2º capítulo

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-Bom dia alunos.-a Senhora Wenedlyn entrou na sala colocando suas coisas em cima da mesa. -Bom dia Senhorq Wenedlyn.-eu sendo a única a responder, enquanto Renata dava um sorriso simpatico. Logo Renata me cutucou tentando chamar minha valiosa atenção. Me virei para a mesma que concertava os óculos que eram maiores para o tamanho do seu rosto, e em seguida disse: -Por que ninguém responde a professora e estão todos quietos?-perguntou curiosa. -Porque ela é bem durona com os alunos que não gostam de estudar e dessa sala sou a única que estuda. Então sou bem amiga dela! -Espero que eu seja também.-pensou alto. -E você será! Você aparenta ser uma excelente aluna.- a elogiei. -É, eu estudo tudo que posso, tudo que está ao meu alcance... -Então irá se dar bem! A professora prendeu seus cabelos que estavam em um rabo de cavalo em um coque bem ereto. Admito que me causava calafrios quando ela fazia isso: mas ela é uma pessoa maravilhosa! As vezes eu fico de babá de seus filhos por livre e espontânea vontade por ela simplesmente prometer que fará uma carta de recomendação para faculdade que eu pretendo entrar. -Bom, aprenderam que em minhas aulas se deve ter: silêncio, disciplina e um bom estudo!-murmurou.-Caros alunos novos: essas são as três regras que existem em minha aula. Serão meus amigos se gostarem de estudar, e eu sei bem quem são! -Professora?!-levantei minha mão chamando sua atenção e a mesma balançou a cabeça.-Só temos uma aluna nova hoje, não sei se entrará mais algum... -Tudo bem.Me diga seu nome garota!                                                              -Renata, prazer.-ela se levantou e todos riram. Assim que a aula acabou a Senhora Wenedlyn deu tchau a nós e chamou Renata e eu pra termos uma boa conversa. Nos disse que admirava nossa inteligência e que estaria aqui se precisassemos. E que ainda vai fazer a minha carta de recomendação... Melhor notícia de todas! -Essa professora é bem legal, bem que você disse Aninha.-ela ficou envergonhada.-Posso te chamar de Aninha, né?-ela sorriu sem mostrar os dentes. -Óbvio que pode! Mas esquece o Ana Nerdzona.-ela assentiu.-Eu até prefiro Aninha do que Anaju. A única música que eu não gosto: Ana Julia de Los Hermanos. -Eu amo essa música!-deu pulinhos. -Não ouse cantar!-implorei. -Não ouse cantar o que Ana Nerdzona?-Albert se aproximou pegando os meus óculos. E depois encarou meus olhos azuis, pude ver seus olhos que me olhavam fixamente. -Não é da sua conta, Albert!-pulei atrás de meus óculos que se encontravam com ele. -A música que tem o nome dela.-dei tapas em Renata que colocou a mão no lugar em forma de dor.-Ai!                                  -Olha. Devolve os meus óculos, por favor.-pedi.-Eu estou dizendo com educação!-e ele começou a correr e corri atrás do mesmo que não me ouvia.-Devolva meus óculos, Albert!-gritei friamente o ordenando a me devolver. Nada.                                              Bem, eu e o Albert sempre fomos amigos. Desde que eu entrei nessa escola; quando eu tinha três anos de idade. Mas quando chegamos nos nossos doze anos a única coisa que importa é ser popular! Ou você escolhe ser o tal da escola ou você escolhe tirar notas boas e ter poucos amigos. Isso é a sua escolha! Mas Albert optou por ter muitos amigos, e suas notas serem uma das piores de toda a escola.                          E foi aí que ele começou a me desprezar, tudo isso porque os seus "amigos" pediram. E hoje virou rotina de todos eles me fazerem passar vergonha em toda a escola e zoarem com a minha cara e com tudo que eu faço ou deixo de fazer.                                -Tá ceguinha Ana Nerdzona?-Marcos disse quando se aproximou do amigo.       -Não!-impliquei.-Só gostaria que devolvesse meus óculos. Sinto apenas dificuldades pra enxergar sem eles.-eu me dirigi a Albert, a pessoa que se encontrava com os meus óculos.                        -Então a nerdzinha é cega?-Caio disse rindo e provocou riso em todos.                 -Eu não sou cega!-gritei chateada.              Albert cedeu e eu peguei meus óculos e sai correndo até o banheiro. Eu precisava pensar um pouco. É sempre assim! Cansei desses garotos não terem o que fazer e virem fazer porcaria.            Logo ouvi a porta abrindo; era Renata.     -Está aí, Aninha?-ela perguntou.               -Aham.-assenti abrindo uma das cabines e indo abraça-la.                                         -Está bem?-ela perguntou ainda me abraçando.                                                      -Estou. Mas isso já está chato! Cinco anos essa mesma rotina desses idiotas...                                                           -Nossa!-ela sussurrou.-O sinal está tocando. Precisamos voltar pra sala de aula.-ela se afastou de mim batendo os pés no chão inquieta.-Lava esse rosto, não mostre a eles que está triste!                Assenti e fiz o que ela pediu.

A menina que ele zuavaWhere stories live. Discover now