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(Taehyung POV)

Passamos horas daquele jeito. Já estava amanhecendo quando eu finalmente retomei controle sobre meu corpo e meus pensamentos. Eu estava dolorido e havia marcas de chupões por boa parte do meu corpo. Alguém com os cabelos negros estava sentado ao meu lado. Foi quando eu me dei conta da situação.

Eu não acreditava no que acabará de acontecer. Eu entrei no cio e tive relações com um alfa que eu nunca vi na vida. E ele me marcou. Eu pertenceria a ele pelo resto de minha vida. Aquilo não podia estar acontecendo.

O olhei com o olhar incrédulo e ele parecia estar tendo a mesma reação que eu. Ele tinha o rosto pálido e a boca entreaberta. Parecia que iria surtar a qualquer momento. Bom... Eu já estava surtando.

- VOCÊ ME MARCOU! – eu gritei o fazendo se encolher momentaneamente. Não era normal um ômega gritar com um alfa sem ter consequências, mas eu estava irritado e confuso.
Levantei e comei a procurar uma roupa para eu vestir afinal ainda estava completamente nu. A parte mais estranha era que parecia que meu cio tinha acabado e isso nunca havia acontecido antes com nenhum outro alfa. Deve ter sido por causa da maldita marca.

Fui em direção ao meu carro para pegar alguma das roupas extras que eu tinha trazido. Comecei a me vestir quando olhei no meu reflexo no vidro. A marca era a junção das nossas inicias em um desenho perfeito. Eu sabia que a cicatriz não ficaria muito amostra, mas mesmo assim poderia ser vista, ou seja, esconder não era uma opção.

Comecei a esfregar o local na tentativa frustrada de tirar aquela coisa do meu pescoço, mas a única coisa que consegui tirar foi um pouco de sangue e uma sensação de ardência incomoda.

Sentei-me no chão totalmente perdido em meus pensamentos. Será que pais matam os filhos por serem inconsequentes e irresponsáveis? Realmente espero que não. Um som de impacto me fez voltar à realidade. O rapaz que estava comigo havia acabado de socar uma arvore e agora a pobre coitada estava com uma cratera bem em seu tronco.

Foi estranho quando por um momento eu senti sua raiva, frustação, confusão e desespero. Foi nesse momento em que percebi que eu precisava manter a calma, afinal não quero ser vitima de um alfa, que pelo visto era extremamente forte, descontrolado e surtado.

Fui me aproximando dele e pude o ouvir praguejar inúmeras vezes. Eu não sabia o nome dele, não sabia que tipo de pessoa ele era ou qualquer outro tipo de informação. E ele estava na mesma situação. E agora estávamos ligados pra sempre um ao outro. Parece aquelas piadas sem graça alguma que a vida prega nas pessoas.

- Ei... – tentei chamar a atenção dele, mas não obtive resposta. – Você ai... – tentei mais uma vez e nada. – ME ESCUTA IDIOTA! – gritei com ele mais uma vez e obtive minha resposta, que por sinal foi um rosnado e um olhar que me fuzilava. Encolhi-me de imediato. Eu não esperava aquela reação.

Ele pareceu notar meu medo. Sua expressão suavizou e ele continuou a andar de um lado para o outro. Ele estava mais perdido do que eu pelo visto.

- Merda. – ele praguejou alto olhando para o céu que há essa hora estava começando a se encher de estrelas. – Estamos com sérios problemas. – ele falou voltando a olhar pra mim. Eu apenas acenei positivamente com a cabeça. – Como eu pude ser tão idiota? – ele perguntou puxando os próprios cabelos.

- A culpa não foi sua. – falei o encarando. Ele me olhava confuso e parecia tentar entender como aquilo que acabei de falar poderia ser verdade. – Você agiu por instinto assim como eu não foi? – perguntei o vendo confirmar – então não é culpa de ninguém. – eu tentava soar convincente.

Until the endWhere stories live. Discover now