Diogo
Corri tanto que sentia meus pulmões queimando a procura de mais oxigênio, não sabia sair desse inferno de lugar, quanto mais eu tentava encontrar a saída mais eu me embrenhava adentro desse lugar tenebroso.
- Hei, você garoto, você é tão lindinho, venha aqui vem, deixe eu te fazer um carinho.
Um homem de aparência deformada me chamava e se aproximava de mim, eu me afastava cada vez mais dele, mas não conseguia ir para muito longe.
- Deixa eu te fazer um carinho menininho, prometo a você que não vou te machucar. – Ele ria com seus dentes apodrecidos.
- Me deixa em paz seu nojento. – Eu gritava e me debatia tirando suas mãos sujas de cima de mim, quanto mais eu tentava força-lo a me deixar mais meus pulsos doíam e o sangue jorrava novamente.
Empurrei para longe o homem asqueroso e corri novamente, eu tinha apenas um pensamento em minha cabeça, eu precisava encontrar Murilo, ele iria me ajudar, ele me acudiria.
Parei para descansar por um momento, meu coração e minha mente só buscava pelo homem que eu amava, eu preciso de Murilo, fechei meus olhos e senti uma vibração ao meu redor e ao abri meus olhos eu estava em outro local.
Olhei em volta, eu podia ver a luz do sol, ah, como era bom sentir e ver novamente o calor de seus raios solares, conseguia respirar, oxigênio, um bem precioso. Eu inspirava e expirava enchendo meus pulmões de ar e aproveitando a sua pureza, eu não sabia onde estava, parecia uma fazenda, eu não a conhecia, tudo bem, primeiro como é que eu fui para ali?
Fiquei observando o local e de longe avisto um carro se aproximando e fiquei curioso em saber que seria o dono desse lugar, eu queria saber se eu poderia tomar um banho e se ele pudesse me dar alguma comida, eu estava faminto, não me lembro de ter comido alguma coisa, eu estava usando trapos como roupas, sujas de sangue e lama e de meus pulsos ainda sangravam.
O carro estacionou em frente a uma grande varanda e dois um homem desceu do lado do motorista, um homem muito bonito, com um corpo bem formado com ombros e costas largas e por baixo de suas roupas eu desconfiava que possuía um corpo todo definido, seus cabelos eram negros com tons de grisalho ao lado e um pouco em cima, estava de óculos escuros e não deu para saber a cor de seus olhos, sua pele era bem clara, mas quando o passageiro desceu, eu esqueci novamente de como se respirava, o homem que veio acompanhado o motorista tinha os olhos dourados, alto, cabelos castanhos que combinavam perfeitamente com seus olhos, uma boca carnuda e grande, rosto quadrado com barba por fazer ralinha, seu corpo era forte, um pouco mais magro que o motorista, mas o que fez meu coração parar foi seu sorriso de dentes brancos e perfeitos, sua voz foi como música em meus ouvidos, acalentando meu coração, Murilo esse homem era Murilo, ele não era mais o adolescente que conhecera, não era mais o garoto magro que ainda estava em formação passando pela puberdade, Murilo, esse homem mais velho, forte e de aparência decidida era o seu Murilo.
Sai correndo em sua direção gritando seu nome, porque ele não me ouvia, por que ele não me via, será que é pelas minhas roupas desgastadas e sujas, pela minha aparência, devo te envelhecido também, mas estou sujo, deve ser por isso que ele não está me reconhecendo.
Murilo está conversando animadamente com o motorista, sinto um revirar em meu estomago, não estou gostando dos sorrisos e dos toques que esse homem está dando para o meu Lilo.
Chego e paro a frente de Murilo, mas ele não me olha e passa por mim, PORRA ELE PASSA LITERALMENTE POR MIM.
Ok. Hora do desespero, estou desesperado, isso é pouco, estou me cagando em desespero, deu para entender o tamanho de meu desespero, ou quer que eu desenhe como eu estou DESESPERADO.
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BINABASA MO ANG
Segunda Chance
Romance2º Causo do Karma! Meus amigos eis-me aqui novamente seu mais nobre Narrador pode me chamar de Karma. Devem estar se perguntando o porquê de minha pessoa apresentar outra história, vos respondo com muito gosto. Já lhes falei sobre a Lei da Ação e Re...