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"Harry, já chega." Eu reviro os olhos para o menino que está apaixonado por mim e é completamente recíproco. Estou praticamente em cima do Harry, que está esticado pelo sofá da casa do meu pai. Ele ainda não chegou do trabalho.

As mãos de Harry seguram os dois lados da minha cintura enquanto ele me irrita. "Fala sério. Não é como se eu quisesse que me chamasse de bombomzinho."

"Harry, ninguém chama o... Parceiro, ou sei lá o que você é meu, de nenhum apelido fofo! Acha mesmo que eu vou te chamar de bebê?"

"Eu te chamo assim ás vezes!"

"Porque você é meloso e consegue me chamar dessas coisas, porque eu sou uma pessoa legal e agradável. Eu nunca conseguiria te chamar de bebê ou lindo se tudo que eu sempre quero fazer é socar sua cara." Eu falo sério e Harry gargalha, nos trocando de lugar ao ficar por cima de mim.

"Eu não vou desistir até você me chamar de algo cafona, mas vou te dar uma pausa." Ele diz e beija minha têmpora. Eu sorrio boba pra ele, fazendo um bico e ele entende que tem que me beijar agora, e o faz. "Quer ver um filme? Seu pai tem Netflix?"

Nós acabamos escolhendo um filme que eu pensei que era um romance, mas acabou sendo um besteirol péssimo, mas Harry parece estar achando incrível porque não para de rir. É fácil fingir que presto atenção à essa merda de filme quando, na verdade, só consigo pensar no quão sortuda sou por ter esse garoto bonito, inteligente, legal e irritante estando apaixonado por mim. Por que ele gosta tanto de mim? Nem eu amo a mim mesma.

Por que diabos Harry sente isso tudo por mim, quando ele poderia ter qualquer outra garota? Eu sou irritante e não sou tão carinhosa quanto ele. A melhor parte de mim é ele, não faz sentido que ele goste de mim.

O Harry não para de fazer carinho em mim por um minuto sequer do filme de duas horas, mas os melhores momentos eram quando ele mexia no meu cabelo, ou então quando dava pequenos beijos no canto do meu rosto. O filme termina com ele dando a maior gargalhada até então, e eu sorrio por estar aqui com ele. "Gostou do filme, hum?"

"Eu amei. É tão ruim que fica bom." Ele diz. Eu só achei ruim mesmo, mas Harry provavelmente está no rumo certo da vida, porque está rindo enquanto eu questiono o Adam Sandler por ter aceitado participar disso.

Meu celular apita e meu pai diz que está chegando. "Hey, Harry, você tá disposto a conhecer meu pai e tudo isso?"

"Eu conheço seu pai." Franze o cenho.

"Você conheceu meu pai, quando você era apenas o filho da amiga da minha mãe. Agora, você é... Bem, você não é apenas um garoto qualquer."

"Ah." Ele para e pensa por uns instantes. "Você quer que eu esteja aqui? Tudo bem se não quiser que seu pai me veja."

Muito pelo contrário, eu quero Harry aqui.

"Se puder ficar, seria ótimo, porque minha mãe vai vir e eles não se veem a anos e... Bem, isso pode ser uma merda e seria legal ter você caso dê tudo errado." Admito e Harry parece realmente surpreso. "Mas não precisa ver os dramas da minha família."

"Está nervosa por que sua mãe vem pra cá? Tenho certeza de que eles não vão brigar." Harry diz e eu não tenho essa certeza toda e ele percebe. "Mas eu vou ficar com você de qualquer forma. Se seu coração sair quebrado, vou recolher os caquinhos."

Meu coração aquece.

"Você é..." Eu sorrio como a boba apaixonada que sou. "Eu não sei o que dizer. Obrigada."

R.E.M - HSDonde viven las historias. Descúbrelo ahora