha a oportunidade de ver a mulher mais linda do mundo tão de perto.