Tal Pai, Tal Filha [ Reescrevendo ]

S e t t

Capítulo 7 - Surpresa

Surpresa: Algo que é surpreendente.

*

Acordei nos braços do meu pai, se não estivesse fazendo calor provavelmente eu não conseguiria acordar.

- Eeir... Amanheceu, temos que nos levantar.

- Eu só trabalho a tarde. - ele olha pra mim com uma carinha de sono.

- O senhor tem que tomar banho, eu tenho que tomar banho. Estamos suados.

- Liga o ar condicionado filha.

- O ar-condicionado queimou

- Isso explica o calor. - Ele diz e beija meu ombro. Dormir de conchinha nunca foi tão bom.

Mexo minhas pernas, meu pé ainda dói, meu pai me abraça mais forte, minha vontade é de não sair dos seus braços.

É como se quando ele estivesse perto a dor fosse embora.

- Eu tenho que fazer o café da manhã Tento sair da cama e ele me puxa de volta - Paaaaai - risos -

Ouvimos a campainha tocar.

- Fica mais um pouco. - Ele diz.

- Suely vai pra faculdade e eu também vou daqui a pouco. - Digo

- Suely... Tem... Que se... Virar... Sozinha... - Ele diz me dando vários beijinhos no rosto e no pescoço.

- Bem capaz dela ir sem tomar café da manhã. - Dou um sorriso.
Ele me abraça forte.

- Faz mais tarde, a cama está tão boa. Ele diz com cara de sono. Me aproximo de seu rosto e digo: - Seu olhinho está sujo aqui. - Retiro a remela do seu olho.

- Obrigado. - Ele diz sorrindo e me pondo em seu colo, sem querer sinto um volume na minha bunda, a respiração fica ofegante e meu coração parece querer sair pela boca.

- Ain paiêin - Falo com a voz embargada.

Ouvimos a campainha tocar de novo.

Me levanto rápido. - Deve ser a mamãe, tenho que fazer o café.
Vou atender a porta.

- Não, deixa que eu vou lá, faz o café. - Meu pai diz sendo educado. Vou até a cozinha e Suely está sentada na mesa tomando café.

- Suely? Quem fez o café?

- Eu fiz.

Olho pra trás e vejo a amiga da minha irmã. - Fico envergonhada, ainda estou de calcinha e blusinha.

A campainha toca novamente.

- Ah eu não sabia que você ainda estava aqui. O cheiro do café está ótimo, como é mesmo seu nome?

- Amanda - Ela diz com um sorriso nos lábios.

Ouço uma voz vindo de fora: - TEEEM ALGUÉM EM CASAAAA?

Essa voz é do... - digo mentalmente - É a voz do Rafael.

- Com licença Amanda.

Vou correndo até a porta e meu pai já está lá. Aquilo é um buque de flores? - Penso.

- Oi Gabriel
- Oi Rafael

O que está fazendo aqui?