30º capítulo

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-Não chora vai, vai ser pior se você chorar!-Renata me abraçou concertando meus cabelos que caiam sobre meus olhos. -Não dá. Ele jurou pra mim que ficaríamos juntos, eu sou uma boba mesmo! -Você não é boba... -É claro que sou! Você só está fazendo isso pra tentar me animar.-eu me irritei. -Não estou nada, Ana Júlia! Poxa... Você é uma pessoa maravilhosa e ele é um idiota de ter te largado assim. -Por favor, Renata. Você é a minha melhor amiga. Seja sincera comigo.-eu implorei, lágrimas desciam sobre meus olhos. -Como que eu não estou sendo, Ana?                                                        -Não sendo!-ela revirou os olhos. -Eu amo você, tá? E você é a melhor amiga do mundo todo e deve parar com essas baboseiras ridículas. Eu estou aqui enfrentando tudo com você.-Renata me abraçou e foi a melhor coisa que poderia ter feito pra mim já que eu estara mal. Já era noite por volta das dez e meia. Renata já estara morrendo de sono. E eu também. Mas como dormir naquela cama dura? E como Renata dormiria naquela poltrona dura e sem que possa se recostar? -Não estou conseguindo dormir.-ela reclamou ajeitando o travesseiro. -Nem eu. Mas você precisa dormir, está se esquecendo que amanhã pela manhã tem aula cedo?-ela assentiu.-Amanhã o Tobias leva você e a Maria Cecília.                                                -Vou demorar um pouco pra voltar pra cá, tenho que levar minhas roupas sujas e trazer roupas limpas; e óbvio que preciso de um banho, estou me achando bem fedida.-eu ri.                         [...]                                                                      Acordei ainda sonolenta e me deparei com Renata concertando a gravata de seu uniforme e em seguida fazendo uma mutuca ridícula nos seu cabelos ruivos; colocou seu óculos e suas coisas dentro da sacola e uma mochila nas costas com livros e cadernos.                    -Depois quero que você me passe as matérias.-eu pedi.                                         -Relaxe primeiro e quando você tiver alta eu passo e te explico tudo!                        -Por falar em alta: quando vou poder sair desse hospital? Não aguento mais de dor nas costas, sabe?                                -Não sei. O médico deu uma passada aqui bem rápida, mas não me disse nada.-bufei.-Mas seu pai acabou de chegar de casa, parece que nem vai trabalhar hoje. Pergunta pra ele quando ele entrar aqui.-sugeriu. Eu assenti.-Mas agora preciso ir mesmo. Tobias e sua irmã estão me esperando.-eu sorri sem mostrar os dentes.                   

A menina que ele zuavaWhere stories live. Discover now