Capítulo 5

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Leandro

Podem me chamar de covarde por ter passado mais de uma semana sem ter ido procurar por Murilo, sem ter ligado para ele, sim eu estava fugindo dele, eu não parava de lembrar o que ele havia me dito, suas palavras ficavam martelando em minha mente, eu estava parecendo aqueles viciados que ficava em crise de abstinência.
Meu corpo tremia e meu coração disparava sempre que sentia sua ausência, não ouvir sua voz estava acabando comigo, nunca passei tanto tempo longe de Murilo, mas que inferno, eu sentia falta dele, mas não aceitava o fato dele me amar, que porra havia de errado comigo.
Estava sentado em meu escritório fingindo trabalhar, o Allan iria acabar com minha raça quando chegasse de Londres e encontrasse a pilha de trabalho que não consegui fazer por culpa desse maldito Murilo, levantei-me de minha mesa e fui ao barzinho que eu tinha em meu escritório, enchi um copo de cachaça, sim cachaça é coisa de macho, e tomei em um gole só, respirei e coloquei mais uma doze e tomei de uma vez novamente, de olhos fechados e coração aos pulos, queria entender o que estava acontecendo comigo, porque sentia tanta falta de um homem, porra, as emoções ainda não foram esquecidas, e nem o trauma de não ter ficado excitado pelo beijo de Monique ainda me afligiam, e ouvir o “ Eu te amo” de Murilo foi a cereja de minha desgraça.
Sentei-me em meu sofá e tentei relaxar, eu apenas estava carente só isso, só preciso encontrar a mulher certa.
Ah! A brisa quente e o cheiro de rosas me envolveram novamente, senti meu peito menos apertado, senti um toque em minha face, um calor inundou meu corpo, sorri para essa sensação, a muito tempo não havia sentido, essa paz que estava me faltando, mas mesmo assim um pedaço de mim não estava presente.
- “Ah Jesus! Será que é errado amar o diferente, sentir desejo por um igual? Seria condenável e mal visto perante os meus isso? Queria tanto que estivesse aqui Helô, você com certeza me daria um bom conselho, será que você também me condenaria por estar sentindo ISSO, está me sufocando tanto Helô, ele me faz tanta falta. ”
É realmente estou ficando muito sozinho para falar com o nada, coloquei minha cabeça em minhas mãos e deixei minhas lágrimas caírem pela confusão que estava dentro de mim, em um grande conflito me deito e fecho meus olhos, eles estão pesados por noites mal dormidas ou não a pura e velha insônia.
Mergulho em um sonho profundo e viajo em sonhos, me vejo em um belo jardim, rosas e flores de todas as espécies enfeitam o ambiente, uma arvore frondosa e convidativa me atrai a experimentar sua doce sombra, me aproximo e me sento admirando o local, recebendo esses raios solares que não queimam a pele, mas lhe energiza a alma.
Respiro esse ar puro e sorrio para a paz que abrandou meu coração, sinto o cheiro de rosas mais forte abrindo meus olhos vejo a linda mulher sentada ao meu lado sorrindo em minha direção.
Ah! Senhor Jesus. Como continua linda minha doce Helôisa, quantas saudades senti desse sorriso que tanto me acalmava.
-“Quantas saudades de você meu amor, fazia tempo que não vinha em meus sonhos. ”
-“Sempre estou perto de vocês meu querido, sempre irei lhes guardar. ”
Helôisa me responde fazendo um carinho em rosto e em seu rosto sempre um sorriso cálido.
-“Mas vejo que algo te incomoda, me diga o que te aflige, hum. ”
- “Você irá rir de mim, ou pior, irá se afastar. ”  - Digo triste, como dizer a sua esposa que você está se sentindo atraído por outra pessoa, e essa pessoa é um homem.
