32º capítulo

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Albert narrando• -Bom dia mãe, bom dia Carla.-me sentei e peguei um biscoito. Minha mãe e minha empregada sorriram e responderam com um sorriso enorme nos lábios. -Você sabe o motivo da Ana Júlia não ter vindo ontem, filhão?-Dona Katy perguntou. Neguei com a cabeça e tomei um gole de café. Eu não queria mais entrar naquele assunto. A menina que eu gostava simplesmente me deixou esperando a tarde inteira e a noite inteira. Eu iria dizer-lá o que eu sentia pela mesma, cara, eu tinha feito a maior surpresa de toda a minha vida pra ela e simplesmente a perdi.         Bom, foi pra ser assim e pronto! Não posso reclamar de como as coisas deveriam ter acontecido. -Será que aconteceu algo com a Ana Júlia?-Carla perguntou se metendo na conversa, pra que? -Não sei Carla, não sei!-meu tom de voz aumentou, aquela conversa já estava ficando ridícula. -Albert Phyls!-minha mãe gritou, graças aquele assunto que apareceu.                                                  -Onde está Katllyn?-abaixei minha cabeça. -Foi pra faculdade hoje cedo.-minha mãe respondeu abaixando os olhos, não olhava nos meus.                                     Levantei-me e me dirigi a geladeira, peguei uma maçã e coloquei minha mochila nas costas... E sai. Sem dar tchau nem a minha mãe e muito menos a Carla.                                                                   Cheguei na escola como de costume, cheia como sempre; com as pessoas com mais condições da cidade e eu nem fazia questão alguma de estudar ali.          Assim que eu adentrei, umas garotas começaram a cochichar e a dar suspiros e arrancaram um sorriso enorme de seus próprios rostos.                                      Normal...                                                        Assim vi Margaret se aproximar, rebolando e com a blusa do colégio meio apertada e a gravata toda bagunçada. Como senti atração por essa garota? É uma menina que adora todos os caras e que simplesmente quer atenção de todos eles!                          Suas amigas estavam mais comportadas que a mesma, mas não estavam como uma Ana Júlia da vida que tinha vergonha até de mostrar as pernas. Estavam apenas mais comportadas que ela, nem um pouco santas.                                                              -Está gato, Albert!-uma das garotas disse e a líder de todas mascando um chiclete as olhou com um olhar mortal.     -Olá Albertzinho.-Margaret me deu uma piscadela e mexeu em seus cabelos cacheados.-Sabe?! Eu sei que sente a minha falta!                                                          -Virou comediante ou o quê?-eu tinha que ser sarcástico.                                                             -Para de ser bobo.-se aproximou.-Parece que a sua amiguinha ainda não chegou. Anda, pode me beijar. Eu deixo!-ela disse baixinho em meus ouvidos, admito que fiquei arrepiado.        Não, eu não posso fazer isso!                            -Que pena que eu não quero!-eu a empurrei e a mesma me olhou com um olhar severo e saiu rebolando mais ainda.                                                                     Revirei os olhos e continuei a caminhar. Logo vi um cara pulando em cima de mim, era o Caio.                             -Cara, por que não atendeu nossas ligações ontem? Fomos a uma festa incrível, o aniversário da Thamires que o João pegou semana passada.                    -Desculpa, nem vi a ligação de vocês.-menti, eu havia visto sim.                             -Você sabe como o Caio é exagerado. A festa foi boa, apenas!-assenti.                        Os garotos saíram, enquanto eu ia caminhando. Não sei bem o motivo mas eu procurava a Ana Júlia em todos os cantos, mas não a encontrava. Ela sempre era a primeira a aparecer na escola, por que chegar tarde tão derrepente?                                                     Derrepente eu vi a Renata Ceguinha; quer dizer, a Renata amiga da Ana. Corri até ela, não faz mal ter informações. Isso não significa que eu irei falar com ela, significa?                        -Posso falar com você?-sugeri.                     -Como?-Renata levantou a cabeça concertando seus óculos.-Sou a Renata Ceguinha, anda, vai fundo! Melhor ouvir de você que começou todas as provocações comigo e com minha amiga.-ela reclamou cruzando os braços e logo tentou sair, mas eu segurei seus braços pálidos.-O que você quer mesmo? Dá pra dizer logo?              -Onde está a Ana Júlia? Ela é sempre uma das primeiras a chegar e eu ainda não a vi. E não precisa dizer que eu a procurei!-eu suspirei. Vergonha, talvez.    -Olha, eu sugiro que você coloque essa sua cabecinha para funcionar e lembre-se o que você fez pra minha amiga...         -O que eu fiz? Ela simplesmente me deixou plantado a esperando em minha casa, sem mais e nem menos.                    -E ela que está errada, ah certo!                     -Será que você pode me explicar o que está havendo?-perguntei. Eu precisava tirar logo esse peso da consciência que eu nem sei o que seria.                                      -Ah, claro. Falar pro Caio que voltar a falar com ela foi a pior coisa que você poderia ter feito e essas coisas todas que eu não quero recordar. Foi tenso pra Aninha!-ela aumentou o tom de voz.-O mínimo que poderia fazer é tomar vergonha na cara e nunca mais falar com a minha amiga! Está claro?      -Não é o que você está pensando...             -Ah, claro que não é. Senhor Albert perfeito, o rei delas, o rei de todas.              -Cala a boca Renata!                                    -Cala a boca Renata?! Cala a boca você Albert! O errado dessa história é e sempre será você, coloca isso na sua cabeça! Imbecil.-ela gritou.-E a próposito: a Ana Júlia está internada-pude ouvir ela falando antes de sair.     Ela estava certa... Eu sou um imbecil! Deixei a amiga da Júlia esperando e sai em disparado procurando meus três melhores amigos, eles precisavam me escutar. Cara, eles são meus melhores amigos, por que não me dar uma força nisso tudo?                                                      -Cara, eu esperava mais de vocês!-apreensei Caio na parede, o segurando pela gola de sua camisa. O mesmo suava frio e nossos outros dois amigos simplesmente arregalaram os olhos e tentaram me afastar dele. Sem sucesso.   -Albert, para! Solta ele. Conversem sem brigar, brigas não levam a lugar nenhum.-João Pedro tentou filosofar como se estivéssemos prestando atenção; enquanto Marcos tentava nos separar.-Para gente!                                            -Essa idéia foi sua, não foi? Eu sei que você quis me prejudicar. Nenhum de vocês gostava da Ana Júlia, mas você sempre á odiou. Pra que isso cara?                -Me solta Albert, vamos conversar!          Eu o soltei. Sim, o soltei.                                -Nós tivemos essa idéia para que talvez se você ouvisse em voz alta pelo menos lembra-se quem era você antes do maldito trabalho de Ciências. Ninguém sabia que ela escutaria e que daria nisso tudo, pode apostar!                                   Logo me lembrei da última coisa que Renata me disse, eu nem prestei atenção. Mas veio em minha mente.           Por que isso? O que ela têm?                            -A Ana Júlia está internada! Internata!-eu gritei e eles se espataram.-Minha Ana Júlia está doent.-pela primeira vez na vida eu chorei... De verdade.                      N/A: Nossa... Coitadinhos desse casal mara, para quem diz que os homens não choram, hahaha. Bem, eu voltei. Percebam que logo logo terá o último capítulo, que pena! Terei uma surpresa pra vocês... Pera, falei demais🙊🙊🙊. Obrigada por tudo, mais um capítulo mara pra vocês.

A menina que ele zuavaWhere stories live. Discover now