Minha Querida Júpiter

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No dia seguinte, eu não encontrei as meninas durante o intervalo. Por isso, decidi entrar na biblioteca para procura-las já que as mesmas não estavam no banheiro e nem no refeitório.

Estava procurando entre os corredores quando escutei vozes conhecidas por trás de uma estante de livros.

- Eu não sei com quem o Alec está saindo - a voz do Nicolas é a primeira que eu reconheço.

- Você é o melhor amigo dele, deve saber de algo - a voz irritante de Alice ecoa, ela insiste.

- Por que você acha que o Alec está em um relacionamento fixo? Ele só fica com as garotas em festas e nem lembra os nomes delas no outro dia - comenta.

- Nicolas, faz dois meses que o Alec está estranho. Ele até me rejeitou três vezes. Vai dizer que você não percebe as sumidas dele durante a semana? - se escora na estante e eu me afasto um pouco para que ela não perceba minha presença.

- Está me dizendo que você está o achando estranho só porque ele te rejeitou? - ela assente - Alice, pelo amor de Deus, se toca! Ele só não quer ficar contigo. E você sabe que o Alec tem que estar frequentemente no hospital - bufa enquanto sai do local. A garota revira os olhos e o segue.

- Achei você! - Atena grita e eu me assusto, derrubando alguns livros.

- Enlouqueceu? - suspiro e me agacho para apanhar os mesmos.

- Estava escutando a conversa de alguém, Júpiter? - brinca Louisa atrás dela.

- Onde vocês estavam? Procurei por toda parte e não as encontrei - mudo de assunto e vejo Louisa ficar nervosa.

- Estávamos no banheiro, a menstruação da Louisa desceu adiantada - explica, elas dão um sorriso sem graça. Penso em perguntar em que banheiro, porque eu procurei em todos e não as achei. Porém, decido deixar para lá.

O resto do dia seguiu normalmente. À tarde o Alec enviou uma mensagem dizendo que não poderia ir me ver hoje, então ocupei minha cabeça com atividades e séries.

[Algumas horas antes, narrador onisciente]

Atena e Louisa conversavam animadamente no extenso corredor do colégio, quando alguém as puxos repentinamente e as trancafiou no quarto do zelador.

- Não gritem - a pessoa pede. Ao reconhecer a pessoa, elas suspiraram aliviadas.

- Você, por acaso, quer matar a gente? - Louisa põe a mão no peito.

- O que aconteceu para você ter nos botado nesse quartinho imundo? - Atena observa ao seu redor.

- Preciso da ajuda de vocês.

- Para o quê? - Louisa questiona.

- Uma surpresa - as meninas se entreolham com sorrisos cúmplices.

Após alguns minutos, as meninas já estavam cientes do plano e prometeram que fariam o possível, e o impossível, para que aquilo funcionasse sob segredo.

Então, logo após, saíram do quarto apertado com cuidado para não levantar suspeitas das pessoas que passavam por ali. Em específico, o alvo da surpresa.