Capítulo 15 - "Um homem que uma mulher não pode deixar de amar"

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A PRINCÍPIO, O QUE PASSOU PELA minha cabeça foi que aquela mulher ou a criança precisavam de atendimentos novamente, — porque geralmente bebês recém-nascidos tendem a ficar doente muito facilmente, principalmente quando tem alguma complicação no parto — e que Michael havia me levado até lá para atendê-los. Mas eu estava completamente equivocada com as suas intenções em me levar até àquela casa.

Quando o marido e o filho mais velho daquela mulher apareceram na porta, sorriram e logo nos botaram para dentro da casa. Na cama, encostada à parede do primeiro cômodo, estava a mãe e o bebê empacotado nos braços dela com uma manta amarela. Quando ela nos viu, sorriu. Michael foi o primeiro a se aproximar e parou assim quando já estava perto o suficiente da mãe e do bebê.

— Viemos ver como vocês estão. — Disse Michael, assim quando segurou a mãozinha do bebê.

— Estamos bem, graças a vocês dois. — Respondeu ela, olhando para Michael e depois para mim.

O marido se aproximou.

— Vocês foram dois anjos. — Acrescentou, sentando-se na beira da cama.

— Não... É a doutora Hale aqui que é um verdadeiro prodígio. — Comentou Michael, olhando para mim.

Sorri um pouco sem graça diante do seu elogio. Aish... Só ele conseguia fazer eu me sentir envergonhada. Eu não gostava disso.

Michael pegou o bebê no colo e começou a balançá-lo muito devagar. E olha que ele levava jeito para isso. Muito mesmo, inclusive! Parei para observar a cena dele com os seus olhos brilhando enquanto olhava para o bebê.

Peguei-me sorrindo também e me aproximei deles. Toquei naquela mãozinha e ela segurou o meu dedo indicador, na mesma hora eu fiquei fascinada por aquele bebê. Ele tinha a pele branquinha e cabelos escuros. Era lindo, muito lindo!

— Ele é lindo. — Comentei encantada. — Tão inocente.

— Quer segurar ele? — Indagou Michael, estendendo o bebê para mim.

— Segurar?

— É. Pegue ele um pouco.

— Não sei. Tenho medo de machucá-lo. — Hesitei.

— Como uma médica como você pode machucar um bebê só ao segurá-lo? — Sim, mas eu não era obstetra e estava com receio de machucá-lo. — Não seja boba. Segure-o. — Com todo cuidado, Michael colocou o bebê em meus braços, e eu não pude deixar de sorrir ao olhar aquela coisinha pequena e linda que eu segurava.

— Ele é perfeito. — Eu disse enquanto o balançava devagar. — Como é o nome dele? — Perguntei.

— É Adrian. — Respondeu a mãe. Então eu só me dei conta naquele momento que nós não sabíamos os nomes uns dos outros. Também naquela agonia não era uma boa hora para as apresentações, afinal!

— A propósito... Eu me chamo Whitney Hale e ele é o Michael Green.

— Oh, meu Deus! É mesmo... Sequer nos apresentamos para as pessoas que nos ajudaram — A mãe disse com os olhos um pouco esbugalhados. — Eu sou a Ana, o meu marido se chama Fred e o nosso filho mais velho é o Francis. Desculpem por não...

— Por que está se desculpando? Está tudo bem. Aquela realmente não era uma boa hora para as apresentações. — Disse Michael e todos sorriram. 

Então, de repente, o bebê começou a chorar, assustando-me.

— O que ele tem? — Perguntei preocupada. Eu parecia uma boba.

Resistindo às Tentações - COMPLETOWhere stories live. Discover now