33º capítulo

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-Eu cheguei!-ouvi uma voz do corredor que eu reconheceria até se estivesse surda. Logo adentrou ao quarto e jogou a mochila na poltrona e veio me abraçar.-Desculpa te abandonar a manhã inteira!-eu sorri.                                         -Ah claro, me abandonou total. Sinto muito.-eu fui sarcástica e minha melhor amiga me deu língua.-Como foi a escola? Me conte todas as coisas.                -Bem, foi normal, sabe?-minha amiga olhou para o teto e logo depois para baixo e balançava os pés.-Nada demais!     -Conta logo o que aconteceu Renata, não me esconda os detalhes!-pedi.            -Bem, eu acabei contando para o Albert o motivo de você ter o deixado esperando ontem...                                           -Você o quê? Renata, eu te disse que não quero falar nada de mim pra ele. Eu sei que tem mais coisa! Me diga logo.-eu aumentei meu tom de voz.           -Desculpa mesmo, Ana Júlia.-a olhei furiosa.-E acabei contando a ele que você está internada. Pronto falei...              -Sério Renata, eu esperava mais de você.                                                                  -Ele não sabe onde você está.                       [...]                                                                  Logo vi uma pessoa adentrando o quarto, havia flores na sua cara; querendo esconder seu rosto. O cabelo todo ajeitado e um casaco sobre a blusa preta.                                                                Olhei para Renata que deu de ombros e logo o ser que eu sabia quem era perfeitamente, simplesmente retirou as flores do rosto e mostrou uma cara triste e uma boca mordiscando seus próprios lábios.                                                -Oi, como está? Trouxe essas flores!-ele as colocou em uma bancada que havia.     -Estou bem, possivelmente amanhã recebo alta.-eu lhes disse as palavras mais secas e mais claras possíveis.                      -A Renata me disse que você estava internada, vim te ver...                                 -Eu ainda estou internada e estou sabendo o que ela te disse. Como soube em que hospital eu estou? Anda investigando minha vida?                                  Olhei para minha melhor amiga que estava com um caderno nas mãos escrevendo fingindo não estar prestando atenção em nossa conversa:       -Nem olha pra mim! Eu não contei onde você está internada!-levantou os braços e logo depois continuou.                  -Encontrei sua irmã e ela me disse...-eu assenti.-Desculpa, eu não quis dizer...         -Você não quis dizer? Você não quis dizer?-eu repeti, uma comédia.-Mas disse, e tenha certeza que eu fiquei magoada. Agora quero saber, o que você está fazendo aqui?-eu me irritei.         -Eu só vim te ver...-gaguejou.-Me perdoa Ana...                                                  -Vai embora Albert, pelo amor de Deus!                                                                 Ele saiu e ficou em pé na porta, estava com o olho marejado.                                  Não aguentei! Peguei as flores que havia me trago depois de pedir para Renata e joguei no chão, o despedaçando por completo no chão.             Albert saiu chorando... Dessa vez dava pra se ver claramente lágrimas saindo.      -Pela primeira vez na vida eu morri de pena do Albert...-Renata mordeu os lábios e concertou seus óculos.                       Será que eu fui muito grossa com ele? Coitado. Eu nem ouvi sua versão da história.                                                           N/A: Meu Deus... Será que o jogo virou? Coitado do boy magia.

A menina que ele zuavaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora