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Ando cautelosamente, olhando para todos os lados para ver se eu encontro o Alec. Consigo chegar no térreo sem esbarrar nele, então o vejo com uma mulher muito bonita passando para o lado oposto ao meu. Corro para a avenida e pego um ônibus de volta para casa, alguns minutos depois estava em meu quarto jogada em minha cama. O que está acontecendo comigo? O que eu estou fazendo da minha vida? Por que será que o Alec foi atrás de mim no hospital quando me ignorou no colégio? Por que estou pensando nele? Essas perguntas rodeavam minha cabeça, peguei no sono com elas.

(...)

A semana passou se arrastando, graças ao bom Deus, hoje era sexta-feira. Durante a semana, vi o Alec apenas duas vezes, em uma delas ele estava no mesmo corredor que eu, foi a minha vez de ignora-lo então dei a volta e segui por outro corredor. Estava no intervalo, disse as meninas que ia ao banheiro e segui em direção ao mesmo. Estava distraída, andando pelo corredor central a procura de um banheiro feminino que não estivesse lotado. Sinto alguém me puxar, tampando minha boca e entrando em uma sala comigo. Me debato e mordo a mão da pessoa fazendo com que ela solte um grunhido de dor. Olho para trás e pela pouca iluminação que o ambiente possui, consigo ver o Alec, estamos no quartinho do zelador que é apertado e escuro. Estava pronta para sair dali, eu não queria falar com ele, mas o Alec puxou o meu braço fazendo com que eu o encarasse.

- Você me evitou a semana inteira.

- Agora você quer falar comigo? - minha pergunta sai mais sarcástica do que eu realmente esperava.

- Eu nunca deixei de querer - seus olhos transmitem sinceridade.

- Isso não é o que pareceu segunda-feira quando me ignorou no corredor - elevo meu tom e ele põe uma mão em minha boca para tapa-la.

- Eu sei o que pareceu, mas nem tudo é o que parece. Por favor, me deixe explicar, mas não aqui. Vá para a varanda do hospital hoje à noite, se ainda não quiser falar comigo depois que eu explicar, entenderei. Mas, por favor, me der a chance de te explicar - implora tirando a mão de minha boca e depositando um leve beijo em minha bochecha, ele sai rapidamente do quartinho. Espero alguns segundos para sair, não quero arriscar que alguém nos veja e pense o errado.

Passei o dia todo pensando se deveria ir ou não. No fim da tarde, decido ir por simplesmente saber que minha curiosidade não iria me deixar em paz. Também porque me lembrei que aconteceu a mesma coisa comigo e com me pai, ele não me deu a chance de me explicar e tomou suas próprias conclusões, que estavam erradas.

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Postei uma nova história, confiram!

Minha Querida JúpiterWhere stories live. Discover now