Tal Pai, Tal Filha [ Reescrevendo ]

D e c i t r i

Capítulo 13 - Na Visão De Suely ( Parte II )

Fugir: Se afastar rapidamente para evitar perigo, incômodo ou alguém.

*

... Dormiu bem Bela-Adormecida? - digo observando ela pra a ver se realmente estava bem, ela coloca sua mão direita sobre a cabeça e faz uma careta, é... ela sentiu aquela pancada. Mas não preciso dizer a ela que deixei ela cair, não iria ajudar.

Se fosse comigo eu iria ficar de boa, aliais eu estava tentando levar ela para um lugar mais confortável.

A intenção é o que conta, não é? Mas minha avó uma vez disse com aquela voz doce de velhinha: - "Suely, de boas intenções está o Inferno cheio."

Eu realmente não acredito no inferno mas se existisse eu já estaria nele de tantas boas intenções que não deram certo. Gabe olha pra mim fazendo careta e suas mexas loiras de cabelo caiem sobre seu rosto, minha irmã realmente é linda, esse cabelo dela, essas curvas... Uff... Não sei, ela nunca apareceu aqui em casa com um namorado, mas sei que ela já teve uns peguetes, desconfio que ela seja ainda virgem. Mas ela sempre cuidou das coisas aqui em casa.

- O que aconteceu? - Gabe diz.

- Você desmaiou e... bateu a cabeça no chão, você lembra? - Digo

*Lembranças com imagens vindo todas ao mesmo tempo*

Rafael
Apaixonada
Papai
Mãos
Namoro
Suely
Amanda

Seu semblante parecia estar ficando mais desesperado.

- Ah não... Eu preciso sair daqui. - Ela diz retirando a mão da cabeça.

Hein? - Pai.

O que? - Digo.

Sair pra onde? - Amanda.

Ela sai do quarto, eu subo na cama passo por cima do meu pai que permanece deitado, não vi a expressão dele mas parece que ele ficou sem entender.

A sigo pelo corredor.

- Ir pra onde louca? A Beth Cuscuz não vai querer você. - Digo brincando. Gabe olha pra traz pra mim e revira os olhos. Merda ela está indo para o meu quarto.

- Eu só... Não posso ficar aqui. - Gabe diz enquanto abre a porta e eu não chego a tempo. Meu quarto está uma bagunça, calcinhas semi-transparentes pelo chão, minha calça preta em cima da cama e minha blusa manga longa em cima da mesa onde estudo.

- Um furacão passou por aqui? - Diz Gabe.

- Ah eu não tive tempo de arrumar.

Mentira tive sim, eu realmente tenho preguiça em organizar meu quarto, mas manter o quarto organizado com a Amanda aqui... não dá. - Penso.

- O que aconteceu? Que cheiro é esse? - Gabe diz tentando adivinhar ao sentir o aroma. Então no cabide ela pega minha mochila cheia de roupas antigas que eu iria vender e sai do quarto em direção a saída. E eu a sigo.

- Gabriela, o que está havendo com você minha filha? Meu pai me ultrapassa e fica de frente com ela, ele a chamou pelo nome e não pelo apelido. Ele só fala em casos sérios. Amanda vem atrás de mim e sussurra no meu ouvido: - "Acho que ela deve ter batido forte a cabeça."

- ADIVINHA! - Gabe diz colocando a mochila atrás de seus ombros.

- Desculpe! A bateria da minha bola de cristal descarregou. Você vai ter que me dizer. - Papai fala gesticulando as mãos e sendo irônico.