Familia de Enzo

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Cheiro de água oxigenada por todo lugar. Eu sentia, sentia, o cheiro. Se e sentia eu estava viva. Viva. Abri os olhos o mais rápido que pude. Mais senti minha retina doer com a claridade. Abri aos poucos ate me acostumar, olhei para o lado e vi apenas uma mansidão clara, nada alem do branco vasto, e do outro lado a mesma coisa. Toquei a ponta dos meus dedos, era uma superfície rente e fria. Levantei-me de vagar e senti meu corpo dolorido, mais eu estava bem. Tudo pareceu tomar cor, eu estava em uma maca, em um quarto fechado, sem janelas e uma porta visível. Toquei com a ponta os pés no chão, parecia tudo tão diferente, mais frio, eu parecia mais sensível. Caminhei em círculos, e fui em direção a parede, e de repente uma porta a minha esquerda se abriu. Continuei perto a parede.

Um homem com roupas largas e brancas, com cabelo preso em um pequeno rabo para trás e com as mãos atrás das costas se aproximou. Como em sinal de paz.

- Que bom que acordou. – seu sorriso era sereno.

- Quem e você?

Não era trauma, mais a essa altura eu não queria sentir a mesma dor que senti antes de morre, precisava saber em quem confiar. Seu sorriso sereno poderiam se transforma em segundos.

- Eu sou Miller, amigo do Liam.

- Aonde ele esta? – eu precisava ver um rosto reconhecido.

- Lá fora.

- Eu quero vê – ló. – dei um passo a frente.

- Ainda não, precisamos checar como você esta, e depois...

- Eu estou bem, eu preciso vê – ló agora.

Ele franziu a testa, como se rejeitasse minhas palavras ao seu ouvido. Ele correu os olhos negros por mim, como se procurasse algo.

- Eu já volto. – ele se virou, ano e costas pra mim e sumiu na porta que e mal conseguia ver.

Corri atrás dele. – Ei, volta aqui. – gritei. Batendo meus punhos contra a porta. E fiz aquilo durante dois minutos ate desisti e me abaixa, deixando meus joelhos no chão frio. A porta se abriu atrás de mim, me virei e logo Liam estava me colocando e pé. Reparei que ele também estava com o cabelo preso, e com roupas brancas, o mesmo jeito de causa justa nas pernas e blusa larga.

- Oi. – eu disse, enquanto sufocava o rosto em seu pescoço, sentindo o cheiro doce dele.

- Você esta bem. – ele me solto olhando cada detalhe em mim.

- Aonde eu estou?

Ele olhou ao redor. – Digamos que na minha casa.

E estava confusa. – O que...?

- Nos vamos ter tempo pra conversa sobre isso, tudo bem? Agora preciso saber se esta tudo bem com você.

- Já disse que estou bem. – disse com um pouco de raiva saindo nas palavras.

Ele parecia mais preocupado do que deveria estar. Correu um calafrio pela espinha.

Engoli a náusea subindo pela garganta. – A quanto tempo eu estou aqui? – olhei para ele ainda assuada.

- Três meses.

Dentro de mim as emoções se misturavam. Raiva, frustração. – Eu preciso sair daqui, agora. – vociferei a voz.

Passei por ele. E quando pus o pé fora do quarto, tudo pareceu desmanchar, minha visão ou o que estava ao meu redor fico desfocado, se transformando de um lugar claro, e branco como a clinica em que vivi toda minha vida, para uma casa com corredores acabados, em mofo, paredes queimadas e caindo aos pedaços. Olhei de um lado para o outro sentindo minha garganta se fechar enquanto respirava aquele ar pesado. Os corredores pareciam um labirinto de parede aos pedaços, com manchas escuras que eu não sabia dizer se eram uma infiltração horrível ou manchas e sangue.

Assassina Where stories live. Discover now