- “Experimente, eu não irei rir de você meu querido, me conte o que aflige seu coração. ”
- “Sabe quando você partiu me senti sem chão, perdido, e nesse período difícil para mim encontrei um grande amigo, um irmão por consideração, estamos juntos o tempo todo, ele me ajudou muito com o Renato, depois com Victor, me abriu os olhos sobre a aceitação do amor que eles sentem um pelo outro. ” – Respirei profundamente a olhando para ver se haveria alguma alteração em sua fisionomia, nada, ainda sorrindo para mim, continuei meu desabafo. – “E de uns dias para cá esse meu amigo me revelou que era gay e que me amava, vi em seus olhos que não era o amor de irmão como eu imaginava, e sim amor real, amor carnal, mas antes de sua declaração aconteceu um episódio que me fez sentir emoções que nunca senti com ninguém nem com você que foi minha esposa e lhe amei profundamente, foi como fogo em minhas veias, e me queima até com a simples lembrança de seu cheiro, seu pequeno gosto que consegui capturar, foi algo mais que carnal, mais que paixão, não consigo defini-la.”
Acabei meu desabafo preparado para ouvir uma reprimenda e um olhar de nojo de Helôisa, mas não veio, ela simplesmente passou suas mãos macias em minha face, beijou minha testa, me pegou pelo ombro me fazendo deitar em seu colo, com minha cabeça apoiada em suas pernas ela começou a fazer cafuné em meus cabelos, e começou a falar.
- “Quando reencarnamos nascemos com uma missão, algo pré-determinado por nós mesmos para nossa evolução espiritual, as vezes nascemos em meio aos que nos fizeram algum mal em uma vida passada, ou apenas nascemos como ponte para a evolução de outro. – Ela falava com uma simplicidade admirável. – “Fui extremamente feliz ao teu lado meu querido, tenho honra em ter sido sua esposa, mas minha missão não era essa, eu voltei a Terra para ser a mãe de Renato, aquele que iria te ensinar a amar o diferente, aquele o qual você dedicou sua vida e o aceitou com todas as suas imperfeições, mesmo quando descobriu que ele era homossexual o amou com mais força. ”
- “Sempre terei orgulho de nosso filho, ele se tornou um grande homem, amável e carinhoso, caridoso e honrado. ”
-“ Sim, e foi você e Murilo que o educou dessa maneira, vocês foram os exemplos que ele possuía. ”
Quando Helô citou isso pensei que ela tinha razão, Murilo me ajuda desde a criação de meu filho.
-“Sabe meu querido, o amor não possui sexo, idade, cor, você apenas precisa sentir, e não deixar escapar, não é porque é homem ou mulher que é diferente, o amor é o mesmo sentimento, que te faz vivo, se arrependa de algo que fizeste e não de algo que não fez por medo de julgamento de outras pessoas, não se permita perder a oportunidade de ser feliz, não é todos que tem a chance de encontrar sua alma companheira. ”
-“Ele está com muita raiva de mim no momento, acho que quando ele me ver me dará um soco, por tanta merda que eu disse para ele. ”
-“ Eu lhe daria uns bons sopapos também, onde já se viu tamanha ignorância para um homem que se isolou para ficar ao teu lado, seu cabeça dura, xucro. ”
-“ Está bem, não precisa esculachar também, mas confessa que isso é meio esquisito, minha esposa me dando conselhos para que eu fique com um homem, no mínimo isso é engraçado. ”
-“Nossa pendencia de outras contendas de vidas passadas já foram expurgadas, não há mais nada que nos prenda meu querido, fui sua esposa pois devia isso a você por não ter permitido que nosso filho nascesse em outo momento, eu tinha que me redimir com você nessa vida, e fui muito feliz por ter lhe dado isso, não se prenda a mim, pois não é comigo seu destino, sua alma companheira está próximo a você e como você é cego fingi não perceber. ”
- “ Todos estão com mania de me chamar de cego, eu heim. ”
-“ Não seja um burro e idiota, se continuar assim você o perderá literalmente, ele precisa de você como nunca neste momento. ”
Heloisa me deixou um beijo em meus lábios e disse. –“ Meu amor por você jamais deixará de existir, e é imenso, sempre ficarei ao lado de vocês, você é meu irmão em meu coração e estou imensamente feliz que está amando verdadeiramente. Agora vá seu amor precisa de você, cuide dele. ”
Sou despertado com um estrondo muito alto, levantando a cabeça olho ao redor para ver o motivo do barulho, quando encaro o chão e vejo um porta retrato caído, me levanto e vou apanhá-lo, em mão olho a foto que está em exposição e decido o que fazer, a foto era um Leandro e um Murilo sorridente com um brilho intenso em seus olhos dourados em minha direção.
Providencia divina, não sei, resposta para minhas perguntas, também não sei, mas o que sei é que não posso mais fugir, tenho que encarar os problemas de frente e resolve-los, tenho que me entender com Murilo e descobrir o que realmente há entre nós.
Decidido saio do escritório em direção ao meu carro, ando com pressa até meu veículo entrando e logo dando a partida, Murilo deve estar no Hospital sendo que estamos no meio de semana, com o trajeto já em mente parto ao meu destino.
Em 45 minutos deixo meu carro no estacionamento do Hospital, travo o mesmo e sigo para a dentro do Hospital, ando rapidamente, entro na recepção como sou uma figurinha carimbada por aqui os funcionários não me impedem de entrar no elevador e ir para o Andar Pediátrico.
Ao sair do elevador cumprimentos algumas enfermeiras e vou para a recepção, antes de chegar sou interceptado por um velho conhecido Dr. Gabriel.
- Leandro, aconteceu alguma coisa, está tudo bem?
- Olá Gabriel, não aconteceu nada não, só estou procurando por Murilo, sabe onde ele está?
- Você não soube, pensei que fossem amigos, não se desgrudavam. – Me responde o médico com um sorriso meio estranho nos lábios.
- Não estou sabendo, faz alguns dias que não nos falamos e é por isso que estou procurando por ele, mas me responde o que aconteceu?
- Murilo não veio trabalhar já alguns dias, e quando fui procura-lo me disseram que ele estava doente e entrou com pedido de férias, já que ele tem acumulado.
- Como assim doente, férias, ele não tira férias nem por meio de pancada.
Fiquei preocupado no mesmo instante, porque ele não me ligou se estava doente.
- Olha isso eu já não sei, o que sei é que ele não está aqui e tirou férias, agora o porquê você terá que perguntar diretamente a ele. Agora se me der licença, foi um prazer revê-lo.
Agradeci pela informação e Gabriel seguiu seu rumo, enquanto a mim corri para o elevador com o intuito de ir para a casa de Murilo.
Novamente em meu carro dirijo até a casa de Murilo, demorou um pouco devido ao transito, mas ao estacionar em frente à casa percebo que está tudo em um silencio irritante, somente meu batimento cardíaco era ouvido, me dirijo a porta da frente, como eu tinha uma chave que Murilo havia me dado entro sem problemas em sua casa.
Dentro de sua casa estava uma bagunça tremenda, copos sujos espalhados, caixas de pizza em cima da mesa de centro da sala, louça suja em sua pia, roupas espalhadas pela casa, sua casa era apenas de um andar, fui em direção ao seu quarto desviando de restos de comida e mais roupas, porra que furacão passou por aqui?
Chego a porta de seu quarto e escuto Murilo conversando, ele falava baixo e coisas sem sentido, será que tinha gente aqui com ele, meu coração se apertou com esse pensamento, fiquei com medo de abrir a porta e encontra-lo nos braços de outro, ok, minha imaginação anda muito fértil.
Respirei fundo tomando coragem, contei até três e abri a porta, Murilo estava andando de um lado para o outro balançando sua cabeça com as mãos nos ouvidos, ele falava coisas que não entendia, seus olhos estavam fixos e sua aparência deplorável, parecia que não tomava banho a algum tempo, seu quarto estava no breu total.
