Resistindo às Tentações - COMPLETO

Capítulo 2 - "Como se fosse um vício - Parte II"

COM MUITA LENTIDÃO, VIREI MEU rosto e me deparei com o mesmo homem que estava me fitando intensamente há minutos atrás. Uau... Quase fiquei de boca aberta. A natureza tinha sido extremamente generosa com aquele homem, lhe concedendo uma beleza estonteante. Atraente e de porte opulento, dentro de uma calça jeans, uma camisa preta com alguns botões abertos no peitoral e um blazer preto por cima. Realmente, se a aparência revelasse a verdadeira idade de alguém, baseado apenas nisso, teria de dizer que ele beirava aos 35 anos, visto que o seu olhar também denunciava o quão maduro e bem vivido que ele era, além de sexy, é claro.

Seus cabelos negros e sedosos eram nem muito grandes e nem muito pequenos, porém num corte curto e elegante com um pequeno desgrenho na franja que caia deliciosamente em sua fronte, deixando-o mais bonito. Sua pele era como jade branco e seu nariz retilíneo se encaixava bem no seu rosto esculpido, combinando com seus magníficos olhos, que, além de serem enormes, eram quentes e possuíam uma cor rara, como um azul bebê mesclado com cinza reluzente. Era como olhar para um oceano imensurável. Desci minha vista para seus lábios vermelhos como romã, e sem que eu percebesse já estava querendo beijá-lo.

— Posso sentar aqui? — Perguntou ele, com aquela bendita voz que já ressoava como música para os meus ouvidos.

Caramba como ele era atraente... E me olhando com astúcia daquele jeito, custou um pouco para eu conseguir falar.

— Claro. — Consenti sem quebrar a conexão. E olhando assim mais de perto, seus olhos eram inacreditáveis, tinha um delineado natural realçando por conta dos cílios grossos e densos. Pura injustiça! Os meus não eram assim, eu tinha que passar pelo menos duas camadas de máscara para ficarem perfeitos.

Sinceramente, levando em consideração toda aquela beleza em abundância, posso até dizer que ele era até mais bonito que uma mulher!

Allan surgiu detrás do balcão e olhou do homem bonito ao lugar que ele estava antes, provavelmente surpreso com a rapidez que ele teve para chegar a mim.

— Dê-me mais um daquele, por gentileza. — Fez o pedido cortesmente assim que se sentou na banqueta ao meu lado.

Ficamos em silêncio até Allan voltar com o pedido que ele fizera.

Tomei mais um gole da vodka, e dessa vez minha careta foi um pouco mais suave.

— Acho melhor você ir com calma. — Aconselhou-me brandamente.

— Calma não é muito o meu forte. — Retruquei de uma forma sensual e provocante.

Ele sorriu e mordeu seu lábio inferior de leve, possivelmente achando que seria interessante. Seus olhos miraram a taça em sua mão e logo o vi tragar um excelente gole de seu líquido.

— Que bom. Nem o meu. — No seu tom havia uma mensagem oculta e eu já fazia ideia aonde aquilo iria chegar.

Virei-me para ficar de frente para ele, cruzei minhas pernas e passei uma mão nos meus cabelos jogando-os para o lado, esbanjando minha sensualidade.

— Como se chama o cavalheiro? — Perguntei.

— Oh, desculpe minha ignorância. Eu nem me apresentei. — Ele estendeu a sua mão enorme e eu coloquei a minha sobre ela. — Eu me chamo Michael. — E levou seus lábios para beijá-la no dorso, causando-me arrepios pelo simples toque.

— Whitney. Prazer. — Também me apresentei e depois puxei minha mão com delicadeza.

— Satisfação, porque o prazer é todo meu. — Sua voz reduziu a um som rouco, fluindo pelo o meu corpo com um ritmo sedutor que me deixou bastante excitada. Cacete, como ele conseguiu fazer isso?