-Bom dia, bom dia.-dessa vez eu que acordara minha irmã mais nova que dormia abraçada com um canguru de pelúcia; uma graça, dormia com ele desde os três anos. -Bom dia?-minha irmã abriu os olhos e os fechou se irritando logo após eu abrir a cortina do seu adorável quarto cor de rosa.-Que história é essa de bom dia? -Bom minha cara irmã... A história que você terá aula hoje e ainda precisa ir mais cedo que eu pra escola.-eu me deitei do seu lado fazendo cócegas. -Ah, é mesmo?-suas pernas balançavam e seu tronco pulava sem sair do lugar, uma espécie de síndrome das cócegas. -Sim mocinha. Você vai pra uma excursão hoje, não se lembra? -Têm razão. Minha mochila está pronta?-arregalou os olhos e eu dei de ombros.-Ah, está! Eu a arrumei antes de deitar...-Maria Cecília colocou as mãos no coração pedindo graças. -Você têm sorte, vai para um museu. Adoro essas excurssões, sabe? Eu sinto que vou aprender mais! -E eu sinto que eu fui adotada ou você foi adotada. Porque somos completamente diferentes! Eu não estou nem um pouco empolgada de fazer uma qualquer excursão para a escola e você me conhece bem... O suficiente para saber... -Anda, vai se arrumar. Vou pro meu quarto arrumar minha mochila, tenho certeza que foi a única coisa que eu terminei de ajeitar.-eu bati na cabeça da minha irmã que saiu me dando língua irritada, enquanto ia em direção ao banheiro tomar banho; ou pelo menos fingir que tomaria. Eu sai do seu quarto sorrindo e fui até o meu terminar de me organizar. [...] -Oh Ana Júliaaaaaa....-Renata veio correndo até mim concertando seus óculos que caíam sobre seus olhos e cantarolando o refrão de uma música que comecei a odiar por alguns motivos. Minha melhor amiga me abraçou fortemente, todo final de semana conseguimos sentir falta demais uma da outra...-Por que fez cara feia? Já te disse que eu adoro essa música. É tão lindinha ela! -Você sabe que eu á odeio. Até hoje...-revirei os olhos e minha amiga me deu um tapa no braço. -Só porque o Albert cantava pra você... Grandes bostas Ana Júlia!-me reclamou me balançando. -Se eu ficar tonta eu irei te bater!-eu me irritei e ela parou bufando e batendo os pés.-Ei...-me olhou atentamente, tentando decifrar se eu me dirigia mesmo a ela:-Eu estou falando com você sim, dramática! Senta aí...-a sentei em um banco e continuei em pé, andando conversando. -Fala logo, Ana Júlia. Meu coração está batendo muito muito muito forte, eu vou ter um ataque cardíaco por causa de você.-seu tom de voz aumentou, preocupada. -Bem... Eu não sei qual palavras te dirigir, eu preciso pensar como te dizer. -Só diga as palavras que precisa ora, é até melhor falar mais rápido. Se for pra doer, vai dor menos... -Albert me beijou!-eu disse rapidamente. -O que? Como? Me explica isso, agora!-ela concertava seus óculos bem irritada. Bem, a Renata falou as mesmas coisas que diz sobre o Albert, o Caio, o Marcos e o João Pedro. Ela odeia mais os garotos do que eu mesmo. Sempre vem com o papo de quatro anos sofrendo nas mãos desses garotos... Dá pra ver com todas as suas forças que não gosta desses quatro garotos e ela não faz questão alguma de esconder isso! Fomos para a sala e sentamos no mesmo lugar de sempre: óbvio que na frente e Renata do meu lado. Abri o meu caderno de português para fazer uma revisada antes da nossa querida professora entrar. Eu ainda precisava ser exemplar, minha reputação não pode acabar em um passe de mágica... Principalmente na aula de português, foi prometido que minha magnífica professora faria uma carta de recomendação para algumas faculdades.
Logo a Senhora Wenedlyn entrou. Ela estara com a mesma mutuca de sempre, um vestido de tecido abaixo do joelho com uma estampa nem um pouquinho agradável; Abriu o livro de português e esticou seus braços pela enorme mesa do professor, ainda em pé... -Bom dia meus alunos! -Bom dia!-claramente só vimos eu e a Renata responder, ninguém gosta dele; só eu e a ruivinha que sentara do meu lado. Logo vimos a porta se abrir e entrou Albert e Margaret, bem que eu senti a falta dele na sala de aula. -Não briga com ele professora!-eu gritei falando obviamente que sem pensar. Ele soltou um risinho abafado mas foi pro seu lugar sem esconder a vergonha, Margaret continuou parada me olhando enquanto todo os outros faziam a mesma coisa. Era completamente caro a raiva que sentíamos um pelo outro, ou pelo menos fingíamos; não sei... Renata me deu um peteleco na orelha, vários pra ser mais sincera. -Ai.Ai.Ai...-eu bati em sua mão. -Isso é pra aprender: pense antes de falar as coisas.-reclamou sussurrando. Sim, eu estava levando uma bronca daquelas da minha melhor amiga. Depois de certos minutos A sra. Wenedlyn saiu, alegando que iria resolver algo na sala dos professores e que logo voltaria; nos obrigando a manter silêncio e a não pisar os pés fora da sala. Caio começou a pisar os pés fora da classe, eu não achei nenhum pingo de graça; enquanto os outros riam feito uma hiena. Olhei para os lados e meus olhos deram de cara com um garoto dos cabelos castanhos escuros e com uns olhos verdes de dar inveja á qualquer um. Ele também me olhava! Eu virei a cabeça tentando não demonstrar nada e logo eu senti uma cutucada em minha pessoa. -Desculpa...-ele mordia os lábios. -Desculpa por quê? Eu sabia pelo o que era, mas queria ouvir da sua boca... -Eu ter chegado atrasado junto com a Margaret para a sala de aula. Eu estava terminando com ela.-como assim terminando?-Nós ficávamos e agora não quero mais nenhum rolo com ela!-ele saiu falando completamente decidido. Uau!!!
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A menina que ele zuava
RomanceToda escola tem aquela pessoa que se dedica mais ao estudo do que a ter amigos, têm a pessoa que não quer nada com a vida, têm o que finge que não quer mas sabemos que quer... A escola é o lugar onde se encontra as pessoas mais "diferentes" já vista...