Me aproximei do homem com cautela, ele parecia assustado, caminhei devagar, levantei minha mão e toquei em seu ombro, Murilo deu um salto para trás e fixou seus olhos em mim, parecia que estava em dúvidas se era realmente eu na sua frente.
- Murilo, sou eu Leandro, calma, venha aqui, por favor. – Eu falava calmamente para não o assustar ainda mais.
-  Não...não...você não irá me enganar, chega de mentir para mim, Leandro jamais viria até aqui, ainda mais por um gay.
Tudo bem, isso cortou meu coração, acho que minha reação para com Murilo o fez desconfiar de mim, aceito que mereço isso, mas tenho que concertar a merda que fiz.
- Murilo sou eu Leandro, claro que iria onde você estivesse, me desculpe por favor, me perdoe pela minha reação por favor.
Eu falava e me aproximava ainda mais dele, e ele com seus olhos com suas pupilas dilatadas, Murilo estava se drogando e eu não sabia?
- Murilo me responde, você usou alguma droga?
- Shiiii...não faça barulho, ele não pode saber que você está aqui, se ele te ver ele fará mal a você e eu não quero que ele te faça mal.
- Murilo quem não pode me ouvir, tem alguém aqui com você? Outro homem?
- Não, ele me deixou a muito tempo, agora ele voltou...e não me deixa sair daqui eu não posso sair...ele não permite...
- Quem não permite, me diga que daremos um jeito nisso, se você está sendo ameaçado chamaremos o Queiroz e ele resolve isso, me diga por favor o que está acontecendo.
Cheguei perto de Murilo agora que ele estava mais calmo e o fiz sentar em sua cama, segurei suas mãos, elas estavam geladas e suavam frias, ele parecia realmente doente.
- Não... não adianta chamar ninguém eu o vejo somente nas sombras, ele fica falando em meu ouvido, dia e noite, quando durmo ele vem em meus sonhos. Eu...eu não posso dormir, não posso... sonhar é mal.
Meu Deus, que droga o Murilo está usando?
- Tudo bem, olha venha vá tomar um banho e comer alguma coisa ok, depois iremos conversar, eu estarei aqui te esperando.
- Eu...eu tenho medo, ele me observa em todos os lugares, e fica falando, falando...
Murilo tampou seus ouvidos e começou a balançar a cabeça, se antes eu estava preocupado, agora estou apavorado por vê-lo desiquilibrado dessa maneira, e tudo por minha culpa.
- Não fique com medo, eu estou aqui com você.
De repente Murilo levantou da cama e começou a falar novamente, ele falava como se estivesse realmente falando com alguém e esse não era eu.
- Ele é real sim, Leandro não me machucaria, ele não precisa me amar dessa maneira.
- Não... eu não irei manda-lo embora, ele está aqui, ele é real, você que não é real, você não é real, Leandro é real, ele é, ele é...
Murilo brigava com o vento e insistia que eu era real e o dito cujo não era, isso estava estranho e começou a me preocupar, eu tinha que tirá-lo daqui.
- Murilo olha, me dê sua mão, olha para mim por favor.
Eu segurei suas mãos e coloquei em meu rosto sua outra mão eu coloquei em meu coração, ainda bem que estava disparado assim ele poderia sentir os batimentos.
- Está vendo, eu sou real e estou aqui, venha vamos, eu vou ajuda-lo a tomar um banho.
Levei Murilo ao banheiro e o despi, já tinha o visto sem roupas antes, mas agora vê-lo acuado me causou um instinto de proteção que há tempos não sentia por ninguém fora meus filhos.
