-Onde é que você vai?-Diana perguntou quando me viu guardando as coisas. -Vou virar modelo por um dia.-eu ri e ela deu de ombros. Eu fui correndo para o meu quarto e ajeitei meu cabelo, o fazendo ficar solto. E coloquei uma calça jeans e uma blusa meia folgada, e um tênis branco. Assim ouvi uma mensagem no meu celular do Albert que dissera que estaria aqui. Desci correndo e peguei uma bolsa com os meus pertences... -Entra aí no carro.-Dona Katy disse. Eu sorri e abri a porta do mesmo e no banco de trás me deparei com Albert e uma garota que eu aparentava conhecer muito bem. Dos cabelos pretos compridos e extremamente lisos e olhos puxados como uma japonesa. Além de as bochechas serem rosadas e a boca pequena, como de uma boneca. No banco da frente já pude encontrar o motorista da família e a Dona Katy, que estara com duas caixas nas mãos. -Boa tarde.-eu disse vergonhosa. A garota não parava de olhar pra mim, principalmente por estar do meu lado. -Ana, quanto tempo.-ela sorriu. Então ela também me conhece? Me abraçou e logo depois franziu a testa olhando mais para Albert do que para mim.-Não se lembra mais de mim? Albert... Eu mudei tanto assim foi? -Perdão... -Essa é a Katllyn. Minha prima. Aquela que mora na Coreia do Sul. Eu estava a reconhecendo, era a Katllyn. Ela sempre morou na Coreia do Sul. E na época em que eu e Albert brigamos estávamos ansiosos pela visita dela ao Brasil, já que a mesma demorava alguns anos pra vir aqui. -Quanto tempo mesmo Kat. -É, verdade. Da última vez que eu vim aqui você estava viajando e Albert não me levou pra te ver... Só consegui vir para o Brasil agora.-ela deu um sorriso amarelo. Então Albert mentiu para a prima?... -Viajando? Não me lembrava.-eu olhei mais para o garoto do seu lado do que para a garota de longos cabelos lisos. -Albert... -É que eu e a Ana estávamos brigados na época, até hoje não nos falamos. Voltamos a nos falar depois de quatro anos pelo simples motivo de termos ficado fazendo um trabalho escolar juntos. Entendeu tudo Katllyn?-ele disse apressadamente, sem pausar em nada. -Entender eu entendi. Mas por que brigaram? -Longa história, Kat. Inclusive seu primo e os amigos dele adoram zoar com a minha cara, explique a ele que isso pode levar até a polícia...-eu franzi a testa e cruzei meus braços, Albert fervia de raiva. Como pode ele mentir pra prima dele que sempre que vinha ao Brasil fazia a maior questão do mundo de entrar em contato comigo? -Parou vocês dois!-Dona Katy pediu. Ou melhor:obrigou.-Vocês até pararam de brigar, vão voltar naqueles tempos?-ela gritou reclamando.-E eu preciso dos dois como meus modelos por pelo menos hoje. Dá pra colaborarem?-nós dois abaixamos as cabeças, pelo menos eu abaixei. Não tive coragem de olhar para os lados.-Bem Ana; o meu professor de fotografia pediu que eu fizesse uma sessão de fotos de alguém e fosse profissional mesmo, entre aspas é claro; e como eu havia feito o convite á você e ao meu filho resolvi fazermos hoje! E a Katllyn começou uma faculdade de diretora e ela precisa estar nesses meios pra aprender um pouco mais, por isso ela será minha assistente. Eu assenti vergonhosa. [...] Chegamos em um parque, era a tardezinha; provavelmente as quatro da tarde. As pessoas circulavam pelo local. Albert foi até o carro colocar sua roupa, que era muito bonita por sinal. Era uma camisa social azul de manga curta e uma calça jeans, além dele usar seu violão que eu adorava. A madeira que era usada para fazer o violão era dificilmente usada e era um tom maravilhoso; modelo único do instrumento. -Vamos fazer a maquiagem?-Katllyn abriu sua bolsa de maquiagem retirando um pó dela. Albert negou.-Para Albert, ninguém está te chamando de mulher não. As câmeras precisam demais de maquiagem! -Não conte isso para ninguém!-ele apontou o dedo pra mim e eu assenti. Peguei minha roupa e fui até o carro. A roupa era maravilhosa, mas não sei se combinaria comigo. O vestido era longo e branco, havia uma abertura na perna direita; era tomara que caia e havia algumas pedras brilhantes na cintura. Maravilhoso! Assim que eu sai do carro Albert estara pronto e mexendo em seu celular. Katllyn me esperava para fazer a maquiagem e colocou em meus longos cabelos que tinham a cor do sol uma tiara de flores verdadeiras. Que eram magnificas, e mais bonitas impossíveis! -Você vai ficar linda priminha!-brincou. -Pelo amor. Não faça essas brincadeiras Kat. Entre mim e entre seu primo não existe nada, entende? -Super entendo. Desculpe!-ela disse irônica e eu revirei os olhos. Assim que eu estava pronta começamos. Dona Katy faria primeiro uma sessão de nós dois e depois eu trocaria de roupa e faria apenas minha... Albert se sentou no chão com o violão, o último toque: uma faixa amarrada nos cabelos maravilhosos do meu ex melhor amigo. -Albert, quero que você finja estar fazendo uma serenata para a Ana. Você consegue! As pessoas que se encontravam no parque pararam para ver. Katllyn teve uma idéia; que as pessoas participassem também. Albert teve que me pegar no colo, com certeza essa foto tinha saído maravilhosa! -Isso, estão arrasando!-Katllyn gritou.-Pessoal finjam que estão batendo palmas.-ela pediu cruzando os braços e tentando conter a emoção. -Como estamos indo?-eu perguntei rindo da palhaçada de Albert. O mesmo estara fazendo um bico enorme e com a mão na cintura, enquanto minhas pernas envolviam a mesma. Eu não consegui me conter. -Estão ótimos. Essa espontaneidade é um arraso.-Dona Bety disse sem tirar os olhos da câmera, pegando cada detalhe. -Eu acho que vocês combinam!-Kat gritou. -Eu acho que você deveria prestar mais atenção em minha mãe e não em nós.-Albert disse sorrindo sem abrir a boca. -Eu preciso prestar atenção em vocês!-ela reclamou. Logo começou a escurecer e as pessoas foram saindo, era hora de eu trocar de roupa. Katllyn foi ajeitar o cenário me esperando para retocar a maquiagem. O outro figurino era um short jeans acima do joelho, uma blusa branca de malha e de alça e uma sandália nas mãos, além de um colar... Assim que eu me aprontei por completo começou minha carreira de modelo que não passará disso. -Isso. Segura essa sandália e levanta a perna, faz um olhar sexy.-Dona Katy sugeriu. Logo começou a chover e Katllyn começou a enlouquecer para guardar todos os matérias ultilizados. Albert me puxou para mais perto de si, segurou em minha nunca e meus cabelos molhados passavam por suas mãos; nos olhamos fixamente, logo eu fechei os olhos e senti lábios molhados passando pelo os meus. Era um beijo molhado, quente, frio... As quatro estações do ano! Perfeito. -Precisamos guardar a câmera tia.-Katllyn reclamou a mãe de Albert. Ela riu abafado e mesmo de olhos fechados vi seu grito a quilômetros: -Eu preciso captar isso, Katllyn! Assim que o beijo teve fim, Albert finalizou com um selinho e me deu um beijo na testa e me abraçando. Quando percebeu que tivemos a atenção de todos presentes no local nos afastamos e fingimos não ter acontecido nada. N/A: Meu Deus! Finalmente Senhor...🙏🙏
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A menina que ele zuava
RomanceToda escola tem aquela pessoa que se dedica mais ao estudo do que a ter amigos, têm a pessoa que não quer nada com a vida, têm o que finge que não quer mas sabemos que quer... A escola é o lugar onde se encontra as pessoas mais "diferentes" já vista...