Q u a r

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Capítulo 4 - Reforma

Sonho: Idéias, imagens ou desejo intenso que passa na mente de quem dorme.

*

Abro meus olhos, estou feliz. Por quê? Eu sonhei com algo bom, mas não lembro o que é.

Não é sempre que acordo me sentindo assim. Ah como eu queria lembrar sobre o que era esse sonho.
Me levanto da cama e fico sentada na beira, levanto meus braços pra cima como se estivesse retirando a preguiça de mim e tento me lembrar do sonho. Lembro que no sonho estava em um local escuro com alguem, mas quem é? Onde fica?

Me levanto e vou caminhando até o meu guarda roupa pegar um short, isso porque gosto de dormir só de calcinha e sutiã.

Será que ele é alguem que conheço ou é só na min... - De repente, ouço um estrondo tão forte e tão violento que meu corpo fica paralisado.

Eu apenas grito o mais alto que posso e quando olho pra trás minha cama está em chamas e tem um buraco no teto. Tem fragmentos do teto por todo o chão. O que está acontecendo, não consigo mover minhas pernas, vamos Gabriela se mexa, você não quer ficar aqui no chão.

A lâmpada está desligada, a única coisa que ilumina o quarto é o fogo na minha cama.

- GABBRRIEEELLAAA - É o meu pai, ele abre a porta com força.

- PAAAAAIIIIE, PAAAAAAAAIEE - Grito e levanto meus braços pedindo ajuda. Ele vem até mim, me pega em seu colo e me tira do quarto, a fumaça nos faz torcir. E me põe em sua cama.

- SUEEELY VAI PEGAR O EXTINTOR NO CARRO. - Suely corre pega o extintor e entrega ao papai que apaga o fogo.

-Você está bem? - Minha mãe pergunta preocupada. Eu não consigo falar direito, apenas choro. Tudo aquilo me assustou muito.

Meu pai se aproxima e se senta ao meu lado: - Meu amor... - Uma de suas mãos segura a minha mão e a outra mão segura meu rosto - Tudo bem meu amor? - Me acalmo sentindo seu toque.

- Nãaaao pai, meu quarto está destruído e eu quase morri. - Falo chorando. Ele me abraça forte e diz: - Calma meu amor, eu estou aqui agora. Não se preocupe, eu vou cuidar de você, nada de ruim vai te acontecer.

O abraço com muita força. Suely e mamãe nos observa tentando também me acalmar.

Falo baixinho no ouvido dele: - Papai, estou só de calcinha e sutiã.

- Suely, traga uma roupa pra sua irmã.

Suely vem com umas roupas, pego meu pai me observando e ele percebe meu olhar: - Bom... Acho que vou ver o que sobrou do quarto.

Visto um short preto apertado e uma blusa regata branca. Coube perfeitamente em mim. - Suely que roupas são essas? Nunca vi você usar.

- Pergunto observando a roupa. - Ah, não são minhas, é da minha amiga que esqueceu a roupa dela aqui noite passada. Eu lavei, pode usar, vou entregar para ela depois.

- A que veio dormir aqui ontem? - Pergunto.

- Uhum, ela mesma. - Suely respondi. - Ah ficou perfeita no meu corpo, só acho que ela usa roupas muito curtas.

Saio do quarto dos meus pais junto com Suely e vejo papai e mamãe observando o meu quarto.

- Papai, o que aconteceu? Parecia o fim do mundo. - Ele olha pra mim preocupado. E respira fundo e pensativo: Os circuitos eletromagnéticos entrou em colapso e os eletrônicos no quarto queimaram, inclusive a hélice.

Tal Pai, Tal Filha [ Reescrevendo ]Where stories live. Discover now