O despi completamente e o levei para o chuveiro o ligando na agua fria para despertar Murilo, ele ao sentir a agua em sua pele se sobressaltou com a sensação. Ele voltou a se acalmar e fechou os olhos, o deixei debaixo da agua e fui pegar sua escova de dentes, coloquei a pasta e lhe entreguei, ele a segurou e começou sua escovação, peguei a esponja e o sabonete e comecei a lavar seu corpo, não era para o meu corpo reagir com isso, mas o infeliz reagiu assim que o toquei, respirei fundo e continuei com o banho em Murilo, lavei cada parte de seu corpo, até seu membro, que ao sentir meu toque Murilo soltou um longo gemido e seu membro começou a crescer em minhas mãos, fiquei admirando sua reação e a textura, eu esfregava minha mão ensaboada para cima e para baixo, apertei sua glande sentindo a macies, Murilo respirava com dificuldade enquanto gemia ao meu toque, eu me senti muito bem em saber que um simples toque tirava uma reação dessas dele, me levantei e olhei em seus olhos dourados, sua boca estava entreaberta e sua língua passava por seus lábios, novamente fiquei hipnotizado.
- Não faça nada que irá se arrepender depois, não me castigue mais, estou cansado de amar e perder. – Murilo disse com lágrimas aos olhos.
- Tem muita coisa que temos que conversar, mas primeiro se enxugue e se troque, vamos comer fora hoje.
- Não posso sair daqui, não tenho forças para sair daqui.
- Claro que pode e vai sair daqui, anda logo, estou com fome.
Murilo se enxugou e foi se vestir, enquanto ele se arrumava eu fui para a sala e comecei a recolher todo o lixo esparramado, passou alguns minutos e a maior parte do lixo recolhido e a louça toda dentro da pia, sinto um arrepio em minha espinha e meus pelos se levantaram, senti um frio vindo do nada já que todas as portas e janelas estavam fechadas e fazia um calor escaldante do lado de fora, achei estranho isso, uma sensação ruim.
Quando voltei para a sala Murilo estava sentado no sofá, parecia uma criança esperando para ser castigado, meu coração se encolheu, esse homem sentado nesse sofá não se parecia em nada com o Murilo que sempre conheci, alegre, feliz, radiante, caralho, como não percebi isso antes, antes de feri-lo tanto.
Caminhei em sua direção com ele me observando atentamente, parecia que queria guardar-me em sua memória, sentei próximo a ele no sofá, ele estava apertando as mãos, as segurei e entrelacei nossos dedos, ele fechou os olhos e suspirou.
- Esperei muitos anos por um toque, um simples toque seu, sonhei na verdade, pintei em minha cabeça vários cenários onde algo entre nós seria possível, aí vinha a realidade e me acordava, me trazia de volta a verdade de minha vida.
- Você foi muito forte durante esses anos todos, eu não aguentaria passar tudo isso, ainda não consigo de fato, mas estou tentando entender.
- Não fui forte, sou o homem mais covarde da face da Terra, eu preferia tê-lo como amigo do que não ter nada.
Vi uma lágrima rolar de seus olhos dourados, recolhi com meu dedo e fiz um carinho em seu rosto, Murilo inclinou o rosto em direção a minha mão recebendo o afago, segurei seu rosto com ambas as mãos e fui me aproximando dele, quando estava para encostar meus lábios aos dele eis que a sua televisão se espatifa no chão, com o barulho do impacto pulamos do sofá e Murilo se afasta de mim com o rosto assustado.
- Deve ter sido uma rachada de vento que a derrubou, não fique com medo, não sei o que está acontecendo, mas estou aqui com você tudo bem?
Murilo balança a cabeça fingindo acreditar em minha justificativa em relação a queda da tv, primeiro que não estava entrando nenhum vento, segundo que nem mesmo eu acreditei nisso.
- Pegue algumas roupas e coloque em uma mochila, vamos sair um pouco daqui, vamos para a fazenda lá você poderá descansar e vou poder cuidar de você já que está doente, não é mesmo, e ainda por cima tirou férias depois de muito tempo.
Murilo estava no modo robótico, fez tudo o que eu pedi que fizesse, pegou algumas roupas e trouxe a mochila com ele quando chegou a sala, enquanto ele estava arrumando suas coisas eu recolhi o que sobrou de sua tv e joguei no lixo, quando ele estava pronto saímos de sua casa e fomos para o meu carro, ele parecia realmente cansado e dormiu assim que saímos de sua casa.

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