D u a n t s i x

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Balbuciar: - Pronunciar sons sem significados.

( ・ᴗ・̥̥̥ )

Capítulo 26 - O Telefonista

- Shopping. - Digo fraca. - Vamos passear, ir no restaurante, nos divertir no parque, comprar novas roupas... É dia dos pais.

- Não podemos ficar aqui e só curtir esse dia juntinhos? - Ele pergunta me pressionando em seus braços fortes.

Sua expressão está leve. Seu cabelo ainda úmido e bagunçado. Ele quer ficar aqui. Comigo. Só comigo. Que fofo. Observo seus olhos castanhos, sinto minha boca ficar seca e por um impulso, sem nenhum controle, o beijo.

Como será que os casais conseguem ficar sem se beijar o tempo todo? Beijar é fantástico.

- O que foi isso? - Ele pergunta em um tom de surpresa e curiosidade.

Ops, acho que esse beijo foi meio desesperado.

- Nada. É que... as vezes você é tão carinhoso comigo. Não é? Tive que retribuir. - Falei.

- Claro. - Ele diz com uma voz irônica e continua. - Porque é super normal a filha retribuir o pai com um beijo.

Fico vermelha, mas não consigo segurar o sorriso. Entro em seu jogo, e digo com ironia:

- Ah, como se a filha usando apenas uma calcinha, sentada no colo do pai, fosse a coisa mais natural do mundo.

- Uhum. - Ele coloca uma mexa do meu cabelo atrás da minha orelha. - Do mesmo jeito que é normal a filha querer dormir na mesma cama que seu pai.

- Você que me chamou pra dormir na sua cama.

- E você adora isso.

(Silêncio)

O clima que tinha ficado divertido, volta a ficar excitante. Digo baixinho:

- Adoro.

Seus lábios carnudos estão se aproximando aos meus, minha cabeça deitada em seu ombro com o rosto virado para ele, suas mãos alisando minhas coxas. E... de repente ouço um trovejada forte e em seguida o som da chuva.

O celular toca, procuro por ele e o encontro jogado no sofá ao nosso lado.

- Alô?

- Serviços da Oi. Estou falando com o Senhor Gabriel?

- Não, aqui é a filha dele. Eu uso o celular mas quem paga a conta é ele. - Falo em tom divertido.

- Só ligando pra informar que não foi registrado esse mês nenhum pagamento do seu plano de ligações.

- Impossível, o dinheiro é debitado automaticamente da conta bancária.

Então o papai começa a beijar meu pescoço.

- Pede pra eles conferir no sistema de novo. - Ele diz sussurrando no meu ouvido e passeando suas mãos fortes pelas minhas coxas.

Suspiro.

- Confira novamente.

- Um momento. - Pede o telefonista, parecendo não perceber a minha voz embreagada pela excitação e continua. - Seu número é 8699937-6340?

- Sim, esse mesmo. - Confirmo.

Ele joga meu cabelo para o lado, expondo meu pescoço, e de repente... então uma sequência de beijos me deixando toda arrepiada. Aquele beijo que toma conta do corpo como uma corrente elétrica. Solto um gemido que estava preso na minha garganta.

Tal Pai, Tal Filha [ Reescrevendo ]Where stories live. Discover now