Capítulo 13

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Murilo continuava adormecido, ele queimava em febre, em delírios chamava pelos nomes de Diogo e de Leandro, ambos os homens que o machucaram profundamente, Victor e Letícia permaneciam na casa do médico cuidando em sua convalescência.

Passou a manhã, passou a tarde, e a noite já se apresentava e Murilo não melhorava, mesmo sendo medicado com antitérmicos sua febre não cedia, mesmo Letícia fazendo compressas frias sua febre não cedia, os jovens estavam começando a realmente a se preocupar.

- Victor pode voltar para a fazenda, Renato deve estar preocupado, eu fico com o Murilo, peça a Allan para me trazer roupas.

- Baixinha não seria melhor se o levássemos ao hospital?

- Vamos continuar medicando ele, se não melhorar até amanhã nós o levamos.

Victor se aproximou da cama de Murilo e o médico estava de olhos abertos, seu semblante estava distante, seus olhos vagos, e lágrimas rolando por sua face.

- Murilo, não fique assim, vai passar, toda dor um dia passa. – O loiro disse sorrindo ao médico.

- Tudo na vida passa não é mesmo, eu ficarei bem, podem ir para casa. – Murilo responde com um meio sorriso.

- Eu vou para a fazenda buscar algumas coisas, a baixinha ficará aqui com você, nós não deixaremos você sozinho, somos uma família lembra?

- Não meu menino, não somos uma família, sou um amigo de sua família apenas. – Murilo diz virando seu corpo de lado fechando seus olhos e voltando a dormir.

Victor suspira tristemente e sai do quarto fechando a porta, Leticia estava sentada no sofá assistindo tv quando Victor se juntou a ela.

- Murilo está muito deprimido, nunca o vi dessa maneira.

- Se o que eu estou pensando foi a causa de sua tristeza, eu até o compreendo, o tio deve ter feito uma merda muito grande para ter resultado nisso.

- Você acha que eles brigaram quando Murilo lhe contou a verdade?

- Não creio que seja isso, deve ter algo relacionado a mulher que estava com o tio na casa, a Rita comentou algo sobre isso.

- Bem quando chegar em casa tento descobrir o que aconteceu e com isso tentaremos ajudar de algum jeito.

- Hei coisa azeda, você não está achando essa casa muito fria, estou com uma sensação ruim...- Letícia cruza seus braços, os seus pelos estavam arrepiados.

- Não diga bobagens, você deve estar impressionada pelo o que Murilo nos contou de seu primeiro namorado, o que se matou.... Às vezes esse namorado deve estar com o Murilo assombrando ele. Ahahah...- Victor sorria e caminhava até a porta para ir embora.

- Olha a palhaçada seu idiota, com defunto não se brinca, vai que o morto escuta e vem mesmo, você não assiste filme de alma penada não, imbecil. – Letícia falava e olhava para todos os cantos da casa.

Mal sabendo a baixinha que o dito defunto estava ao seu lado lançando lhe milhares de injurias, sem se abalar pelos olhares odiosos de Diogo Leticia pega seu celular e começa uma conversa com seu namorado.

Pouco tempo depois uma campainha é ouvida, Leticia retira sua atenção de seu aparelho e caminha até a porta para atender, ao abrir a mesma a garota encontra encostado ao batente da entrada um homem com um sorriso estampado em seu rosto.

- Oh, Dr. Gabriel, quanto tempo, deseja alguma coisa? – Pergunta Leticia cruzando os braços e se encostando na porta.

- Ah, Ern...Eu gostaria de saber se Murilo está, e você? Quem é você?

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