A morte de Enzo

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E não sei quando dormi ou cai de bêbada. Acordei com o corpo um pouco dolorido, me ajeitei ainda no sofá para ficar pelo menos sentada. Enquanto ajeitava o cabelo ainda com os olhos pouco abertos senti a dor de cabeça se alastrado. Respirei fundo colocando minha cabeça na parte mais sofá meus olhos se estreitaram e vi que Maicon ainda estava ali, sem camisa com o cabelo tão desgrenhado quanto o meu. Tentei ouvir os passos da casa, mais todos pareciam ainda dormir. Me levantei de vagar tomando cuidado ao passar perto dele. Coloquei com uma das mãos no cabelo que caia sobre meu rosto e senti sendo puxada de uma vez, me fazendo descontrolar e cai sobre o colo de Maicon. Olhei surpresa para ele, e ele continuava serio, olhei para minhas pernas sobre a dele, e minha mão se apoiando contra seu abdômen, liso e bronzeado pelo sol. Eu sentia o calor se sua pele esquentando a minha, sentia a contração de seus músculos na palma da minha mão, e ouve uma conexão por milésimos de segundo antes que eu voltasse a consciência o que realmente estava acontecendo.
- Ta maluco? – perguntei me levantando de uma vez me afastando do calor momentâneo que me proporcionou.
- Reflexos. – ele respondeu passando a mão contra o rosto, quase arrependido. Quase. Teria acreditado se não tivesse visto um mine sorriso desaparecer.
- Você agarra qualquer um que passa perto de você?
Ele desviou o olhar sem responder.
Subi às escadas sentindo minha bochecha ficar vermelha a mesma velocidade em que subia. Tomei um banho e abri o guarda roupa procurando alguma roupa. De frete para o espelho, com as marcas pretas combinando com o cabelo eu mesma temia o que eu poderia fazer. Sorri. Passei a mão pelas roupas e peguei uma causa escura e uma blusa e lã escura também – a maioria das minhas roupas são escuras na verdade – me vesti e passei o dedo pelos cabelos tentando desembaraçar o Maximo, desci as escadas depois e meia horas e foi tempo suficiente para todos acordarem, sentia a agitação da casa. Parei frente a porta da cozinha apreciando o cheiro, e a forma como Caio e Jace agiam na cozinha, um estranhamente pareia saber o que o outro precisava – confesso que e estranho imaginar Caio com Jace, muito estranho – logo mandei meu cérebro pensar em outra coisa.
- A onde estão os outros?
Os dois olharam para mim parecendo perceber minha presença só agora.
- Malia saiu, e Maicon...
Senti uma presença atrás de mim e automaticamente cortou a fala de Jace, levando seu olhar sobre meu ombro. Parece que não sou apenas eu que se sente intimidada por ele.
Ele passou por mim cheirando bem melhor do que antes, o cabelo molhado, molhando o ombro a camisa. Dava para ver que sua respiração ainda era restrita, mais ele já estava bem melhor do que ontem. Passou os lhos sobre a comida que os garotos estavam fazendo, e pegou apenas um copo de café, vi os olhos de Jace grudado nele. Parece que todos estavam apenas o observando, tudo havia ficado em silencio por ele. Ele voltou em minha direção, na verdade na direção da porta sem olhar pra mim. Fitei meus olhos em algo sobre seus ombros esperando que ele apenas passasse logo, mais essa vontade foi interrompia pelo cheiro do café perto o meu rosto. Ele estava me entregando a xícara encarnando meu corpo não meus olhos.
- Vai curar a ressaca. – ele disse em voz baixa, tão baixa que saiu quase rouca.
Demorei alguns segundos para saber que devia pegar a xícara.
Fiz um maneio de cabeça agradecendo e peguei a xícara, levando ela direto aos labios – Lábios que ele encarava – e finalmente ele se foi.
- O que foi isso? – Jace perguntou quase histérico.
Caio sorriu quieto terminado de fazer as panquecas.
- Nada. – disse mais para dentro da xícara do que para que ele escutasse.
- Nada? Eu senti um super clima entre vocês.
Caio riu ainda mais.
Franzi o cenho.
- Vocês dois estão...
- Não, com certeza não. – discordei rapidamente.
Caio lavou as mãos e se aproximou e vagar a porta.
- Ainda. – ele tinha um sorriso maldoso.
- Não. – disse em voz mais baixa.
Ele passou por mim, deixando eu e Jace sozinhos. Aproximei-me para deixar a xícara na bancada, e Jace segurou minha mão.
- Me diz a verdade, eu sei que você ama o Enzo, mais acredita em mim e mais fácil se você coloca isso que sente pelo Maicon pra fora. – ele tinha as sobrancelhas erguias como se tivesse total certeza do que estava falando.
- Não sinto nada por ele eu mal o conheço.
Ele serrou os olhos.
Revirei os olhos. – Tudo bem – me dei por vencida com um suspiro pesado. – E o acho, atraente. – disse em voz baixa. Quase quereno que eu mesma não ouvisse.
- Não e errado Kai, não se preocupe.
- Não estou preocupada, estou com medo.
- De acontecer algo entre vocês?
Fiz que sim. Ele sorriu.
- Qual o problema? – ele ainda sorria despreocupado.
- O Enzo. – disse com firmeza.
Ele revirou os olhos.
Ele se voltou para a cozinha limpando as mãos, depois deu a volta na bancada e veio ate mim. – Deixa acontecer. Vai ser mais emocionante do que imagina– ele sorriu quase histericamente e saiu.
Vi por cima dos meus ombros Caio se aproximando, e trocando olhares com Jace. Ele sentou ao meu lado, exalando perfume recém usado.
- Tudo bem?
- Acho que sim.
Ele sorriu. – Acha? Você e Kayli Berkman, achei que nada pudesse te deixar mal. – ele disse ironicamente me provocando.
Serrei os olhos pra ele. "cala boca" disse mentalmente.
Ele levantou as mãos para o ar como se pedisse uma trégua a minha atitude defensiva.
- Liam entrou nos meus sonhos – olhei para ele – E me disse que estão te vigiando, e que precisamos sair aqui.
Eu digeri aquilo. Eu não ia sair a minha casa, não tinha medo de Miller.
Ele olhou para mim. – Precisamos sair Kai.
- Não – disse incisiva – deixe que venham.
Ele balançou a cabeça negativamente.
- Esperto que saiba o que esta fazendo. – ele disse se levantando. – Mais uma coisa, ele disse que sente muito.
Franzi o cenho.
- Aonde você vai?
- Garotas. – ele deu uma piscadela e saiu.

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