-E então? Pegou tudo?-meu pai perguntou e minha irmã assentiu. -Eu acho que sim, papai.-sorri lhe abraçando, finalmente eu sairia daquele hospital. -Certeza que está melhor, Aninha? -Absoluta gente!-eu reclamei e riram. Meu pai foi na recepção terminar de assinar os papeis e Tobias foi levar as coisas para o carro junto com a Josete. E eu e minha irmã esperávamos juntas. Tobias já havia levado Renata para a escola que não conseguiu convencer os pais a me acompanhar até em casa; já minha irmã convenceu o papai de uma maneira bem mais simples e fofa: -Por favor paizinho, eu quero cuidar da minha irmã mais velha! Ela já cuidou tanto na vida de mim, será que eu não posso mesmo retribuir?-ela fez um beicinho e ajoelhou com as mãos juntas. Estávamos em pés esperando algo que demorara demais. Eu estara com uma roupa confortável e meu cabelo preso em um rabo de cavalo baixo já que eu o penteei pouco. Minha irmã colocou seu fone de ouvido dentro da bolsa e foi olhar as horas no celular: 11:00 am Ela me abraçou e sussurrou: -Eu estava preocupada demais com você.-eu sorri e beijei sua cabeça e uns fios de seu cabelo grudaram em meus lábios rosadas e ela riu abafado enquanto eu os afastava.-Acho que você deveria dar uma chance pro Albert! -Maria Cecília, você só têm doze anos. -Mas faço treze amanhã e eu te conheço o suficiente pra saber que você nutre sentimentos por ele... -Você pode me conhecer super bem, mas isso não é verdade...-gaguejei. -Não esconda seus sentimentos Ana, é muito pior!-suas palavras foram secas e claras, deram um tiro no meu peito. Por que eu estara mentindo para minha irmã mais nova? Qual o problema de contar á ela toda a verdade? Sim, eu estou super mais super magoada com ele; mas eu também o magooei, estamos kits. E eu sou apaixonada por ele, porque eu não quero admitir? Eu sou um monstro por acaso? -Você sabe sobre suas decisões Ana Júlia!-recebi a maior bronca do mundo pela minha irmã mais nova. Logo meu pai se aproximou sorrindo e abraçou tanto eu quanto minha irmã. -Vamos, Josete e Tobias nos esperam. Fomos até o carro e eu, meu pai e Maria Cecília fomos no banco de trás e Tobias e Josete na frente. -Liga o som aí, porque minhas meninas adoram música que eu sei! -Você ainda lembra disso, pai?-ele assentiu e deu um beijo na cabeça de Maria Cecília. E adivinha que música estava tocando? A música que mais me faz lembrar de mim e do Albert na vida, a música que sempre foi minha preferida e depois de brigar com o garoto de olhos verdes e penetrantes virou a que eu menos gostava. A tal Ana Júlia-Los Hermanos. Tinha que ser logo essa?... -Para!-gritei e todos me olharam.-Eu odeio essa música, odeio, odeio, odeio! -Mas você e o Albert eram apaixonados por essa músicas, achavam o maior barato por causa que a música tinha seu nome. -Mas eu odeio, odeio e odeio!-cruzei meus braços extremamente irritada. -Por esse motivo ela odeia pai, ela sente falta do Albert com essa música. Os dois brigaram novamente....-minha irmã me entregou totalmente. -Sinto muito meu bebê, fica bem!-meu pai me abraçou e beijou minha testa. [...] Cheguei em casa por volta das 11:40 am, nessa hora provavelmente Renata ia para casa tomar um banho e depois viria me passar toda a matéria que eu perdi nesses dias; já que o médico me pediu repouso por uma semana. Subi para meu quarto e joguei minha malinha em algum canto, deitei sobre minha cama e me recordei da falta que eu havia sentido do meu quarto e olha que passei mais ou menos uns três ou quatro dias no hospital. Logo me lembrei que estava imunda e com cheiro de hospital, não custava nada tomar um belo de um banho, não é? Assim que terminei o banho fui para frente do espelho pentear os meus cabelos. Por que essa cara de preocupação? Um vazio enorme me contagiou, pode ter absoluta certeza! Logo vi alguém batendo na porta e Josete entrou, sorrindo por sei lá o que: -Seus amigos da escola vieram te ver! -Amigos da escola?-pensei alto.-Olha Jô, não quero falar com ninguém. -Ah Aninha, eles estão insistindo muito! Dizem que não vão sair daqui até falarem com você... O caso é sério! -Manda eles entrarem, eu não vou descer. Não mesmo.-bufei e me sentei na cama. Vi três garotos entrando no meu quarto, estavam com a cabeça abaixada e um deles estavam com boné: Caio, Marcos e João Pedro. Arregalei meus olhos, mas tentei disfarçar a minha surpresa em vê-los em minha casa... -Podem se sentar na minha cama, eu não mordo...-mordi meus lábios bufando e concertando meus cabelos que caiam nos olhos. -Não queremos sentar, mas obrigada...-Marcos disse em pé e coçando a cabeça. -Mas eu vou sentar porque minhas pernas cansaram.-João Pedro suspirou e se sentou na cama. -João Pedro, levante agora da cama da menina!-Caio reclamou, admito que soltei um riso abafado. -Ela que mandou a gente sentar, então sinto muito se eu tenho educação. Tá ligado?-dessa vez eu ri mais e mais. -Levanta logo, João Pedro!-dessa vez Marcos o puxou pela camisa e ele levantou emburrado. Eu soltei um riso abafado e eles perceberam e começaram a sorrir, até que são bem simpáticos. -E então... Como está? -Eu estou bem! Vou precisar ficar uma semana sem ir pra escola, mas estou bem, estou super bem. -Bem, viemos pedir perdão... -Perdão pelo o que, Caio? -Foi eu que fiz o Albert dizer aquilo sobre você.-abaixou a cabeça.-O nosso amigo chorou e até deu um murro na parede, doeu muito mas está bem. -Tudo bem Caio, eu perdoo vocês. Mas quando eu tomo uma decisão é bem verídica, eu sinto muito! -Tudo bem. Nós estamos precisando ir!-Marcos disse com olhos cheios de lágrimas. Cada um me cumprimentou e saiu com um olhar triste, extremamente triste... N/A: Desculpa pela demora do capítulo, ainda mais por ser o penúltimo; mas meu celular quebrou, sim quebrou. E foi concertar apenas hoje💔 mas estamos aí, amo vocês e amo essa história maravilhosa que me fez crescer mais e mais.
YOU ARE READING
A menina que ele zuava
RomanceToda escola tem aquela pessoa que se dedica mais ao estudo do que a ter amigos, têm a pessoa que não quer nada com a vida, têm o que finge que não quer mas sabemos que quer... A escola é o lugar onde se encontra as pessoas mais "diferentes" já vista...
