25º capítulo

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Sinal tocou, saindo da sala para o intervalo. A rotina de sempre, que deveria mudar algumas vezes...                         Me sentei com a Renata que fez questão de ir estudar o assunto novo de português, enquanto ouvíamos música.   Assim que uma pessoa tirou um dos fones de ouvido do meu ouvido; o que me fez ficar com suso. Renata revirou os olhos e puxou a parte do fone que estara comigo e fingiu não estar vendo.  Me levantei e nos distanciamos um pouco da minha melhor amiga, que não escondeu sua extrema curiosidade.           -Ei... Está brava comigo?                             -Eu? Não tenho motivos. Estou apenas estudando português...-franzi a testa.            -Para de ser nerd, Ana Júlia!-reclamou.   -E você deveria me respeitar. Se não consegue fazer isso, sinto muito. Então me dê licença...-eu sai irritada e o mesmo segurou meu braço me puxando novamente.                                     -Vai hoje mais tarde lá em casa? Faremos o trabalho de ciências, descansamos perfeitamente nesse final de semana. Não acha?-soltou uma piscadela pra mim e eu concordei.           Voltei para o meu estudo agradável e Albert foi para onde seus amigos estavam. E assim que o sinal tocou eu fui para a aula.                                                 -Ana,o que eu faço para o Marcos ir fazer o trabalho hoje?-minha amiga reclamou do garoto que ela gostava, mas não assume de modo algum.               -Fala com a professora sobre ele?!            -Não. Não quero confusões pro meu lado. Sempre trás confusões, e você sabe...-reclamou comigo como se eu fosse a culpada dessa história toda.           -Mas a culpada não sou eu...                         -Eu acho que você deveria calar a boca!-lhe dei língua..-Será que eu serei presa por assassinar uma pobre garotinha dos olhos azuis ridículos e um cabelo loiro horrível?                              -No mesmo segundo o juiz decretaria que você precisaria morrer também!-brinquei e dessa vez ela que me deu língua.                                                                [...]                                                                       Abracei minha melhor amiga como se nunca mais fossemos no ver. Coisa de amigas, acho que toda garota entende!     -Até amanhã Ju...-minha amiga sorriu.    -Tchau Rê.-eu acenei.            
-Ainda vai ficar na escola?-perguntou abrindo a porta do seu carro.                      -Estou esperando o Tobias, logo logo o meu motorista chega.          
Resolvi falar com o garoto dos olhos verdes e penetrantes, com vergonha e como; mas resolvi me dirigir a ele.           Logo vi ele e o Caio conversando, mesmo sendo feio eu me aproximei. Eu precisava ver o que conversavam...                      -É... Eu concordo. Uma nerd sem noção, acha que eu estou caidinho por ela. Que pena que não é assim parça!              Era o que eu precisava escutar para ter certeza que Albert estara me iludindo.       Tobias não aparecia, eu resolvi ir embora sozinha.                                            Eu saia do colégio um pouco tarde, e já conseguia ver o céu perto de escurecer.    O relógio soou as seis horas da noite; enquanto a chuva fria e salgada caia sobre meus braços nus.                                              A chuva engrossava cada vez mais, e minhas lágrimas desciam sobre os meus olhos azuis e que já estavam vermelhos de tanto chorar.                         Logo uma frase saiu por minha cabeça "anda, sai da chuva. Você vai pegar uma pneumonia!". Eu reconheceria até de longe, mas eu precisava adoecer mesmo. Eu não preciso ver a cara do Albert por um bom tempo...                                                          Tirei meus sapatos sujos de lama e logo após minhas meias e comecei a andar descalça, pisando  em cacos de vidros, espinhos e com um grito sempre que tocava o pé no chão; sempre segurando para não gritar de tamanha dor que eu sentia. Principalmente a dor que fica dentro do peito, não conseguem tocar e é uma das coisas que mais sofre do mundo. O coração.                                           Espirros saiam sobre mim, eu dançava na chuva e logo depois voltava a chorar. Eu estava encharcada e por mim continuaria assim até certas providências...                                               N/A: Quem o Albert lindo, pera, horroroso... Pensa que é pra falar assim com a minha menininha?❤️❤️

A menina que ele zuavaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora