Capítulo 3

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Diogo

Eu não acredito no que meus olhos estão vendo, o homem que se chama Leandro está a centímetros da boca de meu Lilo, ele vai beijar o meu homem, mas não vai mesmo, tenho que o impedir, aposto que Murilo está se sentindo encurralado com essa situação, essa a proximidade não lhe fará bem.

Eu corro em sua direção para impedir o ato e ao me jogar em cima desse homem asqueroso passo direto por eles e me dou de encontro com o espelho do closet causando assim a quebra do espelho, tudo bem, não era essa a minha intenção, eu queria era mesmo quebrar a cara desse homem, mas valeu a pena, com o barulho estridente do espelho se quebrando esse homem pula da cama deixando meu Murilo em paz.

- Murilo, me desculpe, acho que confundi as coisas, desculpa isso não vai mais acontecer. – Diz o coisinho.

- Leandro relaxa, está tudo bem, isso se chama carência, você não sai com alguém já tem algum tempo. – Responde meu Lilo, ele sabe demais da vida desse coisinho para o meu gosto.

Reparo na fisionomia de Murilo que ele ficou triste com a declaração do coisinho, isso não está me cheirando bem, me aproximo e me abaixo para ficar bem próximo ao seu ouvido, se fui capaz de quebrar um espelho sou capaz de fazer ele me ouvir, estava com muita raiva por ver sua expressão de dor e seus olhos tristes, eu não iria aceitar que ele colocasse outra pessoa em seu coração, pois ele me pertencia.

-"Lilo vamos embora, esse homem não te merece, ele não se importa com você, ele despreza seus sentimentos por ele, você não percebe isso. "

Murilo fechou os olhos e respirou profundamente, ele levantou sua cabeça e olha intensamente para esse homem, que odeio profundamente, ele estava recolhendo os cacos de vidros e pelo que parece estava nervoso.

- Leandro, não precisa ficar exaltado por isso, não foi nada demais.

- Não diga isso Murilo, você é como se fosse meu irmão, e não é o fato de eu estar sem me envolver com alguém que justifique que eu quase te beijei, isso é inaceitável.

- Porque é inaceitável, foi um gesto dado por impulso, sem maldade de nenhum dos lados, e...

- E o que Murilo, depois de velho vamos perder a compostura e a vergonha, eu e você precisamos encontrar uma boa mulher e nos aquietar para termos uma velhice tranquila.

- Cara já escutou as merdas que está falando, fazer o que temos vontade não é perder compostura e muito menos a vergonha, vergonha seria ficar enclausurando desejos e reprimindo vontade.

- O que você quer dizer com reprimindo vontade, você está achando que eu tenha vontade de beijar meu irmão. – Reponde o coisinho, eu estava muito feliz com a briga desses dois.

-" Lilo ele não te merece, não tem nem coragem de fazer o que sente vontade, ele não serve para você. "

- EU NÃO SOU TEU IRMÃO, sou um homem que sente desejos e medos, sou um homem que esconde o seu ser para não ficar distante de uma pessoa cega, você brigou tanto com as pessoas por discriminarem o Renato por ele ser surdo que não percebeu o quanto você é CEGO.

Murilo fico visivelmente exaltado. – " Lilo esse homem jamais lhe dará o que você precisa, ele nunca irá te amar como eu te amo. "

- Quando que fui cego em relação ao meu filho, se for em relação a Júlia foi um episódio que graças a Deus se resolveu e ficou no passado, hoje ela já está totalmente arrependida e está se redimindo com o seu filho.

- Quem aqui tocou no nome da Júlia, você acha mesmo que tudo gira em torno de você, existe outras pessoas além do Sr. Leandro Andrade.

Nesse momento Lilo já estava vestido e saindo do quarto, fui em seu encalço deixando o coisinho plantando no meio de um quarto vazio, quando Murilo estava saindo da casa o entojo o segura pelo braço, tentei separar as mãos desse cara de meu Lilo, mas foi em vão.

Segunda ChanceTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang