Liam

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Acordei procurando pelo ar frio para encher meus pulmões. E senti um alivio ao finalmente não respirar um ar pesado. Passei a mão na testa suada, procurei por um relógio. 14:12. Levantei-me e olhei para cômoda ao meu lado. Um suco e um remédio. Minha cabeça latejava tanto que não pensei duas vezes. Segurei a cabeça entre as mãos esperando que a aspirina funcionasse rápido. Joguei-me de baixo do chuveiro para tirar todo cheiro de bebida, cigarro e vomito grudado no cabelo. Trina minutos depois eu estava andando descalça pela casa vazia. Sentei-me na cadeira da bancada da cozinha e de repente me peguei pensando no sonho de minutos atrás. Sonho apena sonhos. Disse a mim mesma tentando me convencer de que aquilo, aquelas palavras não significavam nada. Passei a mão no roto tentando tirar todo peso sobre as pálpebras e quando me virei, senti um gelo dominar minha garganta pelo susto de ver Enzo ali, parado. Com uma camisa três quatros, preta, de algodão, e com causa de moletom cinza escuro. Percorri mais uma vez seu corpo e vi a ponta de uma tatuagem no braço direito, e me lembrei da noite passada, toda pouco a pouco.

Passei por ele com esperança de conseguir chegar a porta e pegar meu casaco, mais fui interrompida por sua mão no meu pulso.

- Esta me machucando. – menti.

- Não, não estou.

Revirei os olhos, e me soltei usando o dobro de força que ele pós. Segui para o meu destino.

- Precisamos conversar. – sua voz fria soou.

Abri a porta e dei uma ultima olhada. – Você acha? – disse com uma pontada de sarcasmo e desdém. E sai.

Entrei no carro e o liguei. Esperando poucos segundos com a esperança de ele aparece na porta. Mais foi inútil ninguém apareceu e eu sai tão rápido que o pneu cantou pela rua deixando para trás o cheiro de borracha queimada.

Dês de quanto Enzo tinha se tornado incencivel? Todos esses anos sempre parecia me ver em primeiro lugar, mais agora e como se o pouco tempo de convívio com as pessoas daqui o tivessem transformado em alguém com pouco mais amor próprio e frieza. Ele agora me olhava com mistério, sentimentos ocultos, e isso parecia me cutucar bem na nuca. Será que ele estava me provocando? Será que ele queria a velha Kaily? Tudo isso não fazia menor sentido, e ficar pensando nisso só me fazia ver idéias mai estúpidas que as outras.

A noite caiu e eu entrei na rua Stret, e procurei uma vaga para colocar o carro. Desci e a visão do bar de ontem não havia mudado muito, os mesmo caras, cheiro, bartender... Assim que as porta se fecharam atrás de mim, senti um vento percorre minha espinha. Passei os olho de vagar pelas mesas, e recebi alguns olhares ferozes. Sentei-me, e depois de ter doses, ouvi alguém pisar firme, e logo em seguida uma mulher, sobe um salto. Sentaram-se ao meu lado.

- O que esta fazendo aqui?

Apena pelo cheiro e tom de voz sabia que era Caio.

- Esfriando a cabeça.

- O que houve?

- Enzo.

- Então o seu problema esta em casa – ele abriu um sorriso maldoso – Vá embora.

- Não, por que ai acabar em discussão – olhei para ele e percebi que uma garota ruiva quase em eu colo – Sabe o que acontece quando fico irritada. – disse um pouco mais baixo.

Ele ergueu a sobrancelha.

- Se ele disser qualquer coisa que defenda ela – sorri com acidez – Acho que talvez...

- Sem morte. – ele me interrompeu.

Olhei para a ruiva distraída. – Droga. – sorri. – Eu penso em qualquer coisa como castigo.

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