O reino dos espíritos ( Anjos guardiões, livro 3)

4- A jovem aprendiz

           Amélia era um jovem doce. Com uma bom alma, mas que escondia-se dos outros com medo de não ser aceite. Tal como eu sentia-se insegura .... Acreditava estar sozinha e condenada a viver com aquele peso para sempre.

Ela não possuía controlo sobre seu dom. Os espíritos a assustavam. Fazendo com que ela se isolasse mais. E não permitindo que seu amigo se aproximasse... José a observava de longe. Esperando o momento certo. Queria conseguir acabar com a sua tristeza.

          Mas ela ainda não estava pronta para abrir seu coração. A sua alma estava ferida.  Havia sofrido muito .... Não tinha ninguém que a aconselhasse. A protegesse. Era por isso necessário que eu fosse o seu anjo da guarda. Que eu a guiasse para o caminho certo. E impedisse que ela temesse os espíritos. Eles não traziam sombras a sua vida. Amélia a que permitia aquela profunda tristeza.

" Alicia! Porque continuas parada? Apresenta-te a tua aprendiz."

Leo... Quase havia me esquecido da sua presença. Tão próximo e distante ao mesmo tempo. Naquele dia nossos corpos estavam próximos. Iria me entregar aquele sentimento que me consumia. Mas Linda surge... Deslumbrante como sempre. Como por um momento ele poderia me escolher? Ele tinha uma bela noiva que era louca por ele. Eu não podia me iludir. Seu amor não me pertencia.

" Não sei se é a altura certa. Ela precisa de tempo. E eu necessito de conhece-la melhor antes de revelar a verdade."

" Enquanto isso o que fazemos com o jovem José. Parece desesperado por uma simples atenção. A admiração que tem por Amélia ... E o modo com ele olha para ela é deveras comovedor. "

" Devias orientá-lo. Ele também precisa de alguém que o protege. Talvez consigas aproximar os dois."

" Alicia... Eu prometi..."

" Eu sei que estás aqui para me proteger. Mas estou bem. E José precisa mais de ti do que eu. Se precisar de ajuda eu te digo."

      Ele acabou por concordar. Agora também ele teria uma missão. Era de alguém que a compreendesse .... Alguém que amasses que Amélia precisava. Sozinha ela destruí-se-ia aos poucos. Ela não podia suportar ,nem precisava, de carregar aquele peso isolada de todo.