29º capítulo

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-Aham.-eu tossir tentando chamar atenção, assim que me viu Renata saiu correndo jogando suas coisas pelo chão e vindo me abraçar; me apertando.-Tá bom, tá bom. Dá pra parar de me abraçar? Está apertando mocinha.-ela sussurrou um "desculpa" fazendo beicinho, não resisti e a abracei novamente. Ainda bem que minha amiga estaria comigo!-Você viu meu óculos? Eu preciso dos meus óculos! Mesmo sem óculos avistei meu pai observando o nosso abraço e parecia orgulhoso por finalmente eu ter encontrado uma amiga de verdade. Ele sorriu dando um sorriso de orelha a orelha e foi até uma cabeceira que havia para guardar as coisas dos pacientes;bem pequena e extreita, pegou meus óculos e os limpou, não deixando nenhuma sujeira e me entregou: coloquei em meu rosto. -Obrigada, pai!-eu sorri e ele me jogou um beijo e continuou em pé de braços cruzados e me olhando atentamente.-O que foi?-franzi a testa percebendo seu olhar atento. -Você e sua amiga formam uma amizade tão linda.-seus olhos marejaram e uma gota de lágrima deixou escapar e continuou sorrindo, não tirava o seu sorriso do rosto de modo algum.-E sim, eu sei as coisas que aconteceram com você durante anos.-eu abaixei a cabeça, eu não sabia.                                                            -Eu não sabia, não quis te contar pra não haver nenhuma confusão.-mordi os lábios.-Mas quem te disse isso? Ah, já sei. Foi a Maria Cecília, não é? -Não foi a sua irmã! E continue deitada e converse com sua amiga, depois falamos sobre isso. Estou indo para casa tomar um banho e logo estou de volta!-me deu um beijo na testa e saiu sem deixar eu dizer nada.                   Renata revirou os olhos e abriu a mochila conferindo se estaria tudo para passar a noite no hospital com a sua melhor amiga.                                                        Meus olhos brilharam, um livro de química novinho acabou caindo sobre o chão, eu precisava estudar algo; era a minha concentração, já que nem sabia onde meu celular estava.                              Por me conhecer maravilhosamente bem em tão pouco tempo; Renata balançou a cabeça em forma de não e guardou rapidamente o livro na mochila.                                                           -Renata para de ser idiota!-reclamei.        -Não é questão de ser idiota, Ana Júlia.  Você está na cama de um hospital e está atrás de estudar, que palhaçada é essa queridinha?-dei de ombros.-Bem, anda, vai!                                                          -Que eu saiba eu estou deitada na cama de um hospital sem poder andar. Vou andar pra onde? Pro banheiro?-minha amiga bateu as mãos sobre sua testa.         -Me conta o que houve pra você dar aquela rebeldia toda. Quero saber!          -Eu encontrei Albert falando horrores de mim para o Caio, não sei. Eu sai chorando e foi escurecendo e começou a chover e eu acabei ficando sem lugar para ficar e a chuva me fez companhia.       -Você chorou por causa daquele idiota?    -Renata...-eu reclamei com minha amiga.                                                                   -Parei, parei. Eu nem queria dizer: mas eu te avisei!-minha amiga comemorou e só parou depois de ver a tristeza em meu rosto.

A menina que ele zuavaWhere stories live. Discover now