Dor dilacerante

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Tudo que e bom sempre acaba. Acordei sentindo o frio cortante endurecer meus dedos, e secar minha garganta. Olhei ao redor e eu estava na minha barraca. Sozinha. Tirei a coberta de cima de mim, eu estava vestida. Agora eu me pergunto, como ele grosseiro do jeito que era poderia ser delicado o suficiente para me vestir e não me acorda? Pisquei uma vez e quase não voltei a abrir os olhos e foi assim que eu soube. Tantos dias sem dormir me deixaram com sono pesado. Mais e claro, não tão pesado para o frio congelaste. Abri a barraca de vagar sentindo o ar cortando meu rosto. A temperara caiu muito nas ultimas horas. Ou então sempre esteve frio e antes eu estava sentindo muito calor por causa dos hormônios a flor da pele. Sai pra fora, e estava uma escuridão, mais ainda via a fumaça ainda quente da fogueira apagada, sombras das garrafas no chão, e dos arbustos silenciosos, nem vento era capaz de faze - lós se mexer agora. Coloquei os braços em volta de mim, e me virei para voltar pra barraca e vi uma sombra de alguém e depois a mão desse alguém – um homem julgando pelas mãos ásperas – logo meus instinto aflorarão para me defender, mais antes que qualquer coisa fluísse através de mim, senti uma leve picada na cintura, e depois um formigamento, minha visão escureceu e eu senti aquele formigamento tomar conta de veia por veia. Prata. Quem quer que fosse sabia minha fraqueza.

Quando finalmente senti meu coração batendo de vagar novamente, tentei abrir olhos, mais ainda via com dificuldade, demorei um minto para conseguir ver que estávamos em um pequeno cômodo de madeira, úmido e abafado, com uma luz fraca que balançava de um lado para o outro pendurada no fio azul e vermelho. Senti meus punhos doloridos, sabia que estavam machucados sentia a corrente quase no osso. Senti gosto de sangue no lábio, olhei para o lado e vi alguém de volta, eu queria me levantar, queria poder fazer tanta coisa, mais meu corpo fraco e envenenado não agia de acordo com meu cérebro. Ouvi o barulho de bala sendo colocados em uma arma, meus olhos correrão pelo homem ate ele se virar. Se eu tivesse força suficiente estaria em choque quando vi que era Joni. Ele se sentou em um pequeno tronco a minha frente e coçou a cabeça agora sem boné com o cano a arma. Seu olhar parecia perturbado. Como o de um psicopata louco.

- O... – senti minha saliva acida – que você esta fazendo?

- Me vingando. – seus olhos pareiam me fuzilar.

Olhei para ele confusa.

Se sorriso era duro mais desapareceu.

- Já que vou te matar, não vejo por que não contar - e um milésimo do sorriso surgiu – Eu sou Jonatan Holder, isso te lembra alguém?

Lucian Holder.

- Vejo que sim. Você matou meu pai, ele não era um dos melhores, mais como você mesmo disse "ainda e meu pai". Deve estar se perguntando como eu sei. Fácil, eu sou melhor investigador do que esses policiais de merda, que conseguirão ser enganados por uma peruca e um corte de cabelo. – ele se levantou e começou a andar de um lado para o outro. – Eu não sei o porquê e nem o que você e Berckman, mais eu vou me vingar. Sei que você não e humana, e seja lá o que for que você seja, eu pesquisei – seu sorriso era perigoso – então eu sei que prata mata você.

- O que vai fazer comigo? – perguntei com a voz fraca. – Se fosse me matar já teria feito.

- Eu quero ter o prazer de ver você sofrer como eu sofri, primeiro.

- Covarde. – eu tinha um sorrio duro no rosto.

Ele me bateu com o cano a arma. Senti minha carne racha e não se curar.

- Arma de prata gatinha, uma as vantagens e ser rico. – ele sorriu.

Ele caminho mais alguns minutos e finamente parou a minha frente.

- Me diga por que o matou.

Desviei os olhos. E ele socou o meu rosto, fazendo o meu maxilar ranger e ficar dolorido, senti o sangue brotar a parte interna na bochecha que havia sido cortada pelos dentes.

- Pelo meu pai. – respondi.

- Irônico.

Naquele momento torci para que Conan viesse pra me socorrer.

Ele deu a volta em mim, e rasgou minha blusa com uma faca. Depois ouvi o tilintar de correntes. Os passos se afastando e depois a dor dilacerante, a carne se abrindo, o sangue quente escorrendo, a carne ardendo enquanto inchava pouco a pouco, segurei o grito mordendo o lábio, senti gosto de sangue na ponta a língua. E depois daquilo, daquele minuto interminável de dor vieram mais dez. Exatamente a mesma dor, minha roupa já estava toda encharcada, talvez mais do que o chão ao meu redor. Eu não agüentava mais, não agüentava tanta dor, cai de lado, senti o queimar dos ferimentos não cicatrizados. A carne latejava, tanto que eu sentia a dor se espalhando, tomando conta ate da ponta dos dedos, uma lagrima caiu. E eu só conseguia pensar em Conan. Dentro de mim eu gritava pela falta dele. Mais a única coisa que eu ouvia era a corrente sendo enrolada e os grilos lá fora.   

Abri a boca, mais ao em vez de palavras, senti o sangue voltando pela garganta, molhando meu roto rente ao chão com sangue quente.

- Por que não me mata de uma vez. – minha voz era quase inaudível. A palavra parecia repuxar minha pele.

Ele engatilhou a arma, e eu fechei os olhos. E ouvi o disparo, cortado a carne do meu abdômen. E senti tudo dentro de mim se romper, como meu grito na escuridão. Tentei abrir os olhos, mais a bala também estava envenenada, e o veneno correu todos os meus órgãos. Eu o sentia perto do coração. E depois eu não sentia mais nada.

Assassina Where stories live. Discover now