Narrado por Helena

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Pessoal, quero que vocês comentem o que estão achando sobre a fic. So irei postar novos capítulos nessa reta final conforme o movimento!

***

Sempre morei ao pé da praia, mas fazia muito tempo que não ia mais, pelo menos não pra montar um guarda-sol e ficar ali. Às vezes, vinha pra olhar o mar, ver o pôr-do-sol com Laura, mas nada demais. Logo que nos acomodamos, Laura nos convidou pra irmos dar um mergulho.

L: Vamos? Olha que mar lindo que tá esperando pela gente! - disse ela enquanto tirava a roupa e ficava só de biquini
R: Eu vou! Vamos, Helena?
H: Vamos! - sorri enquanto me levantava. Tirei o vestido, Laura foi logo a frente sem nos esperar, Ricardo tirou a roupa e ficou só de sunga
H: Ai, meu Deus! Essas mulheres vão ficar olhando pra esse corpo desse meu homem. - sorri com um sorriso malicioso
R: E esses homens, pro corpo da minha mulher! - gargalhamos e fomos caminhando em direção ao mar, quando chegamos mais perto, Laura nos molhou.
H: Jesus amado, faz tanto tempo que eu não entro no mar, Ricardo!
R: Vamos logo! Eu te ajudo! - Ricardo me pegou no colo e eu tomei um susto, me levou até onde a água estava na minha cintura, o mar estava calmo e pequenas piscinas naturais haviam se formado, do jeito que eu gostava. Acabamos nos distanciando um pouco de Laura, que nadava numa parte mais agitada.
R: Como assim você não tinha mais vindo ao mar?
H: Não sei, só perdi esse hábito. Vez ou outra eu vinha, tomava uma água de côco lá do calçadão mesmo e ia embora, às vezes vinha ver o pôr do sol com Laura, mas nunca mais tinha entrado na água. - uma onda veio e eu fui parar mais a frente, Ricardo me puxou, gargalhamos juntos
R: É, realmente faz muito tempo que você não toma banho de mar... Nós sempre vínhamos, lembra? Lembro do primeiro contato de Laura com o mar bem ali. - ele apontou com o queixo
H: Eu também lembro.
R: Você está linda com esse maiô azul, meu amor. - Ele sorriu com um olhar carinhoso
H: Gostou?
R: Como não gostar? - entrelacei meu braço sob seus ombros e lhe dei um selinho
H: Vamos? O sol tá muito quente...
R: Tudo bem.

Voltamos pra areia, onde Laura já estava deitada sob a canga com uma toalha no rosto se bronzeando, um pouco mais afastada de nós. Nos secamos, compramos duas águas de côco com um vendedor ambulante e sentamos novamente.

R: E os preparativos da festa? Como estão?
H: Por enquanto, só trocando ideias com Marilia. Ela chega terça, aí sim vamos executar tudo. Falando nisso, vou ligar pra mamãe e Virgínia falando pra elas comprarem as passagens pra virem. - peguei meu celular, disquei para Virgínia e ela logo me atendeu

V: Oi, minha irmã!
H: Alô, Virgínia! Cadê a mamãe?
V: Saiu pra hidroginástica, já deve estar voltando. Porque?
H: Não, nada. Então, liguei pra dizer pra vocês que vou dar uma festa de aniversário e quero as duas aqui. Vejam as passagens.
V: Sério? Que maravilha! Eu estava mesmo pensando em ir passar uma temporada aí... E esse barulho? É do mar?
H: Isso mesmo! Tô aqui na praia com a Laura e o Ricardo.
V: Vocês reataram mesmo, minha irmã?
H: Sim, né... - fiquei sem jeito, olhei pra Ricardo e descansei minha mão sob a dele
V: Ah, que coisa boa, viu? Fico muito feliz mesmo por vocês... Mande um beijo pra ele.
H: A Virgínia tá te mandando um beijo, amor.
R: Outro pra você e pra dona Ivanir! - Ricardo falou perto do celular para que ela pudesse ouvir
H: Ouviu?
V: Ouvi, sim. Pois quando mamãe chegar darei o recado a ela. Um beijo, Helena.
H: Um beijo, irmã. Se cuidem!

Entrelacei meu braço no de Ricardo e descansei minha cabeça sob seu ombro.

R: Acho que era o melhor a se fazer... - ele falou sem olhar pra mim, olhava pro horizonte
H: O que?
R: Nós dois. Já era tempo. - continuava sem olhar e eu também, continuava com a cabeça apoiada em seu ombro
H: Também acho.
R: Percebeu o tanto de tempo que perdemos por orgulho, Helena?
H: Não acho que devemos nos lamentar pelo que passou. Vamos aproveitar o agora! Deixa os problemas pra lá... Tudo bem?
R: A cabeça cheia de problemas, mas eu não me importo, eu gosto mesmo assim... - Ricardo arriscou cantar um pouco da música do Roberto Carlos - Tem os olhos cheios de esperança, de uma cor que ninguém mais possui. - agora ele olhava pra mim e sorria - Ninguém possui mesmo esses olhos verdes... Nem esse mar.
H: Como é mesmo o resto? - fiz como que quisesse lembrar - Ah! E eu, que sempre fui tão inconstante, te juro, meu amor, agora é pra valer... - nos olhamos, sorrimos, encostamos nosso nariz e nos beijamos, um beijo leve, calmo como aquele dia.

Paralelas [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora