Verdades ditas

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Um baque. Senti minhas pernas tremerem, e muitas coisas passaram na minha cabeça ate que eu congelei, não disse nada, não pensava nada, nem sentia nada. O café quente que Enzo pediu assim que chegamos ao Café da cidade me despertou. Ninguém conversava, e eu evitava olhar para os dois, ate que Enzo me pego forte pelo punho me fazendo olhar para ele.

- Você precisa focar, você precisa ser a Kay durona ok.

Fiz que sim com a cabeça, fechei os olhos respirei fundo e engoli o café forte.

- Irma? – me virei para ele devagar, o encarando, percebendo os traços semelhantes, entre mim, ele e Conan.

-Isso, eu sou Caio, seu irmão mais velho eu presumo. - ele tinha um jeito cordial e calmo de falar.

Imediatamente me lembrei da vez em que Enzo me disse que era amigo de Conan. – Você sabia disso? Sabia dele? – olhei para Enzo.

- Suspeitei quando o vi, Conan havia tido um filho em uma tribo onde garotos não era permitidos nascer, ele o pegou e o criou ate se tornar o demônio, depois eu achei que seu filho tivesse morto assim como o resto. – ele disse quase em transe, como se votasse as lembranças reais o deixando um pouco angustiado.

- Isso, aquele filho da mãe me coloco em uma casa de doação, e dês e então quando comecei a ser adotado por famílias procurei por você...

- Por quê? – o interrompi.

- Você e minha única família. Eu sei o que você e é o que você já fez, mais não tenho medo de você.

- Devia. - disse ferozmente.

- Porque esta brava?

- Não estou brava com você estou brava com Conan.

- Bem vinda ao clube. – ele sorriu com desdém.

Fez- se silencio. E meu cérebro funcionava agora a todo vapor.

- O Conan armou tudo isso, por que estava com peso na consciência, ele e chefe de tudo isso e não percebemos. – eu disse sentindo minhas bochechas corarem pela minha estupidez todos esses anos.

- O que? – Caio parecia perdido.

Olhei para Enzo e uma luz se acendeu em seus olhos.

- Você pode ter razão – ele pensou – Mais... O que ele ganharia mandando você matar toda aquela gente? Ele mesmo poderia fazer.

- Eu não sei o que ele ganha mais a minha primeira opção agora e ele.

- E o que pretende fazer?

Passei a ponta do dedo na xícara. – Eu poderia confronta – ló mais seria inútil, sabemos como ele e, a única coisa que á a se fazer e larga tudo isso.

- Tem certeza do que esta fazendo?

- Tenho, tenho certeza que eu não vou ser mais um fantoche do meu pai.

Nos entre olhamos mais algum tempo.

- Estou orgulhoso de você. – ele disse em voz baixa.

E eu me senti forte e ao mesmo tempo amada. Sorri. Evitando penar na minha humilhação que me corroia.

- Oiii, será que alguém me explica o que esta acontecendo?

- E...

- A única coisa que você precisa saber os últimos anos e que seu pai continua um babaca, eu e ela somos um casal, e matamos... matávamos gente , na verdade ela matava pessoas por dinheiro e seu pai era o chefe e tudo isso.